Olá amigos, sempre vejo falar nos relogios de bolso á cilindro, venho perguntar ao mais entendidos, como funcionava esse sistema?
Boa tarde LUCAOG10 !
no escapamento cilindro não havia âncora,
o balanço funcionava diretamente com a roda de escape,
veja o texto do Chefe, Flávio Maia de 2007 :
http://www.relogiosmecanicos.com.br/detencao.html
(http://www.relogiosmecanicos.com.br/imagens/dsc00228.jpg)
abraços,
wilson
Como vai, Lucas?
Eu creio que muitos podem ter esta mesma dúvida... ::)
Então, vejam esta postagem do Flávio sobre o assunto, que eu acredito poderá ajudar.
Citação de: flavio online 14 Fevereiro 2012 às 17:48:54
Estou no trampo, numa correria, mas acho que dá para desenvolver rapidamente o tema, para que entendam. O escapamento completo é sempre composto de um órgão regulador e um de contagem de tempo. O primeiro escapamento foi o de vareta. Nele havia atrito, contato constante entre órgão regulador e o contador, etc. A busca dos relojoeiros sempre foi "destacar" o máximo de tempo possível o órgão regulador - no caso do relógio o balanço, no de pêndulo, o próprio - do de contagem de tempo, por razões óbvias. E, depois, diminuir o atrito em todo sistema. O melhor lugar para se aprender isso é vendo a evolução no site do Volker Vyscocil, na parte escapamentos:
http://www.clockwatch.de/index.html?html/tec/hem/zyl.htm
No final das contas, para relógios compactos, o ápice foi atingido com os escapamentos de detenção (ou gatilho, ou cronômetro), ainda no século XVIII (fins). A imagem mostra tudo: na maior parte do giro, o balanço está "destacado" do órgão de contagem de tempo, o contato só ocorre uma vez a cada oscilação e, mesmo assim, de forma muito tênue. Ademais, o impulso é dado de forma tangencial.
A busca é sempre a mesma: maior separação do funcionamento do orgão regulador e um impulso que não atrapalhe o órgão regulador. Isso, na minha opinião, PARA RELÓGIOS COMPACTOS, foi alcançado há séculos nos cronômetros. O resto é resto, variações do mesmo tema para melhor utilização em um relógio compacto.
Nos relógios de pêndulo, o ápice foi a separação completa do órgão regulador (pêndulo) do de contagem de tempo, a ponto de ficarem em dispositivos separados, como explicado pelo Igor no texto sobre os relógios Shortt.
Flávio
E nela há uma boa ilustração, basta "clicar" sobre o link no corpo da mensagem.
Alberto
PS:
Ooops!
Eu postei praticamente ao mesmo tempo que a resposta do amigo Wilson (um abração, hein! 8)), e sem tê-la visto... Claro! ;)
Mas eu creio que a mensagem do Flávio "complementa" bem, pois há uma boa animação no link citado por mim aí acima.
8)
Os colegas já garimparam as respostas. Aconselho a ver o vídeo indicado acima. É fácil perceber que o contato direto da roda de escape com o cilindro gera um atrito tremendo e, pior, com resultados para evitar isso (lubrificando) duvidosos. Quem fez fama com o escapamento cilindro, que na versão dele era bem preciso, foi Breguet. Mas ele fazia seus cilindros em rubis. Na época, a técnica era difícil ao extremo e, claro, não existiam ainda rubis sintéticos.
Flávio
Obrigado caros amigos
Sob muitos pontos de vista o escapamento de cilindro é, digamos, bem criticado. Mas para a finalidade que se propunha, ou seja, uma evolução e miniaturização do verge. É o que tinha, para o momento.
Mas mesmo quando muito bem elaborado, com rubis e tals, ainda tem o problema de ser muito pouco destacado. Perde feio para um escapamento de âncora mesmo dos mais primitivos.
Abraços!
Adriano
Interessante. Já tinha lido esse texto do Flavio e sabia das limitações do escape de cilindro.
No entanto meu relojoeiro adora esse sistema de escape - ele acha que podia ter sido melhor que o de ancora. Porque ele acha isso não sei..
Diz ele que vai me arrumar um relogio nesse sistema. Espero que consiga. Gostaria de ter um exemplar desses no ajuntamento. :)