Quando James Carville, marqueteiro, do Bill Clinton mandou, na lata, "é a economia, estúpido", definiu tudo.
O mundo hoje está mais rico. Isso é um fato. Quem trouxe isso foi a globalização. E a China!
Trata-se do maior mercado consumidor do planeta. Basta ver que, de pouco mais de uma década para cá, o mercado de luxo teve uma inflação vertiginosa. As casas de leilões, que não bobas, percebem que a grana hoje não vem mais dos petrodólares ou do sultão do Brunei. Nem de uma meia dúzia de russos enriquecidos com o assalto ao antigo estado soviético. Também os traficantes colombianos, mexicanos, ou as máfias sérvia, chechena ou armênia lavam bem menos dinheiro (de drogas, prostituição, pornografia, armas...) que os milionários chineses.
E quantos milionários têm na China? Algumas centenas, num cálculo modesto. De bilionários, algumas dezenas (outro cálculo modesto).
O grande mérito da China foi o Partido Comunista ter tido a sabedoria de não enriquecer apenas a si mesmo, mas a muita gente do primeiro, do segundo, do terceiro, do quarto escalões.
Esses escalões de governo abriram a porta para a iniciativa privada, formaram sociedades, parecerias - e todo mundo faturou horrores, dentro e fora da China.
Se antes as fábricas inflacionavam os leilões, hoje, sinceramente, não creio mais nisso. O que vejo é que o novo milionário aposta naquilo que vão fazê-lo ser reconhecido no seleto clube. Rolex e Patek são os carimbos.
Já os bilionários passaram por essa fase. Hoje estão no Lange, ou no Daniels, ou no Dufour, ou RW Smith.
Dic
PS - Lembrete: sabem de onde vêm os novos donos da Pirelli? Pois é...
E nem se divertem mais nesses leilões.