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« Online: 23 Maio 2010 às 15:36:35 »
Olá a todos,
Interessante o tema deste tópico e os comentários do Gravina “aprendia-se na prática, tendo, não raras as vezes, como custo muitas mutilações” e o fato do Paulo Sérgio estar reformando um despertador:
Meu gosto por relógios mecânicos vem da infância, quando praticamente todo mês meu pai comprava um despertador novo, por que eu desmontava todos e a “arte” da aprendizagem me rendiam além dos carinhos paternos a base de puxões de orelha e outros de maior impacto, também alguns cortes nos dedos que ficavam presos nas rodas.
Minha fixação por despertadores era tanta que uma das primeiras coisas que meu pai fazia ao chegar à tarde em casa era conferir minhas mãos, se tivessem algum machucado ou marca de graxa já ia verificar o seu despertador que freqüentemente estava parado e faltando peças.
O 1º relógio que tive foi aos 14 anos, um Seiko cal. 6119 que logo encostei por que comprei outro digital também Seiko, pois os quartz digitais eram a sensação do momento à época. A alegria acabou junto com a 1ª troca de bateria, pois na minha cidade um relojoeiro me disse que os números estavam piscando por defeito no modulo do relógio e a troca da peça ficaria em x $$. Resolvi o problema com a troca da bateria em SP, mas de lá para cá se foi o encanto e voltei para o bom e velho Seiko automático e assim vieram outros e outros...mas sempre automáticos.
Na minha opinião, relógio de pulso há muito tempo deixou de ser um instrumento para se ver as horas, pois para isto existe o celular e mesmo um relógio a quartz barato tem seu preço.
Na escolha por um relógio mecânico entra a vaidade?....sim, e a paixão também!, tem um custo maior, precisa de manutenção a cada 5 ou 6 anos, mas confesso e penso que a situação dos colegas não seja diferente: para quem tem até dezenas de relógios mecânicos e usa cada um as vezes uma semana por mês ou nem isto, quanto se gasta neste espaço de 5 a 6 anos em revisões? Eu particularmente até hoje gastei muito pouco em vista do prazer que tenho com meus relógios.
Na gaveta estão alguns remanescentes que usam pilhas, alguns de muito tempo sem uso por que a bateria acabou e tenho preguiça de levar para trocar.
Respeito os que gostam dos outros e suas opiniões, mas acima de tudo e talvez até da racionalidade pura e simples “o homem tem suas paixões que nem sempre são racionais”.
Abraços,
Edimar.