Assistência Técnica para Seiko MM

[Henk]

Amigos,

Meu irmão quer encomendar um Marine Master com um parente que viajará ao país do sol nascente.
Resta a dúvida: no Brasil, onde encontrar assistência técnica para esse modelo?
A questão parece simples mas definirá uma disputa entre o MM e o SpeedMaster.

Obrigado a todos!

[zE_]

Henrique, só com a Seiko no Japão.

Em nenhum outro País a Seiko oferece assistência para o Marine Master.

Abraços,
Jose A.

[Henk]

Puxa, zE

ninguém está qualificado para esse mecanismo, mesmo que extra-oficialmente? 

Você tem alguém no Japão que poderia encaminhar, considerando como uma prestação de serviço?

[zE_]

Para um relógio deste nível, com este valor....só mesmo com a Seiko no Japão.

O relógio é enviado direto para a Seiko. Não passa por nenhuma assistência técnica autorizada.

Pois se precisar de alguma peça para o calibre 8L35, só eles tem.

O dia que voce precisar deste serviço, coloco voce "no caminho das pedras".  Não se preocupe.
Isso só daqui a uns 6 anos.

Abraços,
Jose A.

[Abrantes]

Também gostaria de saber este caminho das pedras,..
E no caso dos Kinetics, a assistencia daqui consegue resolver todos os problemas?

[zE_]

Sim, aqui no Brasil os Kinetic não devem ser nenhum mistério para as autorizadas.

Mesmo porque não é nenhuma tecnologia nova. Já tem mais de 20 anos.

[Henk]

Obrigado zE.

Sempre muito atencioso!

[igorschutz]

Henk,

Eu tenho um Marine Master, e te digo que este negócio do relógio só ser revisável no Japão é o pior defeito dele.
O que você vai precisar é de alguém que faça as vezes de procurador para você no Japão. Se comprar no Higuchi ou no Seiya-Japan, eles fazem isso.

Não sei qual é o caminho das pedra do colega Zé, mas, consultando alguns amigos advogados tributaristas, o caminho que me deram seria enviar o relógio para o Japão por meio do regime de exportação temporária. Por este regime, o relógio poderá sair para o exterior e voltar sem que recaia Imposto de Importação sobre todo o valor do relógio (apenas sobre o valor adicionado ao relógio, ou seja, praticamente zero).

Consultei os Correios e lá me informaram que você consegue obter este regime de exportação temporária indo num dos postos da Receita Federal e preenchendo um requerimento.
Tendo em mão este requerimento deferido, você pode enviar o relógio em quase todas as agências dos Correios. O prazo médio que a Receita concede para o retorno do item exportado é de 180 dias.

É foda, mas este é o único jeito. Realmente um saco só conseguir revisão e peças na Seiko do Japão!

Abraço,

Igor

[Alberto Ferreira]

Salve, amigos!

O regime de exportação temporária existe mesmo, aliás, há também um processo equivalente para importação.

Eu não sei mais dos "detalhes" e nem tampouco como seria (hoje) a burocracia para a tal "aprovação".

O meu "conhecimento" a respeito remonta de anos atrás e esteve sempre restrito a equipamentos pesados de construção, daqueles usados em grandes obras, usados por empreiteiras idem.
Mas sempre foi algo "complicado". Especialmente no que tange a "laudos", "avaliações" e "comprovações" (principalmente por serem equipamentos usados).
A grande "questão" sempre foi (o argumento das autoridades) o "risco" (muito possível, diga-se) de que alguma empresa tentasse usar o processo para importar algo e devolver "sucata", ou vice-versa.

No caso específico e atual dos relógios, como disse, eu não sei.
Mas, mesmo que seja por mera curiosidade (ou "cultura geral"  ), talvez caiba mesmo uma verificação, digamos, em uma "fonte oficial".

Abraços a todos!

[FALCO]

Não sendo o caso de garantia, porque um relojoeiro local não poderia fazer o serviço, no caso de revisão?

[Alberto Ferreira]

Salve!

Bem,...
Salvo erro ou avaliação "simplista" de minha parte,... Boa pergunta, não?
Por que não?

Talvez algum dos colegas possa nos informar o(s) motivo(s) técnico(s) (digamos "oficialmente" alegados pela Seiko), além da possível (ou especulada,...  ) mera "estratégia" de marketing e suporte.

Já peças,...
E eu não sei se há algo muito especial, talvez não.
Mas, em havendo, a coisa poderia complicar e muito.

Abraços a todos!

[Byron]

Desculpem se penso e falo besteira , mas como o amigo já disse: se não for pela garantia,acho que qualquer (bom) relojoeiro faz a revisão no bicho. Acho que isso de "só nas autorizada" é puro marketing e um pouco de terrorismo. Falei.

