.....um relógio no pulso (automático), ao uso extremo, digo uso extremo, não destruindo o relógio,mas usando-o em todos os momentos, dia, noite, festa, piscina, trabalho, enfim, tudo mesmo,sem que nos preocupemos muito.
Gostaria de saber nisso, quais as circunstâncias que mais poderiam oferecer riscos de maior desgaste (funcional e estéica) nos componentes do relógio.
Vamos tomar como base aí, um Omega Seamaster Bond......... e também um Rolex Daytona, já que oferecem propostas distintas.
Abs.
Neme
Uma das condições mais severas de uso de relógios automáticos que vejo é o uso em atividades rurais, no braço do trabalhador rural que pega pesado, serviço braçal.
E o relógio preferido é o bom e velho Orient ("Oriento" como dizem!) que só levam ao relojoeiro se quebra alguma coisa. Fora isso, está no braço todo dia, seja sol seja chuva, na lavoura ou no curral. E aguentam! Não sei quanto, mas aguentam muito pelo cuidado que são tratados.
É verdade!
Tenho um tio bem rural que tem um orient que não sai do pulso por nada, o homem tira leite, leva a cana para moer, acompanha ele nas cachaçadas e tudo mais...
Não importa o uso, importa a manutenção. Se usar todo dia caçando caraguejo no mangue mas der a manutenção periódica e adequada, vai durar séculos. Se usar de vez em quando sem manutenção e/ou manutenção em bocas-de-porco, estarácom uma sucata em menos de 20 anos.
Abraços!
Adriano
Meu primeiro relógio quando garoto, foi um Slava soviético. Cresci e o relógio estava pequeno pra mim... 1974... no "ginásio" como se dizia na época... Meus colegas começavam a ganhar o relógio que era a sensação do momento... O SEIKO!!! Claro que eu quis um... Meu pai entretanto, antes de comprar um relógio novo, perguntou a um primo joalheiro, que relógio comprar. Tinha de ser um relógio à prova de bala, pois eu brincava com o relógio, jogava bola, andava de bicicleta...
O primo sugeriu um EDOX... Fiquei decepcionado... Não tinha a menor idéia que relógio era aquele... Só sabia que todos os amigos tinham Seiko... Criei coragem e perguntei: E o Seiko, é bom??? O primo sentenciou: Seiko??? Tá maluco??? Aquilo é relógio de pedreiro...
Meu pai, sabiamente, comprou um Seiko!!! Se aguentava pedreiro, aguentava comigo também...
Junto com minha Faber Estudante, aquele Seiko me acompanhou até a universidade... Infelizmente, não sei que fim deu... Mea culpa... mea maxima culpa...
Salve amigos!
Sem nenhuma outra colocação, ou intenção, que não apenas a de fazer um comentário que eu creio talvez seja algo esclarecedor...
A marca que eu vou citar é muito respeitada por mim. Aliás, eu digo mais, eu sou fã dela, e desde muito tempo!
Certamente, todos já ouviram o termo "relógio de peão" para se referir a alguns modelos da marca Orient.
Pois bem,...
Por que isso?
Eles funcionam, anos a fio, no punho de operários braçais (em minas e obras de construção pesada), operando marteletes pneumáticos (e põe vibração e poeira, né? ;))...
E normalmente eles são mecânicos...
E por que?
Porque lá "no mato" era mais difícil encontrar baterias e tal... ::)
Eu cansei de vê-los em ação, com suas pulseiras frouxas nos punhos, girando nos braços com toda aquela vibração...
E funcionando, numa boa!
Ah!
Há outros que podem ser enquadrados no mesmo caso.
Abraços a todos,
Alberto
Pulseira girando no braço é de lei!
Já presenciei varias vezes tais cenas!
saindo dos mecânicos, o G-Shock é uma pedreira, meu irmão comprou um nos anos oitenta, enjoou dele, passou pra mim que era criança, que passei pro meu pai, que passou pro meu sobrinho e o relógio tai ai.... :D
Citação de: Filipeandrade online 20 Novembro 2012 às 15:28:09
Pulseira girando no braço é de lei!
Já presenciei varias vezes tais cenas!
o relógio fica pro lado interno do pulso, quase na palma da mão ;D ;D
Citação de: Carbonieri online 20 Novembro 2012 às 15:37:30
Citação de: Filipeandrade online 20 Novembro 2012 às 15:28:09
Pulseira girando no braço é de lei!
