Decidi iniciar essa manhã de domingo lendo a análise de David Bredan sobre o Calatrava 5180/1R no ablogtowatch. Ostentoso, jurássico, ridículo ou irrelevante não costumam ser adjetivos para relógios Patek. Pelo menos no imaginário (não popular) essa casa costuma ser vinculada a uma estética discreta e atemporal. Na verdade não lembro de ter lido uma análise tão ácida e sarcástica no site antes (ou o meu inglês está realmente falido). Tive a sensação que o relógio foi praticamente vítima de bullying. Atualmente tenho apreço por ter acesso a alguns detalhes do calibre, mas prefiro que eles não mostrem a primeira vista todos os seus segredos. No caso do 5180/1R, o preferiria com uma pulseira de couro e uma caixa de ouro branco, platina ou mesmo aço inoxidável. O que David Bredan sentiu em relação a esse Calatrava eu senti em relação ao Grand Master Chime (esse sim, qualquer colega confundiria com um Nomos

), um excesso de tudo que, no conjunto, se sente pesado e deslocado do mundo atual. Estaria na hora da Patek ter a humildade de olhar com estranhamento para seus designers, ou os pobres e flagelados de Dubai me chamariam de ingênuo?