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plaquet x encapado

Iniciado por dyeego, 13 Julho 2009 às 10:21:35

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dyeego

alguem já teve um relógio encapado a ouro ao invés de plaquet?
abraços
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
Rui Barbosa

Adriano

Creio que ambos seja a mesma coisa. Emplacado, encapado, plaqueado, e até mesmo folheado, são todos nomes populares do plaquê. Ou seja, folhas de ouro aplicadas mecanicamente sobre a superfície.

O outro método mais comum é a folheação (nome mais comumente usado), que é a eletrodeposição.

Há ainda a deposição física de vapor, o PVD, mais moderno.

Abraços!

Adriano

dyeego

#2
o que achei de diferente é que o relógio é de aço inox, e ele tem uma capa bem espessa de ouro, quando comparo a um plaquet de 20 microns.
e as partes de baixo da alça e do corpo do relógio não tem cobertura de ouro.
só pra ilustrar


o meu relógio tem a cobertura de ouro semelhante(um pouco menos espessa, mas ainda intacta após mais de 50 anos),  é um tissot visodate militar(28.5r-621)
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
Rui Barbosa

paulorocha

Taí uma questão interessante, e que inclusive eu tenho pensado nestes últimos dias.

Vamos imaginar o seguinte cenário (sem nos determos em questões irrelevantes como custo...  ::)): Montar um sistema de galvanoplastia artesanal nao é muito difícil, é até bastante simples (http://pt.wikipedia.org/wiki/Galvanoplastia).

Qual seria a vantagem (ou desvantagem) de se montar algo do gênero para recuperarmos relógios em que o plaquê já foi "para o espaço"? Não me refiro a vantagem financeira, pois um serviço de banho de ouro bem feito fica na casa duns 50 ou 60 reais, ou seja, bem mais barato do que se tentar fazer em casa. Me refiro a uma (virtual) vantagem em se poder controlar a quantidade de ouro (ou prata, ou ródio, ou ...) a ser depositada.

O que acham?
Um grande abraço

Paulo Rocha

flávio

Os plaquês sumiram do mercado, pois são mais caros de se fazer. Mas,  na minha experiência, duram mil vezes mais, até mesmo porque se colocava - como o Adriano disse - uma folha de ouro mecanicamente colada, com vários microns (até 80) numa superfície de aço. A Omega usava o método. Quantos Omegas da década de 50, que já passaram por alguns polimentos, estão aí zerinhos, zerinhos? Todos...

Já por eletroposição, nenhum, que é o que vemos depois dos anos 70.

Quanto ao PVD, não sei. A espessura é mínima, mas dizem que o sistema é tão resistente quanto um plaquê. Tenho lá minhas dúvidas...


Flávio

Alberto Ferreira

#5
Salve!

Realmente.

Eu noto que, leigamnte falando, está havendo uma certa "confusão genralizada" entre os termos,...

Apesar das diferenças ressaltadas pelo Adriano, a "galera" (talvez influenciada pelos leilões on line,..  >:() anda chamando tudo de "plaquê" (sic).

Outro verdadeiro "freje" é quando os mesmos vndedores falam de "cromeação" e "niquelação", não importa (para eles) se o metal aplicado é o cromo ou o níquel, tratam a coisa como s fossem sinônimos.

E, conceitualment falando, os "banhos" de hoje em dia (os comerciais - em especial os de restauração) não são mais feitos com um procsso "clássico" de eltrodeposição (catodo, anodo e uma solução ácida).
Hoje, há "liquidos" específicos que já contém o metal, sendo daí aplicados (por uma corrente elétrica também) sobre a peça.

O resultado prático disso é que as camadas de recobrimento (no caso dessas restaurações) são extremamente tênues.
E elas raranente passam dos 2 ou 3 micra (eu disse dois ou três mesmo!).

E o pior,...
Como a gravação (aquela que existe entre as garras das caixas) não é apagada, mas sim recoberta pelo (fino) banho, quem comprar o relógio restaurado vai ler lá....

Plaque 10 (10 micra), 20 ou mais,...
Mas isso é uma mentira!
:-[  >:(

Abraços a todos!
Alberto
8)


PS:
O PVD depende, intrinsecamente do material aplicado.
Ele pode ser extremamente resistente, sim, mas é muito caro.

Na verdade uma das aplicações industriais do PVD, e não apenas estética, é o recobrimento de ferramentes de corte (para usinagem de metais).
E isso é feito justamente por sua alta resistência.
Mas, como disse, o diferencial é o material aplicado.

Adriano

O "causo" do PVD é que também dá para controlar a espessura da cobertura. Hoje, quase todo mundo usa PVD na relojoaria. Mas existem PVD's e PVD's... Tem uns que são bem duráveis... Dá até para dar uma polidinha bem de leve. Exemplo: Mido, Tissot, Longines...

Mas tem outros que saem com cuspe...

Abraços!

Adriano

igorschutz

Agora tem o DLC também...

Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Alberto Ferreira

Salve!

E o que é isso, Igor?  ???  ::)

Abraços!
Alberto

igorschutz

Nem eu sei direito Alberto.

