Relógios Mecânicos
Espaço de discussões => Fórum principal => Tópico iniciado por: edulpj em 30 Maio 2012 às 17:26:07
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Introdução
Procurava um relógio russo para substituir um relógio sino-russo... Meu Slava, já da “nova guarda” fabricado na China, começou a perder o cromado e eu queria um relógio com caixa de aço inoxidável. Procurei encontrar um relógio russo que fosse confiável e barato. Gostei a princípio do Vostok Komandirskie, mas era outro com caixa de latão. O modelo imediatamente acima, era o Amphibia, relógio desenvolvido para mergulhadores... Como eu raramente entro n'água (exceto a hora do banho...), não vi muito sentido em princípio, mas procurei me informar ao máximo sobre os relógios Vostok. Algumas informações interessantes afloraram e passo-as aqui para quem tem curiosidade e/ou pretende adquirir um deles.
(http://i1209.photobucket.com/albums/cc383/edulpj/SAM_2148.jpg)
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Codificação
A indústria soviética de relógios, era muito preocupada com técnica e padronização. Criaram um interessante sistema de codificação, não só para movimentos mas também para caixas. Vou falar rapidamente, usando o próprio Amphibia como exemplo.
Os movimentos soviéticos são codificados em geral com quatro dígitos (alguns têm um quinto). Os dois primeiros, representam o diâmetro do movimento em milímetros. No caso do Amphibia, o movimento 2416 tem 24 mm de diâmetro.
Segue-se um código tabelado. No caso do Amphibia, 16 significa automático, com ponteiro de segundos central, calendário simples (data) e à prova de choque.
É importante ainda notar, que essa codificação só descreve algumas características do movimento, que podem existir em outras marcas também. Assim, um movimento Slava 2416 não é igual a um Vostok 2416.
Caixa
O Amphibia, é fornecido em três desenhos diferentes de caixa. A 420, a 710 e a 060. O algarismo final “0”, faz parte da codificação soviética e significa CAIXA EM AÇO INOXIDÁVEL. Todo Amphibia, tem caixa de aço inoxidável, logo tem código da caixa terminando em “0”. Meu modelo, usa a caixa 420, que é a mais tradicional.
A caixa 710, é conhecida como “Ministry”, sendo mais “quadrada”, ou seja, tem as garras de ancoragem da pulseira menos pronunciadas. A caixa 710, tem ainda um visual “mais parrudo”.
A caixa 060, é semelhante à 420, mas tem uma continuidade de material entre as garras de fixação da pulseira. A pulseira “entra por baixo” no acoplamento.
Houve ainda um quarto modelo, que saiu de produção. Era uma caixa onde só havia uma garra de cada lado e era necessária uma pulseira que envolvia essa garra única pelas laterais. Segundo o vendedor, o modelo era pouquíssimo procurado.
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Impermeabilidade
No Amphibia, a impermeabilidade assume uma importância especial, já que é um relógio “de mergulho”. A engenharia caprichou nesse relógio, atacando os três pontos principais com muita criatividade.
Coroa: É uma coroa rosqueada. Os “divers” soviéticos, tinham por tradição, usar uma tampa rosqueada sobre uma coroa convencional. Essa tampa tinha um “o-ring” interno e dois linques de corrente para pendurá-la no corpo e evitar perda. Apesar de funcionar bem, essa solução dá a impressão de um relógio com hérnia umbelical... Os relógios Vodolaz, utilizam essa tampa até hoje. No Amphibia, a engenharia idealizou uma capa sobre a coroa. Essa capa, não se separa da coroa interna, mas tem uma grande folga em relação a ela, de forma que para dar corda, desrosqueia-se a coroa externa que vai dar uma impressão de estar quebrada... Daí pra frente, é necessário puxar MUITO LEVEMENTE pra fora, para que a coroa externa acople-se corretamente com a interna e possa se dar a corda. Puxando mais um pouco, chega-se à posição de acertar o relógio, exigindo também que se puxe mais um pouco para ter o acoplamento. Exige um pouco de habilidade, mas retribui com um sistema bastante eficiente naquilo que se propõe, ou seja, vedar a entrada de água na passagem da coroa.
