(...) eu gostaria de ter um accutron, mas como não compraria nada para não usar, e as peças do troço são escassas, ficaria meio com medo de colocá-lo no pulso.
Pô, estou achando que vou fazer um adendo ao artigo, com o título "
Mythbusters", só para acabar com essa estória da "fragilidade" do sistema diapasão!
Que isso gente, leiam aí no artigo (ou então em qualquer outro lugar da internet e livros de referência): o sistema era usado até em foguete espacial. Vocês acham que a NASA colocaria um negócio frágil num foguete?
Pelo contrário, a NASA superdimensiona tudo nos seus equipamentos!
O sistema diapasão é resistente e muito robusto, só que não aguenta carniceiro... Nem um trator aguenta carniceiro!
Essa lenda da fragilidade é desculpa plantada por relojoeiro que não sabe mexer no sistema, faz cagada e põe a culpa no relógio.
É complicado mexer num movimento diapasão? Sim!
É caro fazer a manutenção? Sim!
É preciso ter cuidados especiais com o relógio? Se você for relojoeiro, sim! Se você for usuário, não! Pode pôr no pulso e usá-lo como se fosse um relógio mecânico normal.
E o "problema" para arrumar peças nem é tão grave assim, pois tem muita peça por aí, até mesmo 0km. Pergunte para o Adriano, que encomendou uma para o meu Spaceview.
"E o problema da bobina queimada?"
Isso só acontece com relógios que não utilizaram a bateria correta, ou que não foram convertidos para as atuais baterias de 1,55V. Se acontecer com seu relógio, não se desespere, pois existe quem refaça essa bobina.
Novamente, o Adriano pode explicar para quem quiser.
A arquitetura do mecanismo é genial, com um número de peças reduzido e muito pouco desgaste. A chance de um Accutron dar problema por causa de peça é menor do que em um relógio mecânico normal!
Vá com fé, se quiser um Accutron, não é por causa de peças que você ficará sem o seu.
Um abraço,
Igor