Já presenciei varias vezes tais cenas!
o relógio fica pro lado interno do pulso, quase na palma da mão ;D ;D
;D ;D ;D
Nas antigas competições de observatório, que eram ferramenta de propaganda de fábricas que competiam entre si pela precisão, os movimentos eram testados no quesito único precisão. Em 2009, com a volta das "competições" de observatório (já que os resultados deveriam ficar secretos e, no final das contas, as fábricas nem ao menos os utilizam como propaganda, já que hoje precisão é o de menos), resolveram mudar um pouco as regras e testar todo o relógio, no que seriam condições de uso normais diárias. Adicionaram ao teste de observatório, pois, choques e magnetismo. A JLC só libera seus relógios da fábrica após 1000 horas de testes em condições de uso e não foi uma surpresa para mim que dois turbilhões - sim, turbilhões, que pressupõe-se serem ultra frágeis - deles tenham ganhado a competição. Nessa competição, 16 relógios participaram e, depois dos 45 dias de testes, 35% deles ficaram pelo caminho por conta de choques (caso do Greubel Forsey, que acabou ganhando em 2011), magnetismo (Voutlainen), etc.
Entendi a pergunta, então e, indo além do Adriano, acho que o que vale é o bom senso. Você não vai jogar tênis com um Patek ultra fino; não vai colocar um Longines Crono para mergulhar (como um colega meu faz, mas com um Hublot, e teima em colocar a culpa nos defeitos do relógio na marca, não nele); você não vai fazer um rally com uma Ferrari.
Cada macaco no seu galho! Sei que a norma iso que atesta todos os relógios suíços garante impactos que equivalem a uma queda de 40 cms. Não sei quanto isso equivale em desaceleração. Mas sei, por exemplo, que o Federer é endorser da Rolex e já o vi jogando com relógios. Algum relógio dele deu problema pelos impactos? Se deu, não ficamos sabendo. Mas acho que um Rolex foi feito para aguentar um tranco. Eu já joguei meu Rolex Explorer I e o Seamaster Planet Ocean (e são só esses dois mesmos que sofrem...) em cada buraca inacreditável, de mortais dados no mar de uma dezena de metros de altura a porradas em parede. Eles estão funcionando bem até hoje...
Acho que se meu Longines Avigation, para citar o exemplo do primeiro que me vem à mente, porém, caísse de uma altura de meio centimetro dentro de uma caixa de ispor, ele quebraria, assim como encheria de água se colocado dentro de um copo de água.
Flávio
Citação de: Alberto Ferreira online 20 Novembro 2012 às 14:56:07
Salve amigos!
Sem nenhuma outra colocação, ou intenção, que não apenas a de fazer um comentário que eu creio talvez seja algo esclarecedor...
A marca que eu vou citar é muito respeitada por mim. Aliás, eu digo mais, eu sou fã dela, e desde muito tempo!
Certamente, todos já ouviram o termo "relógio de peão" para se referir a alguns modelos da marca Orient.
......................
Alberto
Lembrei de uma boa com um Seiko de peão, Alberto... O cara tava quebrando uma mureta na marreta e talhadeira... Ao invés de usar o relógio no pulso esquerdo, usava no direito. Como era destro, o relógio acompanhava a marreta. Aí questionei o cara porque não usava no pulso esquerdo... Ele me disse: "No esquerdo, se eu errar a marretada, acerto o relógio"... Aí eu perguntei: Já errou alguma vez???
E ele respondeu: "Já... Óia só o risco no vidro... Sorte que pegou de esgueia..."
E viva o Relógio de Peão!!!
Citação de: edulpj online 20 Novembro 2012 às 18:14:44
...
...Óia só o risco no vidro... Sorte que pegou de esgueia..."
E viva o Relógio de Peão!!!
;D
E viva (a coragem d)os peões! Fruto da necessidade.
Afinal, a mão também "tava na reta". ;)
Aliás, ambas...
A da "segurança" e a da "guiança", Sô!
"Dotô, onde essa marreta bate não nasce mais cabelo, não..."
E essa foi o Severino que me ensinou. ;)
8)
Abraços!
Alberto
Lembrei de um Seiko 6139 que comprei em uma feira por preço de banana.
Na negociação, falei pro vendedor que ainda ia gastar no relógio e tal...
Ai ele disse:
- Esse relógio aqui? É só usar e só se preocupe com ele quando parar de vez. O que é muuuuito difícil...
:P
Salve!
Marcos...
Se você me permite um comentário, com relação ao que escreveu...
