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Regime de "exercícios" para relógios automáticos

Iniciado por Leandro, 06 Novembro 2010 às 01:44:37

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Leandro

Caros Amigos,

Este tópico surge periodicamente aqui no fórum, mas nunca li uma opinião definitiva, então, vou perguntar mais uma vez.

Tenho uma série de relógios mecânicos, principalmente automáticos.  Como acabo usando preferencialmente um, outros ficam parados algum tempo na gaveta.  Imagino que isto seja prejudicial, por manter os lubrificantes parados em um determinado ponto e uma série de peças sem uso.  Por outro lado, imagino que deixá-los rodando indefinidamente em um watch winder seja gastar o movimento em suas peças mais frágeis à toa. Por causa disto, pergunto: faria sentido alternar alguns relógios no watch winder, por exemplo, deixar um dia rodando, um dia e meio gastando a carga e voltar ao winder uma semana depois?  Isto seria melhor que ficarem indefinidamente parados?

Um abraço,
Leandro

aguiar

            Gostaria que os especialistas, Adriano, Igor e outros dessem sua opinião quanto à dúvida do amigo Leandro que acredito seja de muitos outros também.
            Afinal qual o melhor tratamento a ser dado aos automáticos para um menor desgaste ,sem q ocorra prejuizo à lubrificação. Qual séria o melhor intervalo de uso para isto?
            Abraço.

Adriano

Apenas siga a seguinte regra: não deixe o relógio funcionando desnecessariamente se não for usar. E não deixe ele parado por mais de 3 meses.

Ou seja, se tem um relógio que não usa, deixe parado. A cada uns 3 meses, deixe um dia ou dois no watchwinder, acione suas funções se tiver crono, e só.

Abraços!

Adriano

Chris Galbraith

Amigo Adriano, permita-me ampliar um pouco o campo de ação da pergunta do colega que iniciou o tópico para os relogios quartz....

A velha 'técnica' de puxar a coroa no segundo estagio e deixa-lo em modo 'hack' para economizar a bateria realmente funciona? Neste caso, o objetivo real é preservar as engrenagens do relogio da mesma forma que se faz ao mantermos um automatico parado e sem uso. O premio de consolação e efeito colateral aqui seria a economia da bateria (se é que isto não é uma lenda, haja vista que por ser um produto quimico, deve existir uma meia-vida dos componentes que irá se esvair, ainda que o relogio esteja sem funcionar, qdo em hack)......mas o que se pretende mesmo é preservar a maquina do relogio.

Qual a sua opinião em relação aos quartz neste sentido, Adriano?

Obrigado,
CHRIS
No need of swiss 2 B a WIS!

Leandro

Adriano,

Obrigado pela orientação.

Um abraço,
Leandro

automatic

Citação de: Chris Galbraith online 06 Novembro 2010 às 15:10:51
Amigo Adriano, permita-me ampliar um pouco o campo de ação da pergunta do colega que iniciou o tópico para os relogios quartz....

A velha 'técnica' de puxar a coroa no segundo estagio e deixa-lo em modo 'hack' para economizar a bateria realmente funciona?


Chris,
Apesar da questão ser para o Adriano... vou responder pela minha experiência.

É uma perda de tempo deixar a coroa puxada !

O preço de uma bateria é uma merreca, visto que com a coroa puxada estará deixando entrar ar e consequentemente pode proliferar fungos no mostrador do relógio.

Meu pai deixou um Omega Costellation quartz assim e acabou com o mostrador.


solano

 Amigo

Se o relógio é a prova dágua não há problerma com a coroa puxada ! Os fabricantes recomendam isso para longos períodos de inatividade... 8)

Abs,
" Otempo é a insônia da eternidade "  Poeta Mário Quintana

Adriano

A carga mecanica em um relogio a quartzo é irrisória, por isso a questao do desgate nao é importante. E no mais concordo que a economia de bateria, economicamente falando ela é ridícula.

Eu particularmente só vejo desvantagens em manter o relogio com coroa puxada. Pois corre-se o grande risco de nao perceber quando a bateria acabar, e ela simplesmente vazar. Aí a economia de, digamos, 10, 20, 30 reais vira um prejú que pode chegar nos 1000 reais, para um calendario perpetuo, termocompensado, por exemplo.

Entendo que a conta da bateria, para quem tem muitos quartz pode ser alta, mas num geral, para quem tem um ou dois quartz e estiver precisando economizar uns 20 reais por cada 3 anos, deve repensar sobre usar relogios.

E tambem entendo que há outra questão: de ter que abrir um relogio de alta resistencia a cada poucos anos. Porem nao posso deixar de recomendar que isso seja feito por uma oficina autorizada ou competente, e pode ser na verdade (alias, é o certo) a hora de reverificar as vedações e certificar-se de que seu querido relógio esta estanque e pronto para a agua.

Abraços!

Adriano

Chris Galbraith

Citação de: Adriano online 07 Novembro 2010 às 08:38:34

A carga mecanica em um relogio a quartzo é irrisória, por isso a questao do desgate nao é importante.


Era tudo o que eu queria saber, e este foi o motivo da minha pergunta. Valeu, Adriano!  ;) O qto se gasta na troca de uma bateria realmente não é preocupação pra mim, mas tão somente a questão do desgaste do mecanismo.

Se bem que, há relogios quartz e Relogios quartz. ;) O custo de troca de bateria (incluindo vedações) num modelo convencional não se aplica a outros modelos mais sofisticados, ainda mais em se tratando de diver's profissionais, pois somente o jogo de juntas de vedação pode sair uma fortuna, além do fator dificuldade em sua aquisição, como em alguns modelos japoneses da Seiko. Logo, a preocupação consumo/custo-benefício/economia passa a ser genuína.  ;)
No need of swiss 2 B a WIS!

