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Uma dúvida cristalina.

Iniciado por César-HT, 05 Março 2010 às 02:09:57

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César-HT

Olá para todos.

Eu pensei em mandar essa dúvida por MP para alguns colegas, mas depois resolvi abrir um tópico, pois assim acho que dá pra ter uma participação maior e mais opiniões.

Estou pensando muito em fazer isso com alguns dos meus relógios, mas antes eu gostaria de opiniões dos colegas. Aqueles que tem a horologia como profissão, como nosso grande Adriano, Wilson e tantos outros ilustres colegas, são mais que bem vindos para tirar essas dúvidas, além daqueles que como eu simplesmente amam os relógios, também.

É o seguinte, eu já li e vi imagens pela internet de relógios que tiveram seus vidros originais trocados por versões de safira, mas fica sempre algumas dúvidas:

1- Após ser feita essa troca, do visor original de vidro por um de safira, a resistência à água fica a mesma de antes? Por exemplo se o relógio é de 200m, continua assim?

2- Sempre que isso é feito, necessariamente é preciso trocar as vedações, ou apenas se não estiverem boas?

Eu sei que tudo depende do que é mais importante, mas não acho que seja vantagem ganhar um coisa e perder outra, ou seja (como o nosso presidente gosta de dizer ;D), pra mim não é muito negócio se nessa troca ganhar em dificuldade de riscar o visor mas perder em resistência à água.

Desde já agradeço quem puder responder.
Até mais e bom final de semana a todos.
César.
"Perdoe os seus inimigos, mas não esqueça seus nomes" John F. Kennedy.

Adriano

O César!

Estamos falando da conversão de vidros minerais para safiras certo? É perfeitamente possível e não há complicação técnica nenhuma. A vedação depende do perfeito encaixe da peças. Então, a vedação é garantida desde que se use uma junta correta e o vidro a ser substituído tenha estritamente todas as mesmas dimensões do original. Sendo assim, a substituição fica perfeita sob todos os pontos de vista.

Sobre trocas as vedações, é recomendável que faça essa substituição. Na maioria dos casos é importante prestar atenção à junta do vidro. Ela fica mais exposta ao ambiente (leia-se radiação UV principalmente) e ela não é projetada para ser removida e reaproveitada, como ocorre com uma junta de tampa de fundo, como os fundos de pressão.

Se a junta for muito nova e se ela for desmontada e sair intacta, é possível reaproveitá-la. Como falei, não é muito ortodoxo, mas é possível. Obviamente, tudo deve ser testado para ter-se a certeza de que a vedação foi preservada.

Mas é preciso ter em mente que estamos falando de uma conversão de vidro duro para vidro duro, ou seja, de mineral para safira. A conversão de acrílico para vidro duro (mineral ou safira) é praticamente impossível de ser bem feita. É praticamente uma gambiarra e aí não é possível garantir nada. A explicação é simples: a caixa do relógio é diferente para receber um tipo ou outro de vidro.

Vidros acrílicos são montados diretamente contra a caixa. Sua própria elasticidade é que faz a vedação entre ele e a caixa. Vidros duros, minerais ou safiras, usam uma junta de vedação. É ela quem veda.

Vide o caso clássico: Speedmaster Professional com acrílico usa uma caixa diferente do modelo que usa safira. A safira não serve no modelo de acrílio, nem sob adaptação. Assim como o acrílico não serve no de safira. Pois o encaixe com a caixa é diferente.

Abraços!

Adriano

César-HT

Olá para todos.

Adriano, obrigado por responder. Mais uma vez foi uma aula sobre o assunto  :D :D ;).

Tenho alguns relógios que acho ser um pecado eles não terem visor de safira, entre eles o meu querido e amado Seiko Sumo.

Mais uma vez obrigado pelos esclarecimentos, certamente nós vamos voltar a falar sobre isso em breve  8).

A todos, um bom final de semana.
César.
"Perdoe os seus inimigos, mas não esqueça seus nomes" John F. Kennedy.