"...um Seiko 6139 que comprei em uma feira por preço de banana."
...
E...
"- Esse relógio aqui? É só usar e só se preocupe com ele quando parar de vez. O que é muuuuito difícil...
:P "
...
Pela sua "careta" aí no final, eu creio que você entendeu bem a situação, ou melhor dizendo, que neste caso (um 6139, crono, mais complexo, com manutenção duvidosa, etc)...
Diga lá o que disser um eventual vendedor...
Quanto mais fuçado, pior!
Essa é a regra, portanto, nós temos que ficar bem atentos.
Abraços!
Alberto
Caro Meme;
Sua ponderação enseja uma interessante discussão.
Fora a robustez notoria de modelos tais como a dos citados pelos colegas a questão tem alguns fatores que são muito interessantes, tais como o uso de rolamentos em rotores que torna o sistema muito mais robusto, o uso de eixos mais grossos, incabloc, dentre muitos outros fatores. Tudo isto influi no "quanto aguenta".
Por outro lado, no "até quando" pesam outros fatores, tais como lubrificação, números de rubis, etc..
Agora uma questão mais técnica, que me causa digamos certo receio (desculpem-me os que não gostam de discussão técnica). A esmagadora maioria das engrenagens dos relógios, são cicloidais, ou seja, não envolventes.
O que significa isto. Explico; as engrenagens funcionam parte atritando os dentes de uma sobre as outra e parte rolando elas rolam como se duas superfícies cilindricas fossem, não atritando e sem desgaste. Para ser bem simplista, nas cicloidais o atrito é muito grande causando um desgaste assentuado ao longo do tempo e mudando o perfil da engrenagem de forma a torná-la inútil.
Já nas envolventes ocorre o oposto, pelo seu método de fabricação por processos, tais como o renânia (tenho até as fresas e algumas "barras de engrenagens de mecanismos" feitos por este processo e se alguem se interessar posto como é feito o processo inteiro), as engrenagens com o tempo desgastam-se de forma a consevar a característica de rolagem de modo que sempre irão melhorar ao longo do tempo. Os perfis de rolagem irão até mesmo melhorar e o proprio desgaste acaba por gerar outro perfil que melhora a rolagem. Um sistema genial.
Então fica a pergunta por que não usar engrenagens envolventes? A causa fundamental é porque na execução, imagino eu, não consigam boa percisão na distância entre eixos, assim tornando a cicloidal mais indicada embora desgaste com maio velocidade tenha maior perda por atrito e perca seu perfil.
Mas com uso de punconadeiras CNC porque não aproveitam e fazem com engrenagens envolventes? Ou mais fácil que tal fazer uma máscara com precisão e furar a platina e pontes com precisão?
Em suma: usando este tipo com o tempo a engrenagem tende a melhorar e não piorar. No particular das engrenagens iriam durar muito mais com isto. E os relógios de passagem.
Um abraço a todos.
Os relojoeiros projetistas sabem o que fazem, vai por mim. Se usam dentes epicicloidais, tem um motivo.
Além disso, os dentes da engrenagens de relógios não sofrem desgastes dentro de condições normais de uso. Nenhum desgaste. Um bom relógio com 150 anos de idade apresenta dentes perfeitos, fácil fácil. Desgaste em dentes é irrelevante na maioria dos casos, quando eficiência de transmissão de energia é de máxima prioridade.
Em outras palavras, ainda, esqueça boa parte dos conceitos de engenharia mecânica, quando o assunto é engenharia micro-mecânica. Sugiro o estudo, por exemplo, das normas NIHS 20.
Abraços!
Adriano
Citação de: flavio online 20 Novembro 2012 às 15:54:05
Nas antigas competições de observatório, que eram ferramenta de propaganda de fábricas que competiam entre si pela precisão, os movimentos eram testados no quesito único precisão. Em 2009, com a volta das "competições" de observatório (já que os resultados deveriam ficar secretos e, no final das contas, as fábricas nem ao menos os utilizam como propaganda, já que hoje precisão é o de menos), resolveram mudar um pouco as regras e testar todo o relógio, no que seriam condições de uso normais diárias. Adicionaram ao teste de observatório, pois, choques e magnetismo. A JLC só libera seus relógios da fábrica após 1000 horas de testes em condições de uso e não foi uma surpresa para mim que dois turbilhões - sim, turbilhões, que pressupõe-se serem ultra frágeis - deles tenham ganhado a competição. Nessa competição, 16 relógios participaram e, depois dos 45 dias de testes, 35% deles ficaram pelo caminho por conta de choques (caso do Greubel Forsey, que acabou ganhando em 2011), magnetismo (Voutlainen), etc.