Cristal: Além do anel vedante interno, o cristal de acrílico deforma-se sob pressão, aumentando ainda mais a vedação.
Tampa traseira: Uma tampa de encaixe, não veda a contento. Uma tampa de rosca, vai “massacrar” o anel de vedação diminuindo sua eficiência. O melhor formato de anel vedante, é o de superfície chata (“o-rings” não foram feitos para serem “esmagados”). A Vostok usou um anel chato, mas anéis chatos não podem ser “arrastados” ao rosquear a tampa. A solução, foi adotar uma tampa que se encaixa sobre o anel e a tampa é travada no corpo com um anel metálico externo de rosca. O deslizamento ocorre entre metais e não mais entre metal e borracha.
Muita gente já testou os Amphibia sob pressão por não acreditarem que um relógio tão barato poderia agüentar 200 m de profundidade. Até agora, todos os modelos testados agüentaram...
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Marcações Fosforescentes
As marcações estão presentes nos três ponteiros e em todas as posições de horas (exceto 06h00). Segundo os reviews gringos, é um dos problemas do relógio. Não há iluminação por mais de 15 minutos. Sinceramente, não reitero nem desminto. Fosforescência de marcações não fazem a menor diferença pra mim.
Bezel
Feito em latão cromado, é outro ponto fraco do relógio. No meu modelo, tem marcações “dot” (bolinhas), sendo cinco delas vermelhas (para marcar 20 minutos) e as restantes pretas.
Há um estadunidense que torneia bezels alternativos em aço inoxidável. Mas é só isso. Ainda é necessário colar nesses bezels, anéis adesivos de um modelo Seiko que servem adequadamente. 40 obamas pelo bezel + 15 obamas pelo anel Seiko... Fica bonito??? Fica! Mas é quase o preço do relógio. Pra mim, passa reto...
Tanto o bezel original quanto o alternativo, não são providos nem de “indexação” (pontos de travamento), nem de catraca que permita o giro num único sentido. Roda livremente. Para muitos usuários, um pecado imperdoável, mas não para todos...
Pulseira
Meu modelo veio equipado com uma pulseira de aço inoxidável com fecho de dupla articulação e mais uma trava basculante que fecha por cima do fecho da pulseira aumentando a segurança. É uma pulseira verdadeiramente DEPILATÓRIA... Tem os linques muito justos. Muita gente reclama disso... Estou pensando seriamente em comprar uma pulseira de nylon cordura para poupar a pulseira original e me livrar da depilação. Vai de acostumar...
“Kit Watch”
Os Amphibia, são disponíveis em três modelos de caixas, dúzias de modelos de mostradores, alguns modelos de bezels e várias possibilidades de pulseiras. Dessa forma, embora não seja possível para o usuário comum trocar esses elementos (como num daqueles Champion), essa variedade abre centenas de combinações de modelos. Tem Amphibia pra tudo que é gosto.
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Resumo:
Caixa: Bom acabamento. Sem marcas de operação (usinagem/polimento) aparentes
Pulseira: Confortável, fecho com operação simples e segura, mas puxa muito os pelos do braço
Legibilidade: Adequada à proposta do relógio
Conforto: Adequado
Operação: Coroa “oversize”, fácil de manusear até por dedos grandes e pouco hábeis
Mecanismo: Carregamento rápido
Ficha Técnica:
Modelo: Vostok Amphibia
Referência: 420270
Material da caixa: Aço Inoxidável
Material da pulseira: Aço Inoxidável
Cristal: Acrílico
Dimensões: 40 mm (D) x 15 mm (h)
Distância entre garras: 18 mm
Impermabilidade: 200 m
Outras características: Coroa rosqueada
Movimento
Calibre: Vostok 2416b
Características: Automático, calendário simples
Número de rubis: 31
Diâmetro: 24 mm
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Salve!
Parabéns pelo relógio e grato pelo REVIEW, edulpj!
Há nele informações bem interessantes, em especial para que não se coloque todos "no mesmo saco".
Inclusive na questão das especificações, projeto, materiais e da qualidade geral, se comparados com outros modelos que vemos na NET e nos leilões virtuais.
Eu, particularmente, curto o "detalhe" (se é que podemos chamar assim...) das inscrições em cirílico que aparecem neste modelo.
