Mas porque os suiços usam um sistema menos eficiente?
Isso é algo que eu queria entender também... Mas não dá para generalizar: o problema é que o mercado está inundado por máquina ETA, que usam um dos menos eficientes sistemas suíços. Logo, 95% dos relógios estão dotados de um sistema de carregamento antiquado e menos eficiente. O sistema do 2892 é antiquíssimo, é o sistema original da Eterna, com uma roda reversora. É coisa da década de 40. O sistema do 2824 é mais moderninho, da década de 50, com duas rodas reversoras. É complicado, caro, sofre desgaste e se não estiver em boas condições de lubrificação, perde a eficiência, às vezes até 100%. E a lubrificação não é simples na hora da manutenção: se errar, cola tudo e nada funciona. Lembrando que ambos são sistemas bidirecionais.
Por isso, embora maioria, o sistema da ETA não é o representante do sistema de carregamento suíço. Temos aquele sisteminha dos JLC 889, que é muito simples e bom (mas não muito eficiente pois tem um ponto morto muito amplo), e tem o fabuloso Pelaton da IWC, que é o mesmo conceito do magic-lever. É simplesmente fenomenal, mas MUITO mais caro que o magic-lever.
Aliás, não nos esqueçamos que estamos comparando sistemas bidirecionais. Os unidirecionais, seja lá qual fôr, é tão eficiente, simples e à prova de desgaste quando o magic-lever. Vide Valjoux 7750. É uma baba. Se um Valjoux 7750 não carrega a corda, é porque não tem corda dentro do tambor ou então é o dia do apocalipse!
Por isso no fim das contas, na minha opinião o melhor que há é o sistema unidirecional. Provado e comprovado, opção de muitos calibres modernos.
Abraços!
Adriano