Entendi a pergunta, então e, indo além do Adriano, acho que o que vale é o bom senso. Você não vai jogar tênis com um Patek ultra fino; não vai colocar um Longines Crono para mergulhar (como um colega meu faz, mas com um Hublot, e teima em colocar a culpa nos defeitos do relógio na marca, não nele); você não vai fazer um rally com uma Ferrari.
Cada macaco no seu galho! Sei que a norma iso que atesta todos os relógios suíços garante impactos que equivalem a uma queda de 40 cms. Não sei quanto isso equivale em desaceleração. Mas sei, por exemplo, que o Federer é endorser da Rolex e já o vi jogando com relógios. Algum relógio dele deu problema pelos impactos? Se deu, não ficamos sabendo. Mas acho que um Rolex foi feito para aguentar um tranco. Eu já joguei meu Rolex Explorer I e o Seamaster Planet Ocean (e são só esses dois mesmos que sofrem...) em cada buraca inacreditável, de mortais dados no mar de uma dezena de metros de altura a porradas em parede. Eles estão funcionando bem até hoje...
Acho que se meu Longines Avigation, para citar o exemplo do primeiro que me vem à mente, porém, caísse de uma altura de meio centimetro dentro de uma caixa de ispor, ele quebraria, assim como encheria de água se colocado dentro de um copo de água.
Flávio
Apenas um adendo, com relação ao tênis: muitos dos tenistas top ten são embaixadores de marcas de relógios.
Para ficarmos nos mais emblemáticos, temos o Federer com Rolex, o Djokovic com Audemars Piguet e o Nadal com seu famosíssimo Richard Mille, que pesa apenas 20 gramas e que custa mais de US$ 500 mil.
Curioso é que apenas o Nadal joga de relógio! Ele o coloca no braço direito, já que usa a canhota para jogar. No seu backhand, com os dois braços, penso que a extrema leveza do relógio não o incomode. Aliás, penso que está justamente aí a propaganda da Richard Mille.
O Federer NÃO joga com relógio: entra na quadra com o Rolex, tira-o, e apenas o coloca imediatamente, assim que termina a partida.
Interesante é que, em teoria, ele poderia usar sim, já que é destro e bate o backhand com apenas uma das mãos.
O seu Rolex não iria "atrapalhá-lo" em nada. ;D
Abraço.
P.S.: se alguém aqui de BSB joga tênis e quiser bater uma bolinha, sinta-se imediatamente meu convidado.
Salve, amigos.
Sim, a discussão é interessante.
Mas, se me permitem,...
Aí vão apenas mais dois centavos, na questão do perfil dos dentes das engrenagens usadas nas "rodagens" dos relógios.
Há que se considerar o regime de uso, ou talvez em uma linguagem menos técnica, as condições a que são submetidos os dentes daquelas engrenagens.
Dentre estas condições estariam as dimensões (como já foi dito), o torque, os esforços nos pontos de contato (as forças aplicadas ali) e, por que não, a complicação construtiva, etc.
Por último, uma asserção pragmática, se não há desgastes relevantes, os projetos não podem estar propriamente "errados", haja vista o tempo pelo qual estes são aplicados nos relógios.
Eu sei que isso não foi dito... Que os projetos estão errados... Mas não custa debatermos e quiçá aclararmos um pouco mais a fundo, não? 8)
Abraços a todos!
Alberto
Eu sempre reparava nos relógios dos pedreiros e lembro na minha mente o Orient KD nos mais velhos/idosos.
Citação de: Alberto Ferreira online 20 Novembro 2012 às 14:56:07
Salve amigos!
Sem nenhuma outra colocação, ou intenção, que não apenas a de fazer um comentário que eu creio talvez seja algo esclarecedor...
A marca que eu vou citar é muito respeitada por mim. Aliás, eu digo mais, eu sou fã dela, e desde muito tempo!
Certamente, todos já ouviram o termo "relógio de peão" para se referir a alguns modelos da marca Orient.
Pois bem,...
Por que isso?
Eles funcionam, anos a fio, no punho de operários braçais (em minas e obras de construção pesada), operando marteletes pneumáticos (e põe vibração e poeira, né? ;))...
E normalmente eles são mecânicos...
E por que?
