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Uma série de entrevistas sobre o Ulysse Nardin Freak

Iniciado por admin, 08 Fevereiro 2017 às 16:04:01

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flávio

Essa série de entrevistas muito bacana também é para os "freaks", eis que duram cerca de 40 minutos no total em inglês. Mas para quem curte a parte histórica e técnica da coisa, um achado.

O primeiro vídeo aborda a concepção do mecanismo, sua gênese, que ocorreu nas mãos de Carole Forestier, que hoje é a chefe de design de movimentos complicados da Cartier. Na época ela era uma jovem de 20 anos mais ou menos que, vindo de uma família de relojoeiros, bolou um movimento que giraria completamente em torno do seu eixo, sendo que o tambor de corda era externo a toda a rodagem (algo muito maluco). Com essa ideia ela ganhou uma competição da Breguet, em 1997, batendo Dufour e George Daniels, por exemplo.

O segundo vídeo entrevista o mestre das complicações da UN, Ludwig Oeschlin, e como ele adaptou esse projeto a produção industrial. O projeto de Carole não dava uma boa reserva de marcha, algo em torno de 8 horas, pois as espirais da corda acabavam tendo pouco espaço para ocupar, eis que ficavam na borda do movimento. Ludwig, então, jogou toda corda para baixo da platina do movimento e, assim, conseguiu oito dias de marcha. A pedido do Rolph Schnieder, dono da UN na época, buscou instalar seu escapamento de duplo impulso direto através de engrenagem no modelo. Porém, após tentarem fazer rodas com aço, níquel e alumínio, restou constatado que os materiais eram pesados e não funcionavam direito.

O terceiro vídeo, então, entrevista o projetista da UN que apostou numa nova técnica, a fotolitografia, e num novo material, o silício, para fazer as rodas. O material mostrou-se revolucionário na indústria e a UN foi a primeira a utilizá-lo, no Freak de 2001. A UN podia se dar ao luxo de experimentar por ser uma empresa pequena, algo que Omega, Rolex, etc, não estavam dispostas a fazer. Ressalte-se, porém, que em 2005 a Patek passou a utilizar o material entre as majors.

O quarto vídeo entrevista os relojoeiros mestre da UN responsável pelo projeto, fazendo um apanhado de tudo.

Àqueles que compreendem o inglês, recomendo os vídeos. Vou deixá-los um a um a seguir, porque se colocados no mesmo corpo de mensagem escrita, costumam dar "pau".

Flávio