O que eu sei é que dizem se tratar de uma cobertura duríssima (DLC, "Diamond-Like Carbon"), que não risca nem a pau.
Por enquanto só vi sendo aplicada em relógios caros e na cor preta, mas não sei se é possível obter outras cores.

É só o que sei!
Nunca vi testes, não sei como se aplica e nunca vi ao vivo. Mas me parece promissor.

Um abraço,

Igor
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LUW

Os Oceanus e MRG da Casio tem revestimento em DLC, e pode ser em preto ou cinza/titânio. Até onde sei o processo é parecido com IP (ion plating) - eletro-deposição.
[ ]s
Luciano

Alberto Ferreira

 ;D  ;D  ;D

Na "indústria", por vezes bem "marqueteira" de hoje, parece haver uma regra,...

... Se não houver como acrescentar um bom aditivo novo,...

...incluamos um bom adjetivo e ...
Cobremos por isso!
;)  :D

Abraços!
Alberto
8)

igorschutz

Não entendi, Alberto.
Você está querendo dizer que esse DLC não é nada mais que um PVD?

Um abraço,

Igor
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Alberto Ferreira

#13
Não, Igor.

Na verdade não é bem o que eu quis dizer, não dessa forma assim direta.

Eu sei que (provavelmnte - posto que eu não sei a diferença...  ;D) pode até ser mesmo algo (muito) diferente.
Quem sabe?  ::)

Mas, se é muito ou se é pouco diferente ,... Muito melhor, ou nem tanto,... Nós não sabemos,...
E tampouco é dito pelos tais "marqueteiros".

Mas,... Diamante! Uau!

Ou seja,...
Impressiona, não?
E é mais fácil "tacar" lá uma "sigla" nova ´(misteriosa para a maioria) e "impactante" no mercado,...

Essa foi a razão da minha "brincadeira".
;) :D

Abraços!

igorschutz

Fiz uma ligeira pesquisa sobre o assunto, e tem muita coisa na internet.

Neste artigo, a empresa Linde Werdelin alega que seu revestimento DLC, feito num processo todo especial deles, tem dureza de 5.000 Vickers (!!!).

Aqui neste tópico do WUS, um camarada tenta riscar o revestimento de seu Citizen com duas chaves, uma de latão e uma de aço. Veja o que acontece (para os que não entenderam, apenas as chaves riscaram, o revestimento saiu intacto!)...

O trem é duro mesmo! :o

Um abraço,

Igor
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Alberto Ferreira

Salve!

Realmente, é duro mesmo!

Mas,...
Sem nenhum ceticismo, ok?
Não me interpretem mal, por favor.
Eu acho essa questão de materiais e métodos uma área simplesmente fascinante na engenharia.
E, profissionalmente, eu já me envolvi bastante com isso.

Como eu disse, eu não conheço o "método" DLC em si. Seus fundamntos, como ele é aplicado, etc.

Eu tenho certeza de que o material aplicado é duríssimo e muito resistente à abrasão.

Mas o PVD (o método) também pode aplicar materiais muito duros e resistentes à abrasão.
Como, por xemplo,  no caso daquelas ferramentas de usinagem que eu citei.

A minha dúvida seria, portanto, quanto ao método.
Ou seja, qual seria a diferença? Ok?

Abraços!
Alberto

igorschutz

Alberto,

Pelo que entendi, DLC não é um método, e sim um material, que pode ser aplicado por eletrodeposição.

Um abraço,

Igor
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Alberto Ferreira

#17
Citação de: igorschutz online 13 Julho 2009 às 15:19:36
Alberto,

Pelo que entendi, DLC não é um método, e sim um material, que pode ser aplicado por eletrodeposição.

Um abraço,

Igor



Huuuummmm!
Mas se dizem apenas ser "eletrodeposição", é algo muito genérico....
Mas, talvez por isso, mais interessante ainda procurar saber mais,...  ::)

Assim que der, eu vou também dar uma boa "pesquisada".  8)

Abraços!
Alberto


PUTZ!
A tecla do "E" deste teclado aqui está "dando nos meus nrvos"...  >:(

Afff!  :P

Adriano


Eu também desconfio que DLC é um material, um revestimento, aplicado pelo método de PVD.

Abraços!

Adriano

Desotti

Reativo o tópico com uma dúvida diante de uma afirmação do Adriano em outro tópico, porém tratando deste assunto:

Citação de: Adriano online 17 Dezembro 2009 às 09:36:14... O único relógio que sempre guardo no estojo é o Hamilton, por causa do acabamento PVD rosa, que pode riscar só de olhar...

Como agora possuo um relógio com acabamento "Ion Plating" em ouro rosa, confesso que fiquei preocupado com a afirmação do Adriano, pois imagino que o Hamilton deva receber um acabamento em PVD de ótima qualidade.

Seria conclusivo entendermos que essa fragilidade seja inerente ao ouro rosa quando aplicado desta maneira ao acabamento da caixa de um relógio?

Abraços!

Marcelo.