Christophe Claret Poker

[elder]

Galera Beleza?
Dando uma olhada no facebook encontrei um relógio bem diferente e muito legal por sinal.É uma edição especial da marca Christophe Claret que tem a temática de Poker,eu como um grande apaixonado por relógios e poker fiquei apaixonado por essa linda peça.Dei uma pesquisada a fundo e vi que essa edição possui apenas 20 peças, então o preço també deve ser bem especial.



Então oque vocês acharam?

Obs: imagens retiradas do site http://www.watchtimebrasil.com.br/

[flávio]

O Claret (o homem) é muito foda, poderia ser colocado entre os 50 maiores relojoeiros do século (será que estou exagerando?), sobretudo pelo trabalho de protótipos feito na Giulio e Papi, a "Skunk Work´s" da Audemars, e inovações de criou. Mas... Eu sinceramente não gosto de nada que ele produz com seu nome. São complicações mecânicas para simples deleite, muito deleite. Vejam, não que um turbilhão, por exemplo, não seja para deleite, mas uma roda de poker é de lascar!


Flávio

[elder]

Uma roda de poker que permite um jogo com 3 participantes.Acho até um pouco exagerado, mas se fosse um jogador de poker profissional com certeza compraria e mostraria para os outros jogadores hehehe   

[dsmcastro]

Este relógio faz parte de uma 'trilogia' que também tem o Baccara e o Blackjack 21, curiosamente este foi o projeto que começou primeiro, mas foi o último a ser lançado da série, pois foi o mais complicado. Conversei uma vez pelo skype com um designer que trabalhou lá e o cara simplesmente venera o sr. Claret, e disse que ele dá muita motivação e liberdade para criação, além de ser muito acessível, o que para qualquer designer é muito bom.

Acho as criações da marca sensacionais, e, se comparado com outras marcas também recentes acho que ele se destaca pela criatividade e tentar fugir do lugar comum. Mas, não sei se é uma tendência, os preços dessas 'novas marcas' estão cada vez mais estratosféricos.
E, sim, eu o colocaria, para dizer o mínimo, entre os 50 melhores horologistas do século sem exageros (acho eu).

E, se não for para o deleite, para que servem os relógios que custam fortunas?

[Alberto Ferreira]

Pois é...

O Claret é mesmo da pesada.
Mas, embora eu admita não conseguir classificar ("ranquear") este povo, os gênios criativos das engrenagens, molas e alavancas...  E menos ainda tentar ordenar os cinquenta maiores... 
Eu até acho que ele esteja mesmo por lá...

E,...
Acima do mero deleite, porém sem desconsidera-lo  , eu vejo o eterno desafio (mecânico) a ser vencido, aquele que de várias formas sempre impulsionou aquelas mentes e que, ao fim e ao cabo, tanto nos atrai.

Alberto

[dsmcastro]

...
Acima do mero deleite, porém sem desconsidera-lo  , eu vejo o eterno desafio (mecânico) a ser vencido, aquele que de várias formas sempre impulsionou aquelas mentes e que, ao fim e ao cabo, tanto nos atrai.

Alberto

Mas, caro mestre, ainda há desafio a ser vencido? Tecnicamente, para os relógios mecânicos, será que tudo já não foi inventado e o máximo que dá pra fazer é 'reinventar' o que já existe com novos materiais ou então tentar criar essas 'loucuras' como o relógio do tópico? Vi hoje o MB&F LM1 que teve o toque do artista chinês Xia Hang (o relógio já existia), ele criou uma 'escultura' que funciona de acordo com a corda do relógio, com pouca corda a escultura fica 'de cabeça baixa' e a medida que se dá corda ela vai 'ganhando vida' e levanta... Muito bonito e artístico, mas no fim das contas é só uma maneira diferente de mostrar o indicador de reserva de marcha...



