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Vídeos mostrando montagem de um Mido com o calibre 80

Iniciado por Bernardo, 03 Abril 2018 às 23:32:08

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Enéias

Muito bom.

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viniciussg1995

Acho um calibre interessante, esses dias estava vendo um Commander cronômetro, com silício, 80h de reserva.... Achei muito legal!
Só não sei como fica a precisão quando com carga baixa, tem relógio que dá vontade de chorar kkkkk

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Abraços!
Vinicius

zE_

Já tive um commander e um tissot com este calibre 80/powermatic 80.
Os dois que tive eram muito precisos em uso. E mesmo deixando o relogio na sexta a noite sem uso e só voltar a usar na segunda. O tissot fiquei pouco tempo, o commander cheguei a usar direto por uns 3 meses. Voltaria a ter um com certeza! Particularmente gosto mais dos relogios Mido.

flávio

Há coisas sutis nesse vídeo que devem ser ressaltadas, pois demonstra muito bem com é uma fábrica semi automatizada atualmente. Entenda-se: como funcionam Rolex, Omega, Breitling, Mido, etc, etc, etc.

Nem nos primórdios da relojoaria, como já ressaltei aqui uma dezena de vezes, a construção de relógios por apenas um relojoeiro era a tônica. Isso, se é que existiu algum dia, ocorreu nos séculos XV, XVI e XVII e olhe lá. E, em menor grau, talvez entre os grandes especialistas, no século XVIII. Esse lance "proficiência total" a lá George Daniels é coisa, acreditem se quiser, da relojoaria como arte, não da relojoaria como feita para construir algo útil.

Dito isso, vou lembrar de novo que o sistema suíço de construção de relógios perdurou até o início do século XX como de "etablissage": o "etablisseur", ou seja, o 'investidor comerciante", contratava dezenas de relojoeiros, CADA UM DELES TRABALHANDO EM SUAS CASAS, para fabricar peças específicas de relógios, nas quais eram especialistas. Depois, sob a gerência daquele, o montador "acabador" (de da acabamento), outra especialidade, juntava tudo e repassava ao comerciante.

Havia, pois, extrema divisão de tarefas no meio e esta continuou, mesmo quando Longines, Zenith, Omega, etc, juntaram todos os trabalhadores que faziam o serviço em casa numa "fábrica".

O que mudou hoje? Nada. Tirando a automação parcial da linha, nada. Percebam que os movimentos parcialmente montados seguem por uma esteira de montagem e param, sendo que um relojoeiro especialista naquela função repetitiva, realiza o procedimento. O movimento, então, segue em direção a outra estação, na qual outro procedimento é feito. Linha de montagem clássica... Se cada relojoeiro montasse individualmente cada relógio, como ocorre, por exemplo, em fábricas menores como Lange e Glashutte Original, seria impossível produzir 800 mil relógios por ano como, por exemplo, faz a Rolex.

E vejam, não estou sequer enaltecendo ou criticando os processos: ambos envolvem sim muito trabalho manual, mas numa fábrica que se dispõe a jogar toda a responsabilidade para um relojoeiro, o cara tem que ser mais especializado ainda e sequer podemos dizer que trabalhará melhor.  São apenas filosofias de trabalho (e marketing, claro), diferentes.



Flávio

edson rangel

FIQUEM  TODOS NA PAZ DE DEUS !!!!