Abraços,
Alberto
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Obrigado Mestre Alberto...
Tem mais uma tonelada de informações sobre o Amphibia... Fiquei com medo de colocar coisa demais aqui e virar um trambolho.
A confusão sobre os modelos Vostok, amedronta muita gente e faz outros tantos perderem a vontade de comprar.
Antes de comprar qualquer coisa, leio o máximo que posso pra não escorregar. Me coloco à disposição de quem tiver alguma dúvida.
Há uma gangue de malandros, trocando o mostrador do Vostok Komandirskie e colocando do Amphibia no lugar. Acredito que deve ser trampo muito simples pra um relojoeiro. Muita gente compra achando que fez bom negócio.
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Sim.
É verdade, tem mesmo muita "picaretagem". Para dizer um mínimo.
Muitos de nós, sabemos...
Outros, nem tanto.
Por isso, eu creio ser tão importante quando alguém se dispõe a pesquisar, se informar, sobre um dado assunto (modelo, etc) e compartilhar aqui.
Esta é uma das nossas metas e ambições, aqui no FRM.
Pode crer. 8)
Mais uma vez, um abraço, e gratos pelas informações.
Alberto
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Caro Edulpj, que review bacana, está mais para aula né, acho que pouca gente aqui sabe tudo isso aí de um Vostock !!
Muito obrigado por compartilhar !!
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Ficou faltando duas informações sobre o movimento:
- Freqüência: 19800 vph
- Reserva: 31 h
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Caixas
Caixa 420 (igual à minha)
(http://i1209.photobucket.com/albums/cc383/edulpj/bezel420400x300.jpg)
Caixa 710 ("Ministry")
(http://i1209.photobucket.com/albums/cc383/edulpj/bezel710400x300.jpg)
Caixa 060 (garras "cobertas")
(http://i1209.photobucket.com/albums/cc383/edulpj/bezels060400x300.jpg)
Caixa 960 ("Neptune" - fora de fabricação)
(http://i1209.photobucket.com/albums/cc383/edulpj/bezel960400x300.jpg)
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Bezel Murphy
É o nome do cara que fabrica bezel em aço inoxidável torneado para o Amphibia. O linque para a página dele é http://murphymanufacturing.com/vostok_bezels.xhtml
(http://i1209.photobucket.com/albums/cc383/edulpj/111810_bezel017400x300.jpg)
Como se vê, o bezel não tem nenhuma marcação. É necessário adquirir (o Murphy NÃO vende...) um adesivo de um modelo Seiko (SKX007) que serve perfeitamente.
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Caro edu,
Quando puder, coloque aguma foto dos luminosos no escuro, tenho curiosidade de saber como são ( gostaria de saber da intensidade/ duração dos luminosos). Outra coisa, estes relógios são modernos (produção atual)?
Mich
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Os luminosos, DEFINITIVAMENTE são o ponto fraco dele, Mich... O relógio chegou anteontem no final da tarde. Depois de um longo período dentro de uma caixa, não havia condição de avaliar. Ontem, o relógio ficou exposto à luz o dia inteiro. Quando me deitei ali pelas 23h50 +/-, apaguei a luz do quarto e não tinha mais iluminação visível. Segundo afirmam os reviews gringos, a fosforescência não dura muito mais do que 15 ou 20 minutos. Sei perfeitamente que pra muitas pessoas isso é um pecado mortal. Pra mim, não chega a fazer falta.
Quanto à idade, ele está em produção normal. O mapa da mina com os Vostok Amphibia é o seguinte:
- Vostok Amphibia "clássico": Produção normal e preço da ordem de 70 obamas (Smirs e Zenitar)
- Vostok Amphibia "especiais": Produção normal e preços da ordem de 200 obamas (modelos Scuba, Red Sea, Black Sea, Reef e Seaman)
- Vostok Amphibia 1967 - Produção normal e preços da ordem de 300 obamas
Todos utilizam o MESMO MOVIMENTO. Perguntei ao vendedor o que fazia os "especiais" e o 1967 serem mais caros e a resposta foi bem simples: Qualidade de acabamento e designs alternativos de caixas. Só...
O movimento 2416b, está em produção na Vostok, desde a década de 60.
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Salve!
Edulpj,
Continua muito legal, o tópico.
