Olá amigos
Hoje eu tentei dar um "upgrade" na minhas técnicas "consertadorísticas" de relógios. Ajustar uma mola de balanço.
Mas antes de tudo (e para não apanhar dos mais experientes... ;D ;D ;D) eu quero deixar bem claro: utilizei uma SUCATA... Um balanço que já havia recebido atestado de óbito definitivo e que, portanto, se fosse completamente detonado não traria nenhum prejuízo.
Utilizei uma pinça fina e uma agulha e fui bem devagar ajustando as irregularidades da mola, desentortando e tentando deixar ela com o formato original.
Demorei um bocado, quase duas horas, mas no final a mola voltou ao formato correto (ou quase).
Instalei o balanço novamente na máquina e pude revogar o atestado de óbito: ela voltou a funcionar! Não está perfeita, a amplitude está terrível (não chega a 100 graus) e provavelmente não irei conseguir fazê-la voltar às condições normais. Mas foi bem divertido, isto eu garanto!
Um grande abraço
PS.: infelizmente não fiz fotos. Na próxima tentativa eu fotografo.
Continue assim meu amigo. Mais alguns meses e começará desmontar, lubrificar e remontar um Patek...
Parabéns! ;D
Salve!
Parabéns, Paulo!
Este seu "passo-a-frente", além do conhecimento (saber o porquê das "curvinhas" etc.), necessita mesmo de muita concentração, paciência, mãos (muito) firmes e, como talvez dissesse o Nelson Rodrigues,...
"...olhos rútilos".
Sim, "rútilos", não no brilhar, mas aqui no sentido da acuidade mesmo.
Aliás, meus amigos, eu aproveito esta homenagem à iniciativa do Paulo, para declarar a minha completa solidariedade a tantos e tantos técnicos relojoeiros, que todos os dias "rezam" aos seus deuses da Horologia, pedindo só uma coisa,...
Que eles lhes conservem as mãos e olhos firmes.
A cabeça eu nem falo, pois dizem que o uso do cérebro e da concentração reduz os riscos de danos (aqueles da senilidade), não?
Mas que esta profissão, como algumas outras, tem sempre essa espada de Dâmocles sobre a sua cabeça, infelizmente, lá isso tem mesmo.
:-\
Abraços a todos!
E eu invejo a capacidade de concentração e destreza do amigo... ;)
Está de parabéns pelo avanço, e obrigado por compartilhar conosco. É legal ver que o FRM está fazendo escola.
Abraços,
Igor
Obrigado pessoal, mas não é para tanto. Ainda estou LONGE de ficar pelo menos "mais ou menos" ;D ;D
E não é modéstia não. É pura e simplesmente constatação da realidade... Mas ainda chego lá! Aos pouquinhos, mas chego.
Um grande abraço
Salve!
Paulo,
O legal da história é mesmo a "curtição" e o aprendizado.
Afinal, tentando "desentortar" uma espiral de balanço se aprende muita coisa, inclusive exercitamos um pouco o dom da paciência.
Eu bem sei como é.
No curso que eu fiz, já vai algum tempo, eu passei "dias" (literalmente) tentando fazer isso, num ETA 2688 (automático e feminino). pequeno paca´s!
Com a ajuda de um microscópio, muito "saco" e "teimosia", no bom sentido, é claro!
Até que no final da "maratona", a minha qualificação, dada pelo professor, foi,...
"Bom,...
Está melhor do que estava."
;) :D
Mas o espírito não era, de fato, fazer a coisa (e o professor bem sabia que a minha "proposta" não era me tornar um profissional, mas sim sentir o problema e aprender).
Aliás, eu iria até um pouco mais longe.
Ajustar uma espiral um pouco "fora de forma", eu creio que eles, os profissionais, fazem.
Mas dependendo do caso, e do movimento (custo), nem os profissionais fazem isso, eu acho que eles simplesmente colocam um conjunto novo e partem para o abraço.
Mas,...
Há sempre um "mas", não?
E se o movimento for muito antigo, se não houver mais a peça, e se o seu custo for "fora de cogitações"?
Pois é,...
::)
Um grande abraço e grato por compartilhar conosco o seu entusiasmo e progressos!
8)
Oi Paulo,
O seguinte a espiral pode estar até centralizada sem erro algum, mais a amplitude, provávelmente seja problema de lubrificação ou problema com a corda,
A corda muito antiga e velha faz com que baixe a amplitude,
A espiral só vai interferir na amplitude se ela tiver muito fora do plano e muito descentralizada na virola, caso contrário não iria influenciar muito,
Caso queira postar foto da espiral , damos dicas e ficariamos grato,
Mais parabéns pelo desempenho,
Abs,
Mauro
Muito bom Paulo, eu tentei mexer com um espiral de um Seiko feminino não consegui :'( mas persistinto um dia consegue né deixei de lado.
é isso ai parabens, abraços. Tomas
Sadações Paulorocha!
Dois dias atras eu entrei no teu blog e estou acompanhando os teus relatos e trabalhos em breve vou começar a perdir algumas dicas a você. Considero pura higiene mental aprender manuseando estes relógios, no caso vou iniciar com algum relógio que se eu mexer não poderá ficar pior do que estava, hehe.