E o Van Cleef & Arpels com seu planetário... Hipnotizante... Mas "é a mesma coisa" da mesa de poker de Christophe Claret...

http://youtu.be/sw5S2-T-Ogk

No fim, esses desafios técnicos são muito mais para encher os olhos, do que para mostrar novas funções ou aprimorar as que já existem... Ou ainda há espaço para inovações significativas? Lembro que no fórum WUS rolou uma discussão assim, mas não foi muito adiante... Até pensei nos HYT com seus mecanismos hidromecanicos, que pelo menos eu, acho muito interessantes... Mas no fim, mesmo com todos os desafios técnicos envolvidos, acho que fizeram só pelo deleite de mostrar as horas de uma forma diferente, mas tecnicamente, a precisão não é muito melhor (ou deve ser até pior) do que os demais.

[flávio]

Quando disse que os relógios parecem para puro deleite, fiz questão de citar o turbilhão que também o é e... Bem, como instrumentos em si, relógios mecânicos são coisas do passado, ultrapassadas! Todos são para deleite. O que quis dizer é que há uma diferença abissal, pelo menos para mim, em tentar repetir o que os mestres antigos faziam, e com as mesmas ferramentas (a exemplo do Roger Smith) e fazer uma roda de jogo (no caso desse), um caça níqueis (GP), etc. Dirão: pô Flávio, você é o cara mais contraditório do mundo, porque curte os aspectos históricos da indústria e parece se esquecer que houve mercados e relojoeiros que só se preocupavam com isso! Sim, vocês têm razão. Quem não já se impressionou com os relógios antigos com autômatos? A minha birra com o Claret não é com o espírito de deleite dos seus relógios, por isso na minha primeira participação coloquei aspas. Minha birra é com O QUE ele escolhe para nosso deleite e visual que dá aos seus relógios. Eu, como disse, não gosto de nada que o cara já fez, mesmo aquele cronógrafo com um mecanismo interessantíssimo. Questão de gosto...

Eu sei lá... Mesmo sabendo que TODOS os relógios mecânicos são para mero deleite, tenho dado cada vez mais valor há anos aos relojoeiros que constroem objetos APARENTEMENTE simples, mas de forma efetivamente artesanalmente, que ao incauto pouco mostram. Acho que citar nomes irá indicar meu ponto de vista muito mais do que tentar explicá-lo. Gosto de caras como Roger Smith, Marco Lang, Philippe Dufour, etc. Simplicidade aparente, talvez essa seja minha busca. Claro, aprecio mecanicamente um relógio da Greubel Forsey; aprecio a estética "mil léguas submarinas", futurista antiga, do Vianney Halter. Mas... Choca-me mesmo a tal simplicidade aparente...Talvez por isso reconheça, como não posso negar, a expertise do Claret, mas seus relógios não são para mim, nem se tivesse grana.


Flávio

[Alberto Ferreira]

...ainda há desafio a ser vencido?
...

Sim, eu concordo com a pergunta, em termos.
Mas eu me referia à construção em si.
O fazer.

...
Tecnicamente, para os relógios mecânicos, será que tudo já não foi inventado...
...

Boa pergunta.
Ou... 
Pelo menos até que algo seja inventado.


Eu até creio que houve época em que os técnicos acreditavam que os aviões não poderiam prescindir de...
...hélices.

Portanto,...
Esperemos que o nosso "mundinho" (horológico mecânico) não pare.   

Alberto

[elder]

Olha que discussão de mestres.Eu como um leigo fico observando e sempre pesquisando mais.

[edson rangel]

Elder, estou na mesma situação que a sua. Mas acho que se puder comprar o relógio, compre-o uma vez que tem haver com sua personalidade. abraços para todos!!!

[ogum777]

Quando disse que os relógios parecem para puro deleite, fiz questão de citar o turbilhão que também o é e... Bem, como instrumentos em si, relógios mecânicos são coisas do passado, ultrapassadas! Todos são para deleite. O que quis dizer é que há uma diferença abissal, pelo menos para mim, em tentar repetir o que os mestres antigos faziam, e com as mesmas ferramentas (a exemplo do Roger Smith) e fazer uma roda de jogo (no caso desse), um caça níqueis (GP), etc. Dirão: pô Flávio, você é o cara mais contraditório do mundo, porque curte os aspectos históricos da indústria e parece se esquecer que houve mercados e relojoeiros que só se preocupavam com isso! Sim, vocês têm razão. Quem não já se impressionou com os relógios antigos com autômatos? A minha birra com o Claret não é com o espírito de deleite dos seus relógios, por isso na minha primeira participação coloquei aspas. Minha birra é com O QUE ele escolhe para nosso deleite e visual que dá aos seus relógios. Eu, como disse, não gosto de nada que o cara já fez, mesmo aquele cronógrafo com um mecanismo interessantíssimo. Questão de gosto...