Eu reitero os "parabéns" e os agradecimentos.
E ressalto a importância, para os verdadeiros amantes e interessados, da quebra (ou discussão fundamentada) de possíveis (e eventuais) preconceitos.
Muito bom, este aspecto.
Eu continuo curtindo. Na boa! 8)
Abraços,
Alberto
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Valeu pelo review amigo, relógio lindo e robusto, esse eu compraria de olho fechado.
Abraços
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Olá pessoal,
edulpj, parabéns pelo excelente review!
Tenho um com o mesmo modelo de caixa do seu, apenas diferenças no mostrador. Fiz algums comentários sobre ele, na época da aquisição: http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=130.msg102168#msg102168 (http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=130.msg102168#msg102168)
Na época, fiz uma compra conjunta com um amigo, que comprou um Neptune. No caso do Neptune, o demérito fica por conta da pulseira, de chapa dobrada e numa configuração que torna bem complicada a subsituição por outro modelo.
Acabamos fazendo uma adaptação, e ele passou a usar uma pulseira de couro, mais confortável.
Acho que são relógios que valem cada centavo, muito confiáveis e remetem aos divers antigos, que em alguns casos, podem ser bem caros.
Os defeitos que aponto para nosso modelo, seriam o bezel (o meu já descascou num pequeno ponto, imperceptível para uma pessoa normal, mas para nós... ::)) e a coroa, na verdade uma tampa encaixada sobre a coroa, feita em aço estampado, o que a torna, em minha opinião, frágil no caso de um rosqueamento descuidado.
Já havia lido sobre esse bezel em aço. Acho que vale a pena, numa segunda etapa de curtição do relógio. É possível encontrar uns modelos de apliques de bezel bem interessantes, que deixem o relógio com um visual mais vintage ainda.
No caso da caixa "Ministri", na compinação com o mostrador laranja, pode-se encontrar um aplique que deixe ele com um ar de Doxa Sub.
É isso, mais uma vez parabéns pelas informações e sigamos conversando sobre esse simples mas belo exemplar.
Abraços,
Jefferson
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Excelentes observações, Jefferson... Em princípio, até gostei da caixa 960, mas tentei lembrar de algum relógio que eu já tivesse visto que tivesse uma solução parecida. Como não lembrei de nenhum, concluí que aquela pulseira se não era proprietária, era quase. Até hoje, nunca troquei pulseira de aço em nenhum relógio meu, mas a idéia de não ter reposição num ítem tão simples, não me agrada. Acabei ficando com a velha e boa caixa 420...
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Hoje, lembrei de um episódio de um passado bem remoto e acabei ligando com uma informação que faltou colocar aqui...
O ano, foi 1978. Eu cursava o 1o. colegial (como se dizia na época) no Colégio Bandeirantes em São Paulo. Eu tinha um colega que praticava mergulho no litoral norte nos finais de semana. Ele tinha um Rolex diver. Um belo dia, ele me convidou pra ir com ele até a representação da Rolex em São Paulo, pois havia algum problema (esse eu não consigo lembrar qual era...) no relógio.
A autorizada, ficava na Av. Paulista praticamente na outra extremidade. Não lembro agora com certeza, se era no Center 3 ou no Conjunto Nacional (quase certeza que era no Center 3...). Ao chegarmos lá, ficamos numa sala de espera e ele aproveitou pra acertar o relógio.
Foi a primeira vez que vi um relógio com coroa rosqueada e com algo que eu nunca tinha visto antes: Era possível travar o ponteiro dos segundos para fazer um ajuste mais fino do horário.
É essa característica que o Amphibia NÃO TEM. Não há nenhum recurso de bloqueio do ponteiro dos segundos...
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Salve, amigos!
Como dito, eu estou "curtindo" este tópico. 8)
E, ilustrando o que já foi comentado, com relação à qualidade (material das caixas, etc), procedência e outros detalhes...
E todas aquelas coisas que até podem assustar os menos avisados.
Portanto, cabe-nos eventualmente avisá-los.
No sentido de informar e chamar a atenção para quem são os respectivos "gatos" e "lebres". ;) 8)
Vejam este meu Vostok, do qual eu gosto bastante, diga-se.
