Augusto, eu entendi sim. O problema é que o nome Graham garrega um peso, mas um peso, mas um peso que pouco tem idéia. Ele foi indiscutivelmente o maior relojoeiro da história (junto com Breguet. Eu fico com o primeiro, porém). A Graham como manufatura atual poderia sim ser inovadora, sim oferecer seus produtos a preços menores do que os concorrentes, MAS NÃO COMO O NOME GRAHAM! É como se a Ferrari falasse hoje que iria parar de fabricar seus clássicos carros com designs normalmente do estudio Pininfarina, de produção limitada, criados nas pistas, para se dedicar a fazer Smarts. Não dá...Neste ponto, o tal do LOth detona as outras marcas por produzir algo caro que eles produziriam igual, mas mais barato, mas ele mesmo pisa na boa já de cara com toda a históira da marca. Como vou levar a sério um cara desses?
Na indústria de produtos tradicionais, o nome conta muito. O nome tem um peso que ás vezes a própria marca tem problemas em sustentar (vide o peso que uma Patek carrega, sempre sendo exigida com a fábrica, etc).
Graham, como fábrica, nunca existiu, até mesmo porque Graham era um relojoeiro independente. Graham, o justo (e quem sabe da história de Harrison, pois ele foi seu mecenas), estava á frente do seu tempo e, quando morrreu, seu legado morreu com ele, pois o ateliê sumiu. E deveria ter ficado enterrado.
Aí, com todo o respeito, um espertalhão me compra o nome Graham (hoje tudo se compra...), lança uma marca de relógios muito bem feitos, isso não se pode negar, mas que não tem nada a ver com o legado deixado por Graham. O mesmo acontece hoje com a TOmpion.
Não, relojoaria mecänica pressupõe tradição, pressupõe um algo mais. Pressupõe você estar com um relógio de uma marca secular no pulso, olhar para trás e até chorar por esta marca ter se mantido no mercado.
Querem inovar? Inovem, façam, por exemplo, como a Richard Mille, que faz relógios fantásticos, está no mercado há pouco tempo, mas não nega isso. Não vilipendiem o nome do maior relojoeiro da história construindo relógios há apenas 5 anos, literalmente enganando os consumidores, dizendo que são o legado do cara. Não sao. Daria todo o valor a tal Graham atual - olhem que paradoxo - mas desde que não usassem o nome Graham. Usassem qualquer outra coisa, Graham não.
Já imaginaram surgir uma marca hoje de relógios esportivos chamados Harrison e eles afirmarem, em suas propagandas, que é o legado de John Harrison deixado há 300 anos. Náo, não...Esta estória eu não compro.
Eu entendi perfeitamente o ponto de vista do cara, mas ele jogou um veneninho, eu joguei um maior ainda. QUe a marca se chamasse ~Loth, não Graham.
E que Graham concorde comigo lá do seu túmulo em Westinster, ao lado de seu colega Tompion, algo que, aliás, visitei....
Fl'[avio