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Deu no Purists o novo Montblanc que marca milésimo

Iniciado por admin, 30 Agosto 2012 às 22:01:34

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flávio

E marca mesmo!  :o
Mais uma vez os caras da Montblanc fazem algo nunca feito. Mas...Sei lá, se tivessem feito um mostrador não aparente (quem sabe no futuro?) ou menos bagunçado, teria ficado melhor.
Os vídeos falam mais do que palavras que, diga-se, não li...Ainda não parei para compreender como funciona o mecanismo, vou fazer outras coisas...

http://montblanc.watchprosite.com/show-forumpost/fi-1006/pi-5463203/ti-810983/s-0/


Flávio

ThiagoDF

Simplesmente impressionante! :o

Muito legal o video que mostra como se faz a leitura!

Valeu Flávio por nos trazer sempre essas novidades do mundo da horologia. ;)
Membro do RedBarBrazil

automatic

Vale como obra de engenharia, mas não é bonito e é useless...

Adriano

É simples na verdade. Ele faz o mesmo que o Zenith El Primero Striking 10th, mas sobre um escapamento de 360.000 a/h. Ou seja, ele divide a frequência em 10 partes e multiplica o giro por 10, desse modo permite que a precisão de 1/100, possível com as 360.000 a/h,vire 1/1000 de segundo. Eles negam, mas é um foudroyante sobre um escapamento de altíssima frequência.

Abraços!

Adriano

jfestrelabr

Bacana porem não entendo o pra que de tudo isso hehehhe, quem nos dias de hoje iria usar um relogio mecânico para medir milesimos de segundo hehehehe.
Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.

Mario_Fpolis

Ué, Estrela, quem é que usa relógio que pára, precisa de revisão e é menos preciso que um celular?

Adriano, Ok, mas... Um mecanismo que gira 10 vezes mais rápido representa um tremendo feito de engenharia, concordas?

Balanceamento tem de ser muito mas muito mais preciso, os mancais devem ser específicos pra função, até óleos imagino que devam ser especiais.

Minha opinião, apenas.

E acho que a Montblanc tá provando a cada feito que veio pra ficar, e penso que passou pra trás muita gente deitada em berço esplêndido, e há tempos.
Amplexos do Mário

Correia

Está muito bem!

A Tag Heuer não tinha já um crono com essas 360.000 alt/h?

Mais rápido que o Bolt... :P

Abs,
Correia
Convém evitar 3 acidentes geométricos nesta vida : círculos viciosos, triângulos amorosos e bestas quadradas.

Adriano

Citação de: Mario_Fpolis online 31 Agosto 2012 às 10:12:11

Adriano, Ok, mas... Um mecanismo que gira 10 vezes mais rápido representa um tremendo feito de engenharia, concordas?


Sim sim! Aliás, eu nem disse que não era! Apenas disse que é simples. E é mesmo, conceitualmente.

Eu escrevi a matéria de capa da última Universo Relógio, a revista para IPad. A matéria é sobre o TAG Mikrogirder e lá abordo brevemente a evolução dos escapamento de alta frequência. E que chegou a níveis em que o buraco era mais embaixo do que no escapamento convencional. Recomendo a leitura. E como a revista é gratuita e o autor sou eu, posso replicar aqui o texto:

"A TAG Heuer chama o Mikrogirder de "a reinvenção do regulador mecânico". Em 2005, a TAG apresentou o Calibre 360, um cronógrafo capaz de registrar 1/100 (um centésimo) de segundo, graças ao seu escapamento de 50 Hz. O Calibre 36 era um mecanismo dotado de corda e escapamentos separados, sendo um conjunto para mostrar as horas, de freqüência usual, e outro exclusivo para o cronógrafo, que era de alta freqüência. Enquanto um mecanismo convencional funciona em média entre 2,5 Hz a 5 Hz, equivalentes a 18.000 a 36.000 alternâncias (ciclos de "tics" e "tacs") por hora, o Calibre 360 era capaz de 360.000 alternâncias por hora. A conta é simples: um ciclo, ou seja, 1 Hz, é composto por duas alternâncias (um "tic" e um "tac"), logo, por exemplo, um escapamento de 4 Hz, ou em outras palavras, quatro ciclos por segundo, equivale a oito alternâncias (ou oscilações) por segundo ou 28.800 alternâncias por hora (uma hora = 3.600 segundos).

O Calibre 360 é considerado um cronógrafo modular, ou seja, trata-se de um módulo de cronógrafo acoplado a um mecanismo de base, convencional, ou seja, dois mecanismos juntos. Em janeiro de 2011, a TAG apresentou o Carrera Mikrograph, capaz de registrar os mesmos 1/100 de segundo que o Calibre 360, e também funcionando a 50 Hz. Aliás, o Mikrograph homenageia um cronógrafo de bolso, ou "stopwatch" da própria Heuer, também chamado de Mikrograph lançado em 1916. Por sinal, o primeiro "stopwatch" capaz de registrar 1/100 de segundo, o que rendeu à Heuer o título de cronometrista oficial dos Jogos Olímpicos já em 1920. A diferença entre o Calibre 360 de 2005 e o Mikrograph de 2011 está no fato deste último ser um cronógrafo integrado, ou seja, projetado do zero como um cronógrafo, como uma máquina única, e não um módulo acoplado. Tanto um como o outro foram os primeiros relógios desse tipo, ou seja, cronógrafos mecânicos de pulso capazes de registrar tal precisão.

Em março de 2011, a TAG mostrou o Mikrotimer Flying 1000, capaz de registrar incrível 1/1.000 (um milésimo) de segundo. Com freqüência de 500 Hz, ou 3.600.000 alternâncias por hora, seu ponteiro central de segundos dá dez voltas completas em um segundo. Enquanto seus antecessores possuíam escapamentos relativamente convencionais, o Mikrotimer possuía algumas diferenças técnicas, ainda que não conceituais, que permitiram à TAG conseguir tal freqüência. O escapamento convencional se utiliza do conjunto balanço e espiral como órgão regulador, ou seja, como elemento marcador do tempo. Como? O balanço realiza um movimento oscilatório, um vai e vem, que libera o escