Citação de: flávio online 17 Novembro 2023 às 12:45:46
Eu não sei se eu mudei ou o mercado mudou mas, apesar de manter-me "afiado" em relojoaria até hoje, em virtude das leituras, eu sinceramente acho o hobby em si "pior" hoje do que antes. Tudo bem que o alcance é maior, as possibilidades de escolha maiores mas... Eu sei lá, eu comparo o mercado atual e o hobby "relojoaria" com o mercado fonográfico. Eu peguei, por exemplo, a era dos vinis, CDs, MP3 e hoje streaming. Na era dos CDs, era difícil comprar, era caro (relativamente, pois peguei muita coisa na época do dólar um para um), mas justamente porque era difícil, você ouvia milhares de vezes o mesmo álbum, lia de capa a capa os encartes, sabia a mesa de som que o cara usara, a guitarra, o caralho a 4. Hoje? Hoje você pode ter TODOS OS ÁLBUNS do mundo ao alcance das mãos e, falando por mim, acabo não ouvindo nada novo e, quando ouço, não presto atenção em nada e pulo faixas a dar com o pau: tudo que é fácil demais você não dá valor.
Na relojoaria do passado, o número de hobbistas era menor, mas a maioria era nerd e curtia o lance, não preponderantemente, mas com foco nisso, no nerd da coisa. Basta pesquisar as discussões dos anos 2000 aqui mesmo do fórum. Falando especificamente sobre nós, brasileiros, ainda havia uma questão: relógios não eram barato, mas acessíveis. Eu, por exemplo, com salário de estagiário, rodava de Longines, Cricket e Omega. Hoje? Uma porra de um Rolex de entrada custa 50 mil reais, algo inimaginável para a classe média baixa e questionável para a classe média
Flávio
Eu ia responder, mas o Flávio já falou e disse tudo o que penso na resposta dele.
Só um acréscimo: esse é o melhor tempo pra ser entusiasta sim, se gastar muito dinheiro não for nenhum problema pra o sujeito.