(http://img.photobucket.com/albums/v655/alobr/FORUM/IMG_8390.jpg)
(http://img.photobucket.com/albums/v655/alobr/FORUM/IMG_8385.jpg)
A pulseira não é a original, é claro. Mas não é dela que eu quero falar...
Vejam a caixa.
(http://img.photobucket.com/albums/v655/alobr/FORUM/IMG_8387.jpg)
Ela não é de aço inoxidável, mas de latão cromado.
E vejam como "descasca", mesmo com o pouco uso que o relógio teve.
(http://img.photobucket.com/albums/v655/alobr/FORUM/IMG_8388.jpg)
Foi mais ou menos isso o que eu quis dizer, quando falei em que nós não devemos pô-los todos num mesmo saco.
Abraços,
Alberto
PS:
Edulpj,
A função de "travamento" do ponteiro dos segundos, para ajuste, é o chamado "hack".
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Seu relógio é um Vostok Komandirskie, Alberto. Um relógio elogiadíssimo inclusive. Quase comprei um deles. Mas meu alvo era uma caixa de inox, razão pela qual acabei optando pelo Amphibia.
O código de caixa do Komandirskie é 811, onde o último algarismo "1" corresponde a acabamento CROMADO. O movimento do Komandirskie é o Vostok 2414 (24 mm diâmetro, corda manual, ponteiro de segundos central, calendário simples, à prova de choque).
Existe o Komandirskie Automático, que usa o mesmo movimento do Amphibia, o 2416b e tem bezel idêntico ao Amphibia. É o modelo utilizado pelos falsificadores. Basta trocar o mostrador que fica "quase" igual ao Amphibia.
A boa notícia para os aficcionados do Komandirskie, é o recente lançamento do "New Komandirskie". É automático (movimento 2416b), caixa 340 ("0" = AÇO INOXIDÁVEL) e tem um design mais moderno. A má notícia, é que não sai por menos de 160 obamas...
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Caro Alberto, muito bonito o seu Vostok também.. Parabéns pela peça, e pulseira caiu muito bem nele!!
E os (descascados) encare como "marcas históricas"... pois melhor assim do que re niquelar !!
Será que essa gambiarra, funcionaria em latão ??
http://www.youtube.com/watch?v=A0xFlIQ9MhQ&feature=related (http://www.youtube.com/watch?v=A0xFlIQ9MhQ&feature=related)
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O problema do latão descascado, não é nem tanto a mudança de cor... Com o suor da pele, mais duas coisas acontecem:
1. A superfície sofre uma corrosão que a deixa porosa e conseqüentemente mais áspera que uma lima
2. Um cheiro de azinhavre insuportável contamina a pele.
A re-cromeação, é problemática. Seja qual for o banho, o fato é que uma cromeação só fica boa se a base for super-polida. Se estiver crespa, vai ficar um brilho não uniforme.
Cromeação, é um processo muito delicado que exige um controle de qualidade estúpido pra dar certo. O cromo na verdade, leva a fama, mas é a menor parte do processo. Se a peça é de base ferrosa (p.ex.: aço), é necessário um banho inicial de COBREAÇÃO, pois o segundo banho que é de NÍQUEL, "não pega" na base ferrosa. Depois da cobreação, vem o banho de NÍQUEL ÁCIDO, ou melhor, uma niquelação onde a solução eletrolítica tem pH baixo. Depois do degundo banho, vem o terceiro, de NÍQUEL ALCALINO, onde a solução eletrolítica é de pH alto.
O cromo é o quarto e último banho, que tem a finalidade de apassivar a cobertura e endurecer o níquel.
Quando a base é não ferrosa derivada de cobre, como no nosso caso o latão, não se faz o primeiro banho.
O que "mata" a qualidade dos banhos, é a CONTAMINAÇÃO. O correto, é lavar em soluções especiais as peças a cada banho. Por fim, lavar em água tão limpa quanto possível, para tirar as soluções de limpeza. Em fábricas onde não há critério ou capricho mínimos, tira-se peças de um banho, dá uma lavada bem meia-boca e já coloca no outro, pra "ganhar tempo". Essa pressa toda, contamina os banhos que em pouco tempo provocam um prejuízo na adesão.
