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#1
Fórum principal / Os relógios japoneses wadokei
Última postagem por flávio - 11 Fevereiro 2025 às 14:24:21
No século XIX, potências ocidentais estavam em plena expansão comercial e colonial. Os Estados Unidos, por sua vez, buscavam novas rotas comerciais e precisavam de um ponto estratégico no Pacífico para reabastecer seus navios na rota para a China. Além disso, a indústria baleeira americana precisava de portos seguros para obter suprimentos. Em 8 de julho de 1853, Matthew Perry chegou à Baía de Edo (atual Tóquio) com uma frota de quatro navios a vapor, bem superiores em poderio militar a qualquer embarcação japonesa da época. Sua chegada gerou grande impacto, pois os japoneses nunca haviam visto embarcações tão grandes e tecnologicamente avançadas. Perry se recusou a negociar com autoridades locais e insistiu em falar diretamente com o xogum. Ele entregou uma carta do presidente dos EUA, Millard Fillmore, exigindo que o Japão abrisse seus portos ao comércio e permitisse que navios americanos reabastecessem com carvão e suprimentos. O governo japonês, surpreso e sem uma resposta imediata, pediu um ano para considerar a proposta. Perry aceitou e partiu, mas prometeu voltar com uma frota ainda maior. Em fevereiro de 1854, Perry voltou com dez navios, deixando claro que os EUA estavam dispostos a usar a força caso necessário. Sem opções, o xogunato Tokugawa assinou o Tratado de Kanagawa em 31 de março de 1854. Um dos principais termos era a abertura dos portos de Shimoda e Hakodate para navios americanos reabastecerem suprimentos. Em 1868, a humilhação de ceder à pressão estrangeira abalou a legitimidade do xogum, levando ao aumento da oposição, o que culminou com a sua queda na restauração do poder imperial sob o imperador Meiji, iniciando uma era de rápida modernização e ocidentalização. Uma das primeiras medidas do imperador foi a adoção do calendário gregoriano e do sistema horário ocidental. O sistema tradicional de medição do tempo no Japão, utilizado até 1873, era chamado de "Sistema das Horas Temporais" (wadokei), bem diferente do sistema ocidental porque a duração das horas variava ao longo do ano, ajustando-se ao nascer e ao pôr do sol. Neste sistema, o dia era dividido em 12 períodos, cada um correspondendo a uma "hora" (koku): havia 6 horas diurnas (do amanhecer ao pôr do sol) e 6 horas noturnas (do pôr do sol ao amanhecer). Como os dias são mais longos no verão e mais curtos no inverno, a duração de cada "hora" não era fixa: no verão, as horas diurnas eram mais longas e as noturnas mais curtas; no inverno, as horas noturnas eram mais longas e as diurnas mais curtas. Os relógios mecânicos japoneses, cuja tecnologia pouco havia evoluído desde sua introdução no país no século XVI por missionários jesuítas, utilizavam escapamentos de vareta e cone e precisavam ser ajustados manualmente a cada mudança de estação (24, no calendário lunisolar que utilizavam). Alguns modelos mais sofisticados possuíam dois escapamentos, que se alternavam automaticamente entre o dia e a noite, adaptando a duração irregular das "horas" entre os dois períodos. Em 1873, o Japão adotou o sistema ocidental de 24 horas fixas, como parte da modernização da Era Meiji. Isso facilitou a sincronização com o comércio internacional e o funcionamento das ferrovias, telégrafos e fábricas, lançando também as bases para a indústria nacional de relógios, como a Seikosha, fundada em 1892. Masahiro Kikuno criou um wadokei de pulso moderno, adaptando o tradicional sistema japonês de horas variáveis para um relógio mecânico portátil. Em 2011, pela primeira vez na história, o relojoeiro independente japonês Masahiro Kikuno criou um relógio de pulso que se ajusta automaticamente para refletir o sistema tradicional japonês de horas temporais (wadokei), com indicação do tempo na qual a divisão entre as 6 horas do dia e as 6 da noite muda conforme as estações do ano.


