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Amplitude do balanço

Iniciado por prgarcia, 01 Outubro 2010 às 13:33:11

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prgarcia

Saudações.

Aos colegas que puderem me dar alguma luz, aí vai a dúvida:

- Em um mecanismo novo (digamos até recém-montado) é esperada uma maior amplitude do balanço?
- E esta maior amplitude se corrigiria "per se" com o amaciamento do mecanismo?

Um abraço.
Garcia

flávio

A tendência é o relógio perder amplitude com o passar do tempo. Veja bem: as amplitudes variam nas posições. E, nos relógios coaxiais, por projeto, ela é ligeiramente inferior.

Quanto a esse lance do amaciamento, gostaria da opinião de quem coloca a mão na massa, porque isso já foi discutido aqui e alhures várias vezes e, confesso, continuo a achar que o tal do "amaciamento" de mecanismos após a revisão é meio que lenda urbana.


Flávio

Paulo Sergio

Concordo com você amigo Flávio, mas somente para relógios de marca!!!  ;)  ;)  ;)
Entendam amigos - digo isso ("de marca") para relógios Chronometer e congêneres!!!  :)  :)  :)
Creio que "amaciamentos" sejam "pertinentes" em mecanismos "de linha", como os Orient "comuns", os Seiko 7Sxx, os ETA "simples"... esses, creio que "o uso" faça a diferença!!!
Minha opinião!!!  ;)  ;)  ;)
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

Alberto Ferreira

#3
Salve!

Eu também acho que a palavra "amaciamento" é mal colocada e conseqüentemente mal interpretada.

Para mim, o que ocorre (ou a "recomendação") é o seguinte.
Um relógio novo, recém comprado, pode apresentar uma variação em um período inicial de uso, fruto do tempo parado no estoque, eventualmente em uma vitrine, etc.
E por ter sido entregue sem uma "revisão técnica de entrega" (o termo é meu, eu não sei se dizem assim nos representantes).

Na verdade, não se trata de um "amaciamento" como o preconizado nos motores do passado ("assentamento" ou "acomodação" entre as peças móveis), mas sim o efeito dos lubrificantes não estarem corretamente "distribuídos".

Caso isso que eu menciono aí acima tenha ocorrido, e se a coisa não for "grave", após um par de dias de uso a coisa pode até se estabilizar.

Mas, se a variação estiver fora dos limites, o negócio é mesmo levar o relógio, na garantia, para uma re-lubificação e ajuste.

Bom, isso é o que eu penso.
Mas eu também gostaria de ler a opinião dos colegas que podem responder com mais base, como são as recomendações e os procedimentos recomendados e/ou aceitos nos representantes oficiais das marcas.

Abraços,
Alberto

prgarcia

A amplitude maior a que me refiro seria algo um pouco além do normal (repito em um mecanismo absolutamente novo).

Com relação ao amaciamento (ou o que quer que ele signifique) já tive experiências que iam de 2 dias a cerca de uma semana e meia para estabilização da marcha (obviamente em mecanismo novo, cujo tempo de "vitrine" poderia ter variado).

Um abraço.
Garcia

Citação de: flavio online 01 Outubro 2010 às 18:47:33
A tendência é o relógio perder amplitude com o passar do tempo. Veja bem: as amplitudes variam nas posições. E, nos relógios coaxiais, por projeto, ela é ligeiramente inferior.

Quanto a esse lance do amaciamento, gostaria da opinião de quem coloca a mão na massa, porque isso já foi discutido aqui e alhures várias vezes e, confesso, continuo a achar que o tal do "amaciamento" de mecanismos após a revisão é meio que lenda urbana.


Flávio

Mauro

Caros Amigos,

Vamos la, deixa me tentar ajuda-los,

Vai uma frase do Alberto, Salve , Salve amigos  ;D ;D ;D ;D

Na verdade, não se trata de um "amaciamento" como o preconizado nos motores do passado ("assentamento" ou "acomodação" entre as peças móveis), mas sim o efeito dos lubrificantes não estarem corretamente "distribuídos".

Quando feito uma revisão ou montagem , não pode por hipotese alguma acontecer isso, a lubrificação ja vai ao seu lugar correto no momento em que lubrificado e as rodas se moverem sem a âncora está resolvido o problema,

O que comprova são os testes de controle de qualidade que a maioria das marcas para relógios automáticos com reserva de marcha entre 44 horas , os testes são efetuados em zero hora e vinte e quatro horas e  apenas a conclusão do tempo de reserva de marcha,

Então ápos revisado , regulado, está pronto para ser usado e não precisa de amaciamento rssss , não tenho toda a bagagem literária como o Adriano , mais ele pode dar uma pincelada neste sentido ,

O que ocorre na questão da recomendação dos relógios novos para o amaciamento, rsss, é que o vendedor recomenda isso para que o relógio passe por uma revisão ou uma regulagem ápos um período de compra , que por exemplo um relógio estaja adiantando 6 seg dia e o cliente não venha reclamar na loja , se dirija até a autorizada para efetuar o serviço em questão.