Tenho um farol de bicicleta feito em latão e cromeado... Foi fabricado na década de 40 e não tem nenhum ponto de descascamento...
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Típico tópico que dá gosto de ler. Parabéns a todos! :) :)
Para variar ::) ;D, me surgiu uma dúvida: podemos afirmar que os VOSTOK são 100% russos e 100% "in house"?
Abraços,
Murilo
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Muito legal o tópico !!!
Acho que os tópicos REVIEW deveriam ficar separados em uma sub pasta no fórum.
Tem muita informação boa aqui mas infelizmente como quase tudo fica na raiz dos diretórios, fica tudo meio esquecido.
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Típico tópico que dá gosto de ler. Parabéns a todos! :) :)
Para variar ::) ;D, me surgiu uma dúvida: podemos afirmar que os VOSTOK são 100% russos e 100% "in house"?
Abraços,
Murilo
100% russos e 100% "in house". Mas só sobraram DUAS fábricas na Rússia que são totalmente verticalizadas, a Vostok e a Luch... A rigor, esta última não é exatamente russa e sim BIELORUSSA...
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Obrigado, Edu!
Lá vou eu para o SMIRS... ;D
Abraço,
Murilo
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Bom dia Edu,
Embora "off topic", satisfação em descobrir um ex-bandeirantino por aqui. Também "sofri" na Rua Estela por 7 anos...Que saudade...Só que, em 78, eu estava iniciando minha jornada por lá ( 5ª Série do ginásio...como se dizia à época )... Terminei o colegial em 84 ( Biológicas ) e depois fui aprender ( ainda aprendendo...) a cuidar do sorriso da galera...
Um forte abraço
Fábio
PS: Quer dizer que em 78 dava para andar a pé de Rolex pela Paulista....
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Desculpe a demora... Passei um dia infernal hoje. Meu pai faleceu hoje cedo e a coisa foi punk por aqui... Em 1978, eu estava no 1o. colegial. Se dava pra andar de Rolex na Paulista??? Sussa...
Quanto aos sorrisos, meu filho mais novo tá prestando vestibular de Odonto no final do ano. Torce por ele...
Forte abraço
Eduardo
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Sinto muito pelo ocorrido edulpj...
Força!!! ;) ;) ;)
Abraço
Paulo Sergio
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Puxa Edu, lamento profundamente...
Meus mais sinceros sentimentos por sua imensurável perda.
Desejo muita força a você e familia...Se eu puder ajudar ou ser útil de alguma maneira, não exite em me contactar.
Um grande abraço a você e óbvio que estou torcendo pelo ingresso de seu caçula em tão nobre e apaixonante profissão...Coloco-me à sua inteira disposição.
Fábio
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Edu, tb sinto muito imagino o aperto,
Abraços e estamos ai
Filipe
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meus sinceros sentimentos, amigo Edu.
resta a certeza de seu pai ter feito um bom "trabalho" aqui neste plano, tendo formado uma linda família.
repasse meus sentimentos a toda sua família.
grande abraço.
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Salve...
Eduardo,...
Quem já viveu esta situação sabe que embora seja "natural" que os pais precedam os filhos, até na morte, é mesmo dureza.
Eu sei que pela formação que você sempre demonstra aqui, isso será considerado.
Que fique, portanto, de minha parte, um silencioso abraço de condolências.
Alberto
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Eduardo, meu prestativo amigo, receba meus sentimentos pela passagem do seu pai, perdi o meu há mais de 50 anos, sei o que é uma perda dessa...
Grande abraço.
Pandolfi.
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Muito obrigado aos amigos pela força... Acabei de chegar do sepultamento. Meu pai apesar de morar aqui em Bauru, deixou expresso em vida que queria ser sepultado em sua cidade natal (Brotas - SP). Por mais perto que seja daqui (100 km +/-), só aumentou a tristeza e a dor.
O "veinho" viveu plena e intensamente. Morreu com 85 anos de uma maneira muito suave. Estava sentado à mesa do café da manhã e simplesmente inclinou a cabeça pra frente. Minha mãe só se deu conta quando ele parou de responder...
E vamos em frente... Essas maquininhas que todos nós temos em nossos pulsos e/ou bolsos, não nos deixam esquecer que o tempo passa...