Eu sei lá... Mesmo sabendo que TODOS os relógios mecânicos são para mero deleite, tenho dado cada vez mais valor há anos aos relojoeiros que constroem objetos APARENTEMENTE simples, mas de forma efetivamente artesanalmente, que ao incauto pouco mostram. Acho que citar nomes irá indicar meu ponto de vista muito mais do que tentar explicá-lo. Gosto de caras como Roger Smith, Marco Lang, Philippe Dufour, etc. Simplicidade aparente, talvez essa seja minha busca. Claro, aprecio mecanicamente um relógio da Greubel Forsey; aprecio a estética "mil léguas submarinas", futurista antiga, do Vianney Halter. Mas... Choca-me mesmo a tal simplicidade aparente...Talvez por isso reconheça, como não posso negar, a expertise do Claret, mas seus relógios não são para mim, nem se tivesse grana.


Flávio

eu achei meio esquisito...

mas tem razão na questão do deleite. de fato, não importa se seja o curvo "ari" da eva leube ou um goer o jaragar do ML, quem tá comprando e usando um mecânico de fato o faz por um certo deleite, ou por uma certa vaidade (como um  certo dono de rolex que primeiro comprou seu rolex, depois descobriu que não trocava bateria e tinha que "chacoalhar" o relógio pra funcionar - é advogado, e precisava dum relógio pra impressionar....).

esse relógio com um caça-níqueis talvez agrade bastante os frequentadores de las vegas. talvez seja um de seus alvos. gosto é gosto. mas não é meu gosto...

[elder]

Elder, estou na mesma situação que a sua. Mas acho que se puder comprar o relógio, compre-o uma vez que tem haver com sua personalidade. abraços para todos!!!

Ahh quem dera se tivesse a grana para comprar essa maravilha heueheu
Abraços

[flávio]

Review de hoje:

http://www.ablogtowatch.com/christophe-claret-poker-watch-hands/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+Ablogtowatch+%28ABLOGTOWATCH%29


Flávio

[Dicbetts]

Eu sei lá... Mesmo sabendo que TODOS os relógios mecânicos são para mero deleite, tenho dado cada vez mais valor há anos aos relojoeiros que constroem objetos APARENTEMENTE simples, mas de forma efetivamente artesanalmente, que ao incauto pouco mostram. Acho que citar nomes irá indicar meu ponto de vista muito mais do que tentar explicá-lo. Gosto de caras como Roger Smith, Marco Lang, Philippe Dufour, etc. Simplicidade aparente, talvez essa seja minha busca. Claro, aprecio mecanicamente um relógio da Greubel Forsey; aprecio a estética "mil léguas submarinas", futurista antiga, do Vianney Halter. Mas... Choca-me mesmo a tal simplicidade aparente...Talvez por isso reconheça, como não posso negar, a expertise do Claret, mas seus relógios não são para mim, nem se tivesse grana.


Flávio

Minha impressão é que caras como o CC são construtores de algo que se assemelha a relógio e até serve para ver as horas.

Reconheço, porém: para botar um mecanismo de tamanha complexidade, numa caixa mínima, tem que ser craque.

Engenharia de primeiríssima categoria, mas funcionalidade...

A meu conceito, relógio tem que ser funcional, antes de tudo.

Para um cara que já tem dificuldades de enxergar, como eu, o Poker do CC é exatamente o que não quero.

Esse, aliás, talvez seja um exemplo extremo. Puxando para o meio, quanto mais poluído é o mostrador do relógio, menos gosto.

À medida que envelheço, me torno um intransigente defensor do "menos é mais".

Dic

[lucius]

Também não gosto desta "alta relojoaria" que aponta peças que de tão rebuscadas (mesmo que no estado da arte) acabam por se transformar em algo como "caixinhas de musica" ou brinquedos.

Lucius