Mais o exemplo onde acha que fica mais claro é o seguinte, um relógio novo no meu pulso funciona de uma maneira , no do Alberto de outra, no do F'lávio de outra, ele fará distintas variações dependendo da pessoa em uso, um trabalha o dia inteiro na rua, outro somente em escritório e no computador, um usa no braço direito , outro no esquerdo, outro tem um comércio e se movimenta muito o dia todo, então o relógio não terá a mesma regulagem para todos estes mesmos seres,

Mauro

Continuando,

Claro que a diferença não será muito entre um ou outro consumidor,

E ai quando colocamos no aparelho para controle o relógio em questão para mim adianta 3 minutos mês, para Alberto está preciso, para Flávio adianta um minuto , e no Witsch ele tem uma variação nas 5 posições de 2 segundos dia, então fica a critério da aurotizada fazer está regulagem fina de acordo de cliente para cliente e de relógio para relógio, acho que ajudei a dar uma esclarecida, se não fui claro e puder ajudar por favor,

E quanto a amplitude citada no principio, se estiver muito alta o relógio pode estar rebatendo o balanço o que pode ocasionar uma varianção incrível, precisando que seja levado ao relojoeiro para resolver o problema, que se resolve com uma revisão, ou com mudança de lubrificação no escape ou no incabloc,

Mais caso seja pouca amplitude , pode ser lubrificação ressecada, excesso de calor em vitrines o que geralmente ocorre, o relógio fica exposto muito próximo as lampadas e ajuda a ocorrer este tipo de problema, qual necessita de revisão para solucionar o problema.

Um grande abraço a todos,

Os nomes usados são apenas exemplos meus amigos,  ;D ;D ;D

Mauro

Alberto Ferreira

Salve!

Grato pelos esclarecimentos, amigo Mauro.
A citação do meu nome é uma honra!  8)

Mas, voltando à questão da chamada "lenda urbana" dos lubrificantes "ressecados" e/ou "fora de lugar" (este último termo impreciso e usado por mim para ilustrar...  :D)...
Eu faria uma pergunta, que eu acredito ser normalmente feita pelos mais leigos e que pode ser o que deve ter criado, ou aumentado, a tal "lenda" que diz que os relógios (novos), após algum tempo de uso, "se acertam"...
Ou que, de alguma forma, "melhoram" de desempenho...  ::)

Aliás são mais perguntas...

- Tomemos o velho exemplo da Seiko,...
...Naqueles movimentos (em geral mais simples) que vêm de fábrica (sabidamente) com excesso de lubrificação... Bem entendido.

A pergunta.
Da experiência de vocês, após algum tempo de uso, a "precisão" (ou a marcha - o leigo tende a confundir), ou seja, a variação diária de segundos para mais ou para menos, pode melhorar, pode piorar ou não tem nada a ver e fica como estava?

- Situação dois.
Um relógio fica exposto numa vitrine, com o mostrador quase na vertical e debaixo das "famigeradas" lâmpadas dicróicas por, digamos, seis meses (sendo bonzinho...  :P), aí o vendedor, lá daquela cidadezinha do "interior", negligente e pouco "preocupado", só passa um paninho e entrega o relógio para o comprador...

A pergunta do leigo...
O que acontece com os pontos de lubrificação (e com o óleo que deveria estar lá, ou que foi colocado lá, na montagem, na fábrica)?
A coisa "escorre", o óleo "resseca" um pouco mesmo..., como diz a tal "lenda"?

Depois de usar por um período, algo melhora?
Provavelmente não... Eu sei... Só piora, devido ao uso em condições inadequadas, etc.
Mas, tudo bem,... O leigo não sabe...  
E então aí vai a pergunta real...

Mesmo considerando que o movimento esteja de fato sofrendo naquele período, etc.
Para uma avaliação leiga, ou seja, feita por quem não tem como fazer aferições de fato, a marcha poderia passar alguma impressão de ter melhorado de alguma maneira?
Em que medida pode haver esssa "impressão"?

Eu deixo claro que a sua explicação enfatiza bastante que, em condições técnicas normais, nenhum relógio deve ser entregue fora das suas condições ideais e que no caso de ser constatado quaisquer dos problemas dos quais nós estamos falando, só mesmo revisando, re-lubrificando, etc.
Este ponto é claro e "pacífico".
É isso mesmo!

