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A história do relógio de pulso, parte 1

Iniciado por flávio, 25 Junho 2024 às 15:49:41

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flávio

Durante os primeiros 30 anos do reinado de Elizabeth I, o Conde de Leicester, Robert Dudley, transformou-se da figura política mais importante da Inglaterra. Como amante de Elizabeth, seus aposentos ficavam ao lado dos ocupados pela Rainha e, nas cerimônias oficiais, ambos comportavam-se como consortes "não oficiais". Era um costume da época oferecer presentes à Rainha nas festas de ano novo e, na passagem de 1571 para 1572, o Conde lhe deu um "bracelete ricamente cravejado de pedras preciosas, tendo em seu fecho um relógio". Esta é a primeira referência histórica a um relógio de pulso, muito embora o modelo fabricado não tenha sobrevivido ao tempo. Nos séculos posteriores, as mulheres da aristocracia continuaram a usar relógios de pulso. Em 1809, quando Eugênio de Beauharnais casou-se com Amélia de Leuchtenberg, a Imperatriz Josefina a presenteou com dois relógios de pulso fabricados pela Nitot, de Paris. Em 1812, por sua vez, Breguet também fabricou um relógio de pulso para a Rainha de Nápoles. No final do século XIX, o uso de relógios de pulso difundiu-se inclusive entre a classe média, como indicado em um artigo de 1887 da "Horological Journal", revista oficial do Instituto Britânico de Relojoaria, que ainda é publicada: "já faz algum tempo que está na moda as mulheres usarem, quando cavalgam ou caçam, relógios em pulseiras de couro presas ao pulso, dispostas de tal maneira que, com o mostrador exposto, o usuário possa ver imediatamente a hora sem retirá-lo (do bolso). Pulseiras com finalidade semelhante também são feitas em ouro e transformam o relógio em um objeto bonito e, ao mesmo tempo, útil". Os homens da época, porém, não estavam dispostos a aderir à moda: na era vitoriana, a sociedade esperava que os cavalheiros se apresentassem com ternos e relógios de bolso. Relógios de pulso eram vistos como afeminados e essa barreira social só seria superada pelos homens alguns anos mais tarde...




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