Relógios Mecânicos
Espaço de discussões => Fórum principal => Tópico iniciado por: Devenalme Sousa em 31 Março 2022 às 18:15:36
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Saudações!
E aí, já viram o lançamento da Grand Seiko? O Kodo, com turbilhão e força constante.
Acho que a repercussão dos relógios de plástico foi tão grande que ofuscou o lançamento dessa obra-prima.
Olhem o vídeo da Grand Seiko.
https://youtu.be/0LS5KEhm9gw
PS: se alguém puder me explicar como funciona essa força constante, agradeço!
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Na verdade, na verdade mesmo, o "lançamento" não é novo, pois a Seiko já havia antecipado isso há dois anos e o discutimos aqui:
https://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php/topic,16040.msg322618.html#msg322618
Sobre os mecanismos de força constante com "remontoire", que é o caso, eu salvei nos meus stories favoritos, sob o título "remontoire", uma explicação do sistema (no caso o usado no Romain Gauthier).
Basicamente, todo sistema de força constante utiliza para imprimir impulso ao balanço não a "força" que vem da mola principal, grandona e com variação de torque, mas uma molinha intermediária que se carrega de tempos em tempos. Ou seja, utiliza-se uma molinha pequenina que não varia sua "força" ao invés da mola principal.
A "novidade" da Seiko foi ter colocado o remontoire dentro do turbilhão (mentira deles no sentido de isso ser novidade, pois Derek Pratt já havia feito isso uns 30 anos atrás), e coaxial à gaiola (tecnicamente é a primeira vez que se faz isso mas... É uma meia verdade também, pois o mesmo Derek Pratt já havia colocado o remontoire DENTRO do turbilhão e coaxial à roda de escape).
Sobre o relógio, conquanto seja algo tecnicamente muito legal, eu sinceramente não gostei, porque acabou parecendo (visualmente falando), muita coisa que existe por aí, como Richard Milles e Hublots. Eu sinceramente esperava que o troço, por ser japonês, possuísse uma cara mais japonesa, saca (coisa que os Eichi possuem na face)?
A impressão que tenho é que os GS, mesmo com seus mostradores muito singulares, pelo menos na parte dos movimentos, estão cada vez mais se aproximando dos suíços. Entenda-se: você VÊ um movimento da Lange, da Grossman, etc, e percebe que não são suíços. Os movimentos GS, por outro lado, estão cada vez mais parecidos com algo suíço, se me fiz entender.
E, claro, achei inacreditavelmente caro o preço. Tenha dó gente, 350 mil dólares é dinheiro PRA CARALHO, mesmo para um super rico. É mais do que a Richard Mille tem AUDÁCIA ( a palavra é essa...) de cobrar nos seus relógios que, convenhamos, pelo menos para meu gosto, são horríveis.
Flávio
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Flávio, eu suspeitei que essa força constante fosse proporcionada pelo remontoire. Mas não tinha certeza.
Então, resumindo, a Grand Seiko fez uma pequena inovação e a está reputando como grande novidade. Que coisa feia! Kkkk
Em relação ao visual, concordo com vc: está pouco japonês. Mas, ainda assim, achei muito bonito. O preço ñ vou nem comentar.
Obrigado pela explicação.