Confesso que a Breguet, apesar de patentear e, claro, por em prática, muito mais inovações por ano do que, por exemplo, uma Rolex, não é uma marca que eu coloco no pedestal pelas inovações. Mas deveria...
Na verdade, o relógio em particular, quando lançado, chamou minha atenção muito mais pelo visual do que pelo escapamento totalmente feito em silício, absolutamente antimagnético, altíssima frequência de funcionamento (10hz) e garantia de precisão de -1 a +3 segundos, muito além do exigido pelo COSC.
Mas hoje, lendo essa review, vi o quão estava errado. Um dos problemas dos erros posicionais do relógio é que, nas posições mostrador para cima e mostrador para baixo, apenas a pontinha do pivô toca na contra pedra do anti choque, que está molhado em óleo. O atrito, pois, é reduzido. À medida que você muda o relógio para posições verticais, além deste contato, ocorre o das laterais do pivô com o "buraco" no qual este está inserido no rubi.
Imaginem, então, que ao invés de contra pedras com óleos, os pivôs "flutuassem" em imãs, como um trem Maglev funciona levitando? Pois é isso que fizeram... Os pivôs aí não possuem contato com nada, eles flutuam, sem qualquer atrito (vejam os esquemas técnicos).
Olha, o mostrador desse relógio, conquanto um pouco confuso pela profusão de guillhoches, é belíssimo. E tudo DE FATO feito à mão. O mini mostrador contínuo de dois segundos, "mostrando" a frequência de 10 hz, chega a ser hipnotizante. O movimento? Vejam com seus próprios olhos.
E concordo com o Ben Clymer, agora pensando bem: por 40 mil dólares, nesse mercado maluco de relojoaria, esse relógio é uma barganha, eis que praticamente feito de forma artesanal e em ouro.
Vejam só. Não deixem de assistir ao vídeo:
https://www.hodinkee.com/articles/the-breguet-classique-chronometrie-7727
Flávio
Ps A única, sinceramente a única coisa que é ponto fora da curva neste relógio, na minha opinião, é a o escrito 10 HZ, numa fonte moderna, NADA A VER com o resto do relógio.
Ps A única, sinceramente a única coisa que é ponto fora da curva neste relógio, na minha opinião, é a o escrito 10 HZ, numa fonte moderna, NADA A VER com o resto do relógio.
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Flavio,
puts, realmente nada a ver mesmooooo...Rapazzzz... Ninguém lá sacou isso?
Abraços
Edgar
De fato, ficou péssimo usar essa fonte moderna, destoa completamente do resto da obra.
Boa noite!
Eu também acho que a fonte moderna "destoa", o relógio podia passar sem isso.
Mesmo que a intenção seja, ou fosse, ressaltar os avancos técnicos envolvidos (materiais e concepção) eu penso que poderiam ter usado algum outro meio para tal.
Ainda mais se usando o nome "classique".
Abraços!
Alberto
Incrível o relógio. Fazia tempo que não gostava tanto de um relógio como gostei desse. Concordo que a fonte foi inadequada, mas, para mim, isso não infirma sequer minimamente a beleza da peça.
Gostos a parte, essa fonte moderna no 10Hz é proposital. A estética moderna contra o restante é o mesmo contraste entre tradição e tecnologia empregada no mecanismo.
Abraços!
Adriano
Como todos são movidos pelo gosto e pelo que enxergam, se tivesse dinheiro não me interessaria.
A destoante inscrição dos Hertz me satisfaria se estivesse restrita à colocação ao lado da numeração, vista pelo fundo da caixa.
E o festival de guilhochês são, a meu ver, de padrões que não se complementam. Se chocam.
Mas isso é avaliação por foto. Ao vivo a história pode ser outra.
Dic
O movimento é fantástico! Claro que o pivô magnético só é possível graças ao uso da hairspring em silício, que só podem ser feitas por máquinas computadorizadas....
Também achei que se houvesse um padrão único de guilhoches o mostrador ficaria mais elegante (acho que a Breguet não precisa mostrar que sabe trocar as rodas da Rose engine) - sem falar no famigerado 10 Hertz...
Prá ser sincero, tb não curti muito esse ponteirinho ligado diretamente à roda de escape. Coisa inútil!Como disse o texto, é apenas um instrumento de marketing exibido no mostrador.
Ainda assim, é uma peça incrível!
[]s!
Desenterro este tópico em virtude da review em vídeo publicada ontem no Monochrome, que vale a pena ser vista por qualquer um, mesmo sem domínio da língua (aliás, o conteúdo é fraco e a puxação de saco, para variar, enorme...).
Um dado novo sobre este relógio: o que parecia conversa fiada da Breguet foi colocado a prova num teste comparativo de eficiência mecânica de relógios (sendo simplista, medem-se as perdas de energia na saída do tambor e na "boca" do escapamento), e este aí se mostrou o mais eficiente do planeta. Os tais pivôs ancorados sobre imãs e altíssima frequência realmente funcionam.
Eu particularmente ACHO HORROROSO o escrito 10hz no mostrador, sobretudo sua fonte, completamente destoante do visual clássico do relógio, mas...
https://www.youtube.com/watch?v=KpQd4cGKPoc
Relógio fenomenal sob todos os aspectos, uma peça ímpar!