#2
Fórum principal / Res: Texto interessante sobre ...
Última postagem por CSM - 07 Fevereiro 2025 às 11:21:32
muito bacana flavio... eu tenho um pig de kit revell que vem com dois mergulhadores que eu montei/pintei.... ficaram uma merda hahaha. mas é um barato mesmo mal pintados.

abraços
#3
Fórum principal / Res: Boutique de navio - Regal...
Última postagem por CSM - 06 Fevereiro 2025 às 16:41:04
muito maneiro, e bela compra! este relógio é um barato... na minha lua de mel, há 20 anos, eu comprei um swatchzinho scuba em um cruzeiro também pelo caribe, que durou até ano passado.... eu sempre trocava a bateria dele e nunca pensei que o oring de vedação poderia ir para o caraleo..... foi kkkk

abraços
#4
Fórum principal / Res: Boutique de navio - Regal...
Última postagem por Auder M V Lisboa - 05 Fevereiro 2025 às 22:58:34
Citação de: flávio online 05 Fevereiro 2025 às 16:49:27Rapaz, isso é dentro do navio? hahahah Cê tá louco!
Tô te falando, e você só toma conhecimento do nível depois que chega lá pessoalmente! No aplicativo, quando você clica no link abre uma página com fotos horrorosas. Chegam a colocar Citizen junto com Rolex na mesma imagem KKK
#5
Fórum principal / Res: O mercado indiano de reló...
Última postagem por fbmj - 05 Fevereiro 2025 às 19:52:42
Assistindo o seriado "Mulheres Incríveis de Bollywood" da pra ter ideia que eles amam ostentar marcas de luxo, pessoal adora Rolex e Cartier no mundo dos relógios por exemplo.
#6
Fórum principal / Res: Boutique de navio - Regal...
Última postagem por flávio - 05 Fevereiro 2025 às 16:49:27
Rapaz, isso é dentro do navio? hahahah Cê tá louco!
#7
Fórum principal / Res: Technos skydiver com novo...
Última postagem por flávio - 05 Fevereiro 2025 às 16:48:24
Sinceramente não posso ajudar, não acompanho o modelo há um bom tempo.
#8
Fórum principal / O mercado indiano de relógios
Última postagem por flávio - 05 Fevereiro 2025 às 16:47:01
A Deloitte publicou, além do estudo sobre mercado secundário, um específico sobre a Índia. A consultoria já havia indicado o país como a grande promessa do luxo, algo contestado pela Luxe Consult (Morgan Stanley) por alguns motivos.

Em primeiro lugar, há a tributação elevada. Impostos de importação chegam a 40%, encarecendo produtos de luxo. Além disso, as Diretrizes de Investimento Direto Estrangeiro impõem restrições à participação de empresas estrangeiras, forçando joint ventures. Outro fator apontado é o hábito de consumo: indianos de alta renda preferem comprar no exterior para evitar impostos.

No entanto, mudanças recentes podem validar a previsão da Deloitte. Segundo o estudo:

Os tributos, antes de 40% (um dos mais altos do mundo, atrás apenas do Brasil, com 78%), serão zerados em 7 anos, restando apenas o imposto local de 18%.
O PIB da Índia deve crescer 6% em 2025, o dobro da média global, tornando-se a terceira maior economia mundial em 2030.
78% dos entrevistados planejam comprar um relógio no próximo ano, impulsionados pela forte cultura de presentes de casamento.
A reputação da marca é fator decisivo para 64% dos consumidores, beneficiando marcas já consolidadas.
70% das compras de luxo são feitas online, o dobro da média global, devido à falta de lojas físicas adequadas.
Marcas de luxo têm adaptado produtos aos gostos locais e firmado parcerias com astros de Bollywood.
Como destacou Pascal O. Ravessaoud, VP da Fondation Haute Horlogerie: "A oportunidade para as marcas investirem na Índia é agora, ou correm o risco de perder um mercado lucrativo devido às condições comerciais favoráveis, ao crescimento do PIB e ao crescente interesse dos consumidores."

O luxo finalmente encontrou seu caminho na Índia?




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#9
Fórum principal / Res: Technos skydiver com novo...
Última postagem por RenatoC - 05 Fevereiro 2025 às 09:01:23
(Modelo Wt2050ae/1b)
#10
Fórum principal / Res: Technos skydiver com novo...
Última postagem por RenatoC - 05 Fevereiro 2025 às 09:00:08
Voltando aqui. A Technos informou que desde o ano passado está usando um calibre Seiko no skydiver (Y121) na parte analógica. (Alguém conhece ??). O ajuste de hora voltar a ser de puxar a coroa (não mais de empurrar). O modelo tem 40 mm