Eu entendi perfeitamente a colocação do amigo, mas eu gostaria de ver este ponto confirmado, para que essas tais "lendas urbanas" sejam aclaradas.
E "combatidas".

Eu acho muito legal que questões assim sejam sempre discutidas aqui, e se possível em diversos níveis.

Do mais técnico ao leigo.
Este último pode nem ter a paciência de tentar entender as nossas razões, argumentações e explicações mais técnicas...
Mas ele pode estar apenas querendo uma mera orientação, talvez sucinta, em um par de frases, do que ele deve fazer se encontrar o problema.

Um abração!
Alberto

PS:
Desculpem o texto...
Mas eu acho que, na medida do possível, e tentando não nos tornarmos "enfadonhos"  :D,  nós devemos tentar explicar, mesmo.
8)

prgarcia

#8
Citação de: Mauro online 07 Outubro 2010 às 15:50:26
Continuando,


E quanto a amplitude citada no principio, se estiver muito alta o relógio pode estar rebatendo o balanço o que pode ocasionar uma varianção incrível, precisando que seja levado ao relojoeiro para resolver o problema, que se resolve com uma revisão, ou com mudança de lubrificação no escape ou no incabloc,

Mais caso seja pouca amplitude , pode ser lubrificação ressecada, excesso de calor em vitrines o que geralmente ocorre, o relógio fica exposto muito próximo as lampadas e ajuda a ocorrer este tipo de problema, qual necessita de revisão para solucionar o problema.

Um grande abraço a todos,

Os nomes usados são apenas exemplos meus amigos,  ;D ;D ;D

Mauro

Ah OK!
Obrigado Mauro.
Então poderia se dizer que uma amplitude levemente mais alta que o normal não seja aceitável nem em um mecanismo absolutamente novo? e consequentemente essa amplitude não cairia ao grau normal com o "amaciamento" (ou o que quer que ele signifique).

Abs.
Garcia

Mauro

#9
Citação de: Alberto Ferreira online 07 Outubro 2010 às 17:40:06


< QUOTE >
Salve!

Grato pelos esclarecimentos, amigo Mauro.
A citação do meu nome é uma honra!  8)

Mas, voltando à questão da chamada "lenda urbana" dos lubrificantes "ressecados" e/ou "fora de lugar" (este último termo impreciso e usado por mim para ilustrar...  :D)...
Eu faria uma pergunta, que eu acredito ser normalmente feita pelos mais leigos e que pode ser o que deve ter criado, ou aumentado, a tal "lenda" que diz que os relógios (novos), após algum tempo de uso, "se acertam"...
Ou que, de alguma forma, "melhoram" de desempenho...  ::)

Não , não não,  ??? ??? ??? , creio que apenas nos acostumamos com a diferença e começamos a perceber menos, o relógio não tem está possíbilidade de auto correçao , pelo menos os mecânicos.

Aliás são mais perguntas...

- Tomemos o velho exemplo da Seiko,...
...Naqueles movimentos (em geral mais simples) que vêm de fábrica (sabidamente) com excesso de lubrificação... Bem entendido.

A pergunta.
Da experiência de vocês, após algum tempo de uso, a "precisão" (ou a marcha - o leigo tende a confundir), ou seja, a variação diária de segundos para mais ou para menos, pode melhorar, pode piorar ou não tem nada a ver e fica como estava?
Só tende a piorar com o tempo, se a lubrificação ja estiver comprometida ela tende a piorar, em raros casos pode melhorar mais ai é fruto de problemas e não de acerto do mecânismo, o defieto é tão grave que com o tempo ele vai fazendo o curso ao inverso chegando próximo da precisão zero segundos dia, e depois começa a fazer a diferença em sentido contrário aumentando cada vez mais.

- Situação dois.
Um relógio fica exposto numa vitrine, com o mostrador quase na vertical e debaixo das "famigeradas" lâmpadas dicróicas por, digamos, seis meses (sendo bonzinho...  :P), aí o vendedor, lá daquela cidadezinha do "interior", negligente e pouco "preocupado", só passa um paninho e entrega o relógio para o comprador...

;) ;) ;)É o que geralmente ocorre , não somente no interior como em grandes cidades e baos partes do  mundo, eu sempre recomendo que depois     de algum tempo de compra , exemplo alguns meses, encaminhe para a autorizada para uma revisão isso garante 5 anos de vida tranquila sem dor de cabeça, indiferente marca ou modelo

A pergunta do leigo...
O que acontece com os pontos de lubrificação (e com o óleo que deveria estar lá, ou que foi colocado lá, na montagem, na fábrica)?
A coisa "escorre", o óleo "resseca" um pouco mesmo..., como diz a tal "lenda"?