Abraço, Byron

[zE_]

Quanto a isso eu concordo com o Alberto e Byron.

Qualquer relojoeiro realmente qualificado faz uma revisão no Marine Master.  Isso nem se discute.

Mas e se precisar de alguma peça? Só direto com a Seiko. Não tem outra saída.


Agora se for para 7Sxx e até 6R15....eu consigo comprar uma máquina completa avulsa, 0km.

Sai mais barato e é mais simples do que todo o trabalho de ver o que esta defeituoso, tentar achar a peça.....

Abraços,
Jose A.

[Abrantes]

Desculpem se penso e falo besteira , mas como o amigo já disse: se não for pela garantia,acho que qualquer (bom) relojoeiro faz a revisão no bicho. Acho que isso de "só nas autorizada" é puro marketing e um pouco de terrorismo. Falei.

Abraço, Byron

É um terrorismo meio non sense porque acredito que muitos interessados ao redor do mundo não compram por causa disso.

[Alberto Ferreira]

Salve!

Pois é!

Mas, aí, ja estaríamos "especulando" em outra "área".

Será que eles (a Seiko) não querem isso mesmo?
A exclusividade de um mercado?

Mas eu mantenho a pergunta.
Há, ou não, razões realmente técnicas?

Abraços a todos!

[zE_]

Razões técnicas acho que não.

Talvez puro e simples Marketing.

Ou algum tipo de controle de qualidade?

[igorschutz]

Realmente, o Marine Master seria facilmente revisável por qualquer bom relojoeiro.
O problema seria que esse relojoeiro não teria condições de conseguir peças como retentores, o-rings, tubos da coroa, ou até mesmo uma coroa nova, que são peças constantemente trocadas em relógios divers para que mantenham essa condição (o Adriano já falou sobre isso por aqui, que em divers troca-se a coroa toda numa revisão). Sem essas peças, o relógio pode vir a perder sua resistência a água, e um Marine Master que não pode tomar um banho é dose...
Um relojoeiro independente no máximo reaproveitaria as peças, ou faria uma adaptação, o que é uma judiação num relógio desse nível.

Outra coisa seria a vedação contra gás hélio do MM. Acredito que o retentor que impede a entrada do gás deva ser trocado toda vez que se abre o relógio (o MM é aberto pela frente, já que o fundo é fixo). Se for o caso, só na Seiko mesmo... Mas quanto a isso, não sei dizer com absoluta certeza, só olhando o manual técnico pra saber.

No mais, outra coisa chata do MM é que o bezel risca facinho, facinho. Pra trocar, só no Japão... você não consegue MESMO essa peça por fora!

Ah, e também sempre há o risco do relojoeiro fazer uma cagadinha em seu relógio, como quebrar peças, perder molas, riscar o mostrador ou danificar os ponteiros (acreditem, isso acontece: um reputadíssimo relojoeiro de SP riscou feio um mostrador de um IWC Fliegerchronograph meu. O Adriano viu como ficou). Se isso acontecer com um MM, bau bau...

O MM é um belo relógio. Não me arrependo de ter comprado o meu, mas se o camarada que comprar não tiver o mesmo desprendimento, vai chorar... e não adianta querer colocar a culpa na Seiko depois.

Um abraço,

Igor

[Desotti]

Belíssimo diver, mas por todas as dificuldades expostas diante de seu custo , sinceramente não compraria.

Abraços.

Marcelo.

[Desotti]

Reativando o tópico...

Igor, imagino que a mesma sistemática de manutenção apenas no Japão valeria para outros calibres "Hi-End" da Seiko, como o 9S37 do Flightmaster, correto?



Abraços!

Marcelo.

[Adriano]

Eu não me preocuparia com isso. Compraria, usaria o relógio até acabar se fosse necessário. Pelo menos, não me privaria do prazer de usar uma peça dessas. Além disso, a preoupação com vedação pode ser exagerada. Uma coroa, dependendo do uso, deve estar boa ainda depois de 10 anos de uso. Algumas, com mais de 15. Juntas de vedação, 5 a 10 anos, ou mais, dependendo de sua localização no relógio e outros fatores.

E mesmo assim, elas não vão pro saco de um dia para outro. Creio que um Marine Master razoavelmente bem cuidado, estará resistente ao uso diário normal depois de 30 anos com as juntas originais... Já vi inúmeros Omega Seamaster de 20, 25 anos assim, passando em teste de vedação com juntas originais...
Vejam, não estou recomendando que se faça isso. Mas apenas relatando que a questão da vedação depende de vários fatores e não é algo que se deteriora completamente em poucos anos. E tudo depende de uso.

Abraços!

Adriano