http://desejodecolheraflor.blogspot.com.br/2014/11/devagar-devagarinho.html
Solano, infelizmente a realidade é essa mesmo. Já vi casos de colegas praticando iatrogenias sem qualquer indicação, apenas por decisão própria de que o que acham está certo, e nada, seja a ciência ou o bom senso, têm evidências para contrariá-los. Porém isso também não é uma regra. Os médicos estão aprendendo a deixar de ouvir os pacientes. Cada vez mais se buscam alternativas como exames ou procedimentos que diminuem o tempo de contato entre o médico e o paciente. Sou da opinião de que quem procura ajuda, quer ser ouvido (tenho o viés de ser Psiquiatra), e se não houver a escuta ativa, a dedicação ao caso, a investigação de fatores externos e a atenção buscada pelo paciente, não haverá adesão aos tratamentos. Os exames são métodos auxiliares ao diagnóstico, mas o principal ainda é a investigação.
Abraço
Citação de: Moriel online 25 Dezembro 2014 às 16:19:02
Solano, infelizmente a realidade é essa mesmo. Já vi casos de colegas praticando iatrogenias sem qualquer indicação, apenas por decisão própria de que o que acham está certo, e nada, seja a ciência ou o bom senso, têm evidências para contrariá-los. Porém isso também não é uma regra. Os médicos estão aprendendo a deixar de ouvir os pacientes. Cada vez mais se buscam alternativas como exames ou procedimentos que diminuem o tempo de contato entre o médico e o paciente. Sou da opinião de que quem procura ajuda, quer ser ouvido (tenho o viés de ser Psiquiatra), e se não houver a escuta ativa, a dedicação ao caso, a investigação de fatores externos e a atenção buscada pelo paciente, não haverá adesão aos tratamentos. Os exames são métodos auxiliares ao diagnóstico, mas o principal ainda é a investigação.
Abraço
Concordo plenamente, o médico hoje parece não ter a menor paciência para ouvir o paciente, o que julgo essencial.
Eu não sei se a palavra mais apropriada seria bem "paciência"...
Talvez não seja.
E aqui eu não me refiro apenas aos médicos, e às outras profissões (ou funções) onde ouvir é mesmo essencial. Eu até me atreveria a dizer que é mesmo no sentido mais geral, no nosso dia-a-dia.
Os exemplos estão aí.
...para quem tenha "paciência" de vê-los. :-X
Mas isto é uma mera e despretensiosa opinião pessoal minha.
Cada vez nós ouvimos, lemos, falamos (com a própria voz) menos e menos.
Ou seja, nós queremos "soluções prontas", e rápidas, "zipadas" (palavra já fora de moda, já foi... ;)), ao alcance de uma tecla ou imagem.
Nem mesmo duas ou três, se possível uma só. :D
Quem ainda "senta" para conversar, mesmo que seja pela NET?
Para mim, e mais uma vez aqui vai uma opinião pessoal, esta é parte da questão.
Vejam o nosso próprio exemplo aqui no FRM, quem de nós (de fato) lê as mensagens anteriores, antes de "responder" (ou comentar) algo?
E nos noticiários (das TV´s e NET´s) não a mesma coisa?
É vapt-vupt... No embalo do "quote" e da repetição rápida.
;D
Alberto