Adriano

Citação de: Chris Galbraith online 08 Novembro 2010 às 12:24:33

Se bem que, há relogios quartz e Relogios quartz. ;) O custo de troca de bateria (incluindo vedações) num modelo convencional não se aplica a outros modelos mais sofisticados, ainda mais em se tratando de diver's profissionais, pois somente o jogo de juntas de vedação pode sair uma fortuna, além do fator dificuldade em sua aquisição, como em alguns modelos japoneses da Seiko. Logo, a preocupação consumo/custo-benefício/economia passa a ser genuína.  ;)

Sem dúvida! Não é simples do ponto de vista técnico nem barato se trocar a bateria de um Tuna quartzo, por exemplo. Por outro lado, não significa que as juntas terão que ser trocadas obrigatoriamente a cada troca de bateria. Vai depender do uso que teve, e de diversos outros fatores.

Agora, o que penso no fundo, é que esse é um argumento que vai totalmente contra qualquer quartzo: o abre-e-fecha para troca de bateria. Num mecânico, a necessidade é bem menor. Mesmo seguindo uma frequência de 5 em 5 anos para revisão, coisa que ninguém faz (revisa de 10 em 10 e olhe lá), a coisa vai bem mais longe.

Porém não esqueçamos: se for usar mesmo na água, pode ser quartzo, pode ser mecânico, ou o que fôr, as vedações tem que ser verificadas todo ano. Se fôr preciso, trocadas. Pode-se trocar vedações mesmo sem estar precisando trocar bateria. Se o relógio for de mergulho e for usado para tal finalidade, acaba sendo assim.

O que penso no final é que, para relógios digamos "complicados" como um Tuna, já acho mais justificável deixar a coroa puxada para se extender o "abre-e-fecha". Mas isso é a exceção da exceção e se isso for feito, deve ser feito com muito critério e controle para que não se esqueça ele lá, a bateria se esgote sem você saber, e ela vazar. Se isso for feito, recomendo que se faça uma tabela de controle com a data da troca de bateria, e que se deixe o relógio funcionar por uns dias a cada uns 3 meses, pois pode-se verificar a condição da bateria e evitar que ela vaze.

Mas ainda assim acho que o ganho não é significativo. Eu particularmente prefiro deixar funcionando e arcar com os custos da futura troca de bateria, ou simplesmente declino a comprar desse tipo de relógio.

Abraços!

Adriano

Cigano

Citação de: Chris Galbraith online 08 Novembro 2010 às 12:24:33
Se bem que, há relogios quartz e Relogios quartz. ;) O custo de troca de bateria (incluindo vedações) num modelo convencional não se aplica a outros modelos mais sofisticados, ainda mais em se tratando de diver's profissionais, pois somente o jogo de juntas de vedação pode sair uma fortuna, além do fator dificuldade em sua aquisição, como em alguns modelos japoneses da Seiko. Logo, a preocupação consumo/custo-benefício/economia passa a ser genuína.  ;)

Lembrei de algo parecido relatado pelo caro Fábio (O Cara), quando ele fui orçar em uma autorizada revisão do seu TAG á quartz, os valores ficaram meio salgados, quase 60% do valor pago pelo relógio.

Fábio me corrija se eu estiver equivocado!!

Tempos atráz, vi um anuncio de um Rolex Datejust no ML, acho que era calibre 1570, perguntei há ele qual a média de valores para uma revisão para o modelo, ele falou que uma revisão com garantia de 1 ano, ficava em torno de R$ 1000,00 !!

Pensei comigo, nossa está longe de eu ter e manter um Rolex !! ;D ;D

Abraços,
Cigano!

edumaroja

Caro Cigano,

Os valores de revisão de Rolex, só pelo fato da marca sempre são salgados. Eu tenho um Datejust Junior de 1980 e paguei R$ 450,00 na última revisão em um relojoeiro renomado de Brasília - ao menos ele é recomendado por vários colecionadores de vintages daqui.

Tenho 4 Tags quartz e troco as baterias nesse mesmo relojoeiro. Apesar que agora vou passar a trocar em outro pelo fato dele não ter o equipamento para o teste de vedação.

A revisão da data (estava travando) e troca de bateria de um Tag 2000 chrono ele me cobrou R$ 150,00.

Na H Stern já quiseram me cobrar R$ 1000,00 na troca de bateria de um Tag sport elegance. Absurdo.

Abraços

Eduardo

Citação de: Cigano online 08 Novembro 2010 às 16:18:07

Lembrei de algo parecido relatado pelo caro Fábio (O Cara), quando ele fui orçar em uma autorizada revisão do seu TAG á quartz, os valores ficaram meio salgados, quase 60% do valor pago pelo relógio.

Fábio me corrija se eu estiver equivocado!!

Tempos atráz, vi um anuncio de um Rolex Datejust no ML, acho que era calibre 1570, perguntei há ele qual a média de valores para uma revisão para o modelo, ele falou que uma revisão com garantia de 1 ano, ficava em torno de R$ 1000,00 !!

Pensei comigo, nossa está longe de eu ter e manter um Rolex !! ;D ;D



O Cara

Cigano, a H.Stern me cobrou o dobro do valor de mercado do relógio por uma revisão.
Fiz a revisão em outro relojoeiro e não me arrependo, é o relógio que mais uso.

Baterias eu prefiro trocar em casa mesmo, e vez ou outra levar num relojoeiro para conferir vedação.
Um abraço
Fábio