O oléo resseca, e tende a ficar mais ressecado com o tempo, não existe possibilidade alguma de voltar a ficar bom depois de entrar em processo de ressecamento

Depois de usar por um período, algo melhora?
Provavelmente não... Eu sei... Só piora, devido ao uso em condições inadequadas, etc.
Mas, tudo bem,... O leigo não sabe...  
E então aí vai a pergunta real...

Mesmo considerando que o movimento esteja de fato sofrendo naquele período, etc.
Para uma avaliação leiga, ou seja, feita por quem não tem como fazer aferições de fato, a marcha poderia passar alguma impressão de ter melhorado de alguma maneira?
Em que medida pode haver esssa "impressão"?

Acho que respondi acima , ele vai começando a fazer o caminho inverso,e depois vai ficar pro'ximo a zero e depois vai descambar de vez, sendo obrigado a uma intervenção cirurgica. ;D ;D ;D ;D

Eu deixo claro que a sua explicação enfatiza bastante que, em condições técnicas normais, nenhum relógio deve ser entregue fora das suas condições ideais e que no caso de ser constatado quaisquer dos problemas dos quais nós estamos falando, só mesmo revisando, re-lubrificando, etc.
Este ponto é claro e "pacífico".
É isso mesmo!

Eu entendi perfeitamente a colocação do amigo, mas eu gostaria de ver este ponto confirmado, para que essas tais "lendas urbanas" sejam aclaradas.
E "combatidas".

Eu acho muito legal que questões assim sejam sempre discutidas aqui, e se possível em diversos níveis.

Do mais técnico ao leigo.
Este último pode nem ter a paciência de tentar entender as nossas razões, argumentações e explicações mais técnicas...
Mas ele pode estar apenas querendo uma mera orientação, talvez sucinta, em um par de frases, do que ele deve fazer se encontrar o problema.

Um abração!
Alberto

PS:
Desculpem o texto...
Mas eu acho que, na medida do possível, e tentando não nos tornarmos "enfadonhos"  :D,  nós devemos tentar explicar, mesmo.
8)
< UNQUOTE >


Tentei mudar a cor da resposta no texto, vamos ver se da para compreender.
Um forte abraço,

Mauro



PS:
Mauro,
Eu editei para que a visualização das suas respostas ficasse mais clara.

Obrigado!
Alberto

Mauro

#10
Citar
Ah OK!
Obrigado Mauro.
Então poderia se dizer que uma amplitude levemente mais alta que o normal não seja aceitável nem em um mecanismo absolutamente novo? e consequentemente essa amplitude não cairia ao grau normal com o "amaciamento" (ou o que quer que ele signifique).

Abs.
Garcia

Garcia,

Diria que o máximo permitido para uma amplitude seria 330 graus, exceto alguns movimentos 340 graus com 21600 alternâncias, pois os 28800 e 36000 é muito mais fácil de ter repiques no seu balanço e dar problemas,

O normal em média seria entre 300 e 315 graus na horizontal, fora disso seria excesso, mais com o tempo e a lubrificação ficando mais pesada ele vai diminuir sim , tanto com a tensão da corda sendo diminuida, mais isso possívelmente iria diminiur com o passar de alguns meses, ou até anos.

Um forte abraço,

Mauro



PS:
Editado para maior facilidade de leitura
Alberto

prgarcia

#11
Citação de: Mauro online 07 Outubro 2010 às 18:37:02

Citar
Ah OK!
Obrigado Mauro.
Então poderia se dizer que uma amplitude levemente mais alta que o normal não seja aceitável nem em um mecanismo absolutamente novo? e consequentemente essa amplitude não cairia ao grau normal com o "amaciamento" (ou o que quer que ele signifique).

Abs.
Garcia


Citar
Garcia,

Diria que o máximo permitido para uma amplitude seria 330 graus, exceto alguns movimentos 340 graus com 21600 alternâncias, pois os 28800 e 36000 é muito mais fácil de ter repiques no seu balanço e dar problemas,

O normal em média seria entre 300 e 315 graus na horizontal, fora disso seria excesso, mais com o tempo e a lubrificação ficando mais pesada ele vai diminuir sim , tanto com a tensão da corda sendo diminuida, mais isso possívelmente iria diminiur com o passar de alguns meses, ou até ano.

Um forte abraço,

Mauro

;) ;) ;)
Outro forte abraço.
Garcia


PS:
Editado para maior facilidade de leitura
Alberto