Porque lá "no mato" era mais difícil encontrar baterias e tal... ::)
Eu cansei de vê-los em ação, com suas pulseiras frouxas nos punhos, girando nos braços com toda aquela vibração...
E funcionando, numa boa!
Ah!
Há outros que podem ser enquadrados no mesmo caso.
Abraços a todos,
Alberto
Numa aula de engrenagens na faculdade, perguntei a questão dos formatos de engrenagens para o professor e a resposta é EXTREMAMENTE SIMPLES...
Primeiramente, permitam corrigir o nome da curva... O nome correto é EVOLVENTE.
A razão de não se utilizar engrenagens de dentes evolventes em relojoaria, é uma grandeza denominada RELAÇÃO DE ASPECTO. Um dente evolvente, tem o ápice mais fino e a base mais larga. Num dente epicicloidal, o ápice do dente é um pouco mais largo e a base um pouco mais estreita. Dessa forma, é possível criar engrenagens MENORES com dentes epicicloidais do que seriam se fossem criadas com dentes evolventes.
Ou então, para fazer duas engrenagens com o mesmo diâmetro e mesmo número de dentes, os ápices dos dentes evolventes seriam bem mais finos que o ápice dos dentes epicicloidais.
Se em contrapartida, os projetistas optassem por dentes evolventes, para que os ápices dos dentes fossem suficientemente largos, a base seria muito grande o que provocaria um aumento no diâmetro total da engrenagem.
Em outras palavras, para manter as características de desgaste e tamanho que permita a MINIATURIZAÇÃO, as engrenagens epicicloidais são muito mais razoáveis que as evolventes...
Salve!
Como foi dito o tempo todo, talvez de maneira não tão clara, as dimensões das engrenagens são determinantes.
Portanto o Edu tem razão nisso.
Mas,...
E como é o perfil dos dentes dos relógios, digamos, grandes?
Aqueles de mesa, parede, ou mesmo os de torre, como são as engrenagens?
;)
Alguém tem algo mais a comentar?
Abraços,
Alberto
Dia desses, fui a uma empresa especializada em relógios de ponto. Eles estavam apanhando de um modelo com conectividade de rede e me chamaram pra dar um help. Enfeitando a loja, tinha uma máquina de relógio de torre de igreja. APARENTEMENTE, os dentes das engrenagens eram de perfil EVOLVENTE. Pra ser franco, honesto e sincero, não garanto nada. Não prestei a atenção que deveria e um paquímetro naquele momento, seria altamente importante para matar a dúvida. Se voltar lá, vou prestar mais atenção...
hummmm.
eu uso relógio todo dia. mexo em bikes, pedalo (na buraqueira de sp a mão vibra muito!), dou aulas, faço outras tarefas diárias. não tenho muita coisa, só uns 3 seikos e um citizen. um orient sub aguentou o tranco por uns bons 5 anos, agora tá parado esperando minha preguiça de levar a algum lugar decente passar.
pra falar a verdade, gosto de relógios bomb-proof. gosto de quando o adriano fala do autozilla. babei nas infos que ele passou no review dele. se não fosse tão caro e tivesse um dial um pouco maior, eu tava vendendo a mãe pra ter um, pra usar diariamente mesmo.
ultimamente o monster preto com pulseira de borracha tem ficado muito no pulso. muito mesmo. é muito confortável, ao menos pra mim.
Oriento RULES!!!! ;D ;D ;D ;D ;D ;D
Citação de: ogum777 online 21 Novembro 2012 às 17:47:05
hummmm.
eu uso relógio todo dia. mexo em bikes, pedalo (na buraqueira de sp a mão vibra muito!), dou aulas, faço outras tarefas diárias. não tenho muita coisa, só uns 3 seikos e um citizen. um orient sub aguentou o tranco por uns bons 5 anos, agora tá parado esperando minha preguiça de levar a algum lugar decente passar.
pra falar a verdade, gosto de relógios bomb-proof. gosto de quando o adriano fala do autozilla. babei nas infos que ele passou no review dele. se não fosse tão caro e tivesse um dial um pouco maior, eu tava vendendo a mãe pra ter um, pra usar diariamente mesmo.
ultimamente o monster preto com pulseira de borracha tem ficado muito no pulso. muito mesmo. é muito confortável, ao menos pra mim.
;D ;D ;D
O Autozilla parece que é "apocalipse-proof"!!!!
Mas sério, mesmo sendo de titânio, não é um relógio para todo dia não. Tem horas que ele incomoda um pouco pelo tamanho, e mesmo com a coroa invertida. Eu não aguentaria usá-lo todo dia. Eu ainda voto num Seikão SKX.
Abraços!
Adriano
Citação de: Alberto Ferreira online 20 Novembro 2012 às 20:24:47
(...)
Diga lá o que disser um eventual vendedor...
Quanto mais fuçado, pior!
Essa é a regra, portanto, nós temos que ficar bem atentos.
(...)
Grande Alberto,
Mil perdões o calibre é do referido seiko é
6319 e não 6139!
Olhava uns no eBay e acabei trocando...
É como diz o ditado: "Mate o homem mas não mude o nome..."
Mas de qualquer forma a intenção de como se trata no jargão popular esse tipo de relógio...
Grato pelas dicas ;D
Citação de: Adriano online 21 Novembro 2012 às 21:02:07
Citação de: ogum777 online 21 Novembro 2012 às 17:47:05
hummmm.
eu uso relógio todo dia. mexo em bikes, pedalo (na buraqueira de sp a mão vibra muito!), dou aulas, faço outras tarefas diárias. não tenho muita coisa, só uns 3 seikos e um citizen. um orient sub aguentou o tranco por uns bons 5 anos, agora tá parado esperando minha preguiça de levar a algum lugar decente passar.
pra falar a verdade, gosto de relógios bomb-proof. gosto de quando o adriano fala do autozilla. babei nas infos que ele passou no review dele. se não fosse tão caro e tivesse um dial um pouco maior, eu tava vendendo a mãe pra ter um, pra usar diariamente mesmo.
ultimamente o monster preto com pulseira de borracha tem ficado muito no pulso. muito mesmo. é muito confortável, ao menos pra mim.
;D ;D ;D
O Autozilla parece que é "apocalipse-proof"!!!!
Mas sério, mesmo sendo de titânio, não é um relógio para todo dia não. Tem horas que ele incomoda um pouco pelo tamanho, e mesmo com a coroa invertida. Eu não aguentaria usá-lo todo dia. Eu ainda voto num Seikão SKX.
Abraços!
Adriano
heheheheheh, tenho 3.....
Eu ja vi alguns rolexes de amigos que mergulhavam, faziam iatismo, com sei la 20/30 anos de uso funcionando perfeitamente. Realmente nao sei sobre a manutençao dos mesmos. Acho que se tivesse que ter um unico relogio para usar em qualquer condiçao, seria um submariner. Uma coisa que acho que todos que temos relogios em pvd/dlc etc teremos é um mau envelhecimento dos mesmos, trato meu jlc como se fosse uma jóia quando esta no pulso, porque sei que se bater e arranhar a caixa um abraço, não tem jeito. O que é uma coisa meio antagônica num diver/tool watch desenvolvido junto com os Navy Seals... Mas paciência.....estou falando obviamente no caso do JLC da parte estética, porque sei que os caras fazem o tal teste das 1000 horas e que submetem o relógio a situações extremas.
Abraços,
Cesar
Vamos usar e pronto!
Penso assim: enquanto estamos com saúde, estabilizados em nossas vidas, felizes, devemos comprar para usar mesmo (não só relógios).
Este negócio de ficar tratando a coisa material como se fosse algo MUITO IMPORTANTE não tem como.
A vida passa rápido........................vamos usar e abusar das nossas coisas............riscou, manda polir, quebrou, compra outro, ou viveremos refém dos nossos relógios ;D ;D ;D :o :o
Abs.
Neme
Caro colega, no fundo, é exatamente este pensamento que busco todos os dias...
Temos que usar e boa, desencanar...
Mas é difícil, qualquer risquinho extra nos abala! kkkkkkkkk
Abraços
João Gaeti
Caros;
Voltando a questão do perfil das engrenagens.
Respeito a opinião dos colegas. Mas insisto.
Este negócio de fazer engrenagens cicloidais é furada.
Tudo bem funciona, é feito assim e tal a duzentos anos.
Mas isto se justifica volto a dizer pois antigamente não era facil ter uma boa precisao na distancia entre centros (a média dos diametros primitivos).
Mas hoje com puncionadeiras CNC ou até mesmo com aqueles trambolhos de "jig-boring" isto não se justifica.
As envolventes ou EVOLVENTES (como o amigo prefere, não sei o correto) sao muito melhores. Fazer cicloidal é dificilimo, aonde vende uma ferramenta de corte para isto?
Qualquer processo gera evolvente ainda que aproximado.
Sinceramente não sei se a diferença entre as duas em termos de racionalização de espaço.
Bom é o que penso. Gostaria de saber a opinião dos amigos.
Um abraço.
Renato.
PS. A discussão que estamos fazendo aqui não existe em nehum outro fórum e em muita faculdade garanto que não passa nem perto.
A moderação não poderia abri-la em outro tópico?
Renato
Após 12 anos ou mais (nem lembro...) moderando e administrando este fórum, percebi que vários acabram se destacando pelos aspectos práticos, outros pelos matemáticos, históricos, etc. Eu dou pitaco em tudo e sei princípios de tudo, muito embora pare por aí. Talvez os foristas me reconheçam, porque eu me vejo assim, com um pseudo especialista na evolução histórica da relojoaria (não de marcas específicas) e suas implicações sociais e, principalmente, relojoaria de precisão.
Dito isso, eu sinceramente não sei explicar o motivo da escolha das curvas epicicloidais na relojoaria. Eu sempre me contentei com a explicação de Daniels que esses perfis constituem o melhor equilíbrio entre transferência adequada de energia e velocidade. Mas Daniels, na obra Watchmaking, que possuo mas só li a parte de escapamentos (pulando a trigonometria) e outros capítulos, explica não apenas o porquê de se usar cicloides, mas ensina a fazê-las, com todos os cálculos. Por favor, não me peçam, como já o fizeram algumas vezes, para disponibilizar o texto na net. Nas outras vezes, publiquei não mais do que 5 páginas, mas o capítulo do Daniels sobre isso tem umas 50!
Pesquisei também no The Theory of Horology, que é o livro base do WOSTEP e, ao contrário, não ensina a fazer, mas explica o funcionamento de engrenagens (com cálculos de cicloides e relações) e seus perfis. O livro cita as curvas evolventes (sim, é evolvente...) como um perfil alternativo e indica que a ETA o usa em vários dos seus calibres, muito embora não indique quais.
Fugindo da eficácia do troço e ficando só nos perfis, nada melhor do que ver aquele que, hoje, é tido como o relojoeiro que faz o melhor acabamento nos seus relógios, Dufour. E haja ciclóides!
http://ninanet.net/watches/others08/Mediums/mdufour.html
Flávio
Citação de: jgaeti online 22 Novembro 2012 às 15:52:42
Caro colega, no fundo, é exatamente este pensamento que busco todos os dias...
Temos que usar e boa, desencanar...
Mas é difícil, qualquer risquinho extra nos abala! kkkkkkkkk
Abraços
João Gaeti
Pois é,disse tudo aquilo mas no fundo um risco ou uma batida dói na alma ;D ;D ;D ;D ;D
Salve!
Bem,...
Para quem estiver acompanhando a discussão com relação ao perfil dos dentes das engrenagens...
Eu me permiti, como sugerido pelo colega Renato, replicar o assunto (em separado) aqui ---> http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=8615.0 (http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=8615.0)
E os que quiserem poderão prosseguir lá.
Alberto
Flávio;
Vou lhe pedir um favor e sinta-se a vontade para dizer não.
Você poderia ver qual o processo que o Daniels descreve para fazer a cicloidal.
Bem sucinto mesmo. Como criando uma fresa, gerando um perfil em uma ferramenta de corte.
Peço esta gentileza porque acho que mesmo sem querer estes autores acabam por descrever processos que resultam em evolventes.
Outra coisa, vejam que interessante a ETA usando evolventes. Restaria saber em quais engrenagens isto é usado.
De qualquer forma agradeço, desde já, pelo trabalho que teve em pesquisa.
Obrigado.
Renato.
Renato,
Como você solicitou, eu transferi o assunto das engrenagens lá para o outro tópico...
Veja a minha mensagem anterior, aí acima.
Alberto
Respostas dadas lá.
Flávio
Citação de: Jmm online 20 Novembro 2012 às 12:35:38
Uma das condições mais severas de uso de relógios automáticos que vejo é o uso em atividades rurais, no braço do trabalhador rural que pega pesado, serviço braçal.
E o relógio preferido é o bom e velho Orient ("Oriento" como dizem!) que só levam ao relojoeiro se quebra alguma coisa. Fora isso, está no braço todo dia, seja sol seja chuva, na lavoura ou no curral. E aguentam! Não sei quanto, mas aguentam muito pelo cuidado que são tratados.
Um pouco de cultura de botequim... a palavra "Orient", quando pronunciada por japoneses, entende-se "Oriento". O motivo é simples. Os japoneses escrevem em fonemas. Não tem "tê" mudo na escrita japonesa. Portanto, Orient soletra-se O-ri-en-to. Escrito em hiragana, fica オリエント. Devido ao fato do fabricante ser japonês, fala-se dessa maneira peculiar por aqui.
A empresa Orient, lá na década de 70, fez um comercial de televisão onde o locutor dizia que a pronúncia japonesa era "ORIENTÔ"... No final ele conclamava os compradores: "Peça como no Japão... Peça ORIENTÔ"...
Lembro da propaganda como se fosse hoje...
Alberto, muito obrigado pela atenção!!!
Amigos, boa noite!
No caso de entrar água em relógio, sendo ele automático, quais poderiam ser os possíveis danos?
Penso que em relação aos quartz, os prejuízos seriam menores, ou estou enganado? E qual seriam tais avarias possíveis?
Abs.
Neme
Já discutimos o assunto ad nauseam certa vez. Em todo caso, resumindo: num mecânico pode acontecer de tudo entre nada e a destruição completa do mecanismo. Em metade dos casos, eu diria, basta limpeza a lubrificação. No caso dos quartz, se entrar um vaporzinho ou o oceano inteiro, o circuito tem que ir para o lixo (num serviço decente). Logo, é pior nos quartz.
Abraços!
Adriano
Citação de: Adriano online 27 Novembro 2012 às 08:02:44
Já discutimos o assunto ad nauseam certa vez. Em todo caso, resumindo: num mecânico pode acontecer de tudo entre nada e a destruição completa do mecanismo. Em metade dos casos, eu diria, basta limpeza a lubrificação. No caso dos quartz, se entrar um vaporzinho ou o oceano inteiro, o circuito tem que ir para o lixo (num serviço decente). Logo, é pior nos quartz.
Abraços!
Adriano
é por isso que, apesar de todos os meus relógios analógicos adiantarem pelo menos uns 10s ao dia, quando não mais, eu prefiro os mecânicos do que a quartz. tenho um só a quartz. e só pq tem funções que um mecânico não teria, funções ABC.
mass sim, essa coisa da mecânica de vc troca uma pecinha aqui ou ali e refazer um mecanismo qualquer voltar à vida é um troço fantástico.... é tão bonito ver o trabalho de colegas que pegam sucatas e conseguem fazer mecanismos que antes pareciam mortos voltar à vida!
Aproveitando novamente este tópico, os amigos costumam usar o mesmo modelo por quanto tempo em média, dias, semanas, meses, como fazem??
Eu particularmente não consigo associar dois relógios automáticos ao mesmo tempo, pois um sempre vai parar. Uso em média umas duas semanas cada( depende do meu apego ao relógio ;D ;D) e depois já parto para outro.........
Abs.
Neme
Eu uso cada dia um diferente, sempre!
Nem mesmo quando compro um novo uso mais que um dia, mania mesmo!
Mas e aí vinnie, fica sempre ajustando as horas,...........e a coroa, será que não sobrecarrega?
Apesar de ter apenas 5 auto e um quartz, mudo de relógio quase todo dia.
Citação de: Neme online 29 Novembro 2012 às 16:35:16
Mas e aí vinnie, fica sempre ajustando as horas,...........e a coroa, será que não sobrecarrega?
Neme ajusto sempre sim a hora!
A coroa acredito que não tenha problema não, ela foi feita pra isso, só da defeito sem manutenção adequada e se manuseada errada e olhe lá!
Tenho Orient com 40 anos e coroa original e um Rolex de 1969 tambem com a coroa que saiu de fabrica, perfeita!
Eu costumo trocar pelo menos uma vez por dia, quando chego em casa tiro o que usei o dia inteiro e coloco outro. No fim de semana entao surto, troco varias vezes hehehe... A nao ser que esteja muito empolgado com algum relogio dai uso-o mais tempo.
Abraços,
Cesar
No caso dos acionadores do cronógrafo, podem sererm acionados frequentemente sem avarias.........considerando algumas vezes ao dia.??
Em outro tópico o Adriano respondeu, salvo engano, que sim, pois os cronografos foram criados para serem acionados mesmo... ;D
Normalmente, uso sempre o mesmo relógio para trabalhar e costumo variar mais nos finais de semana. Acho complicado, infelizmente, aparecer pra trabalhar com muitos relógios diferentes. O mesmo vale para carros e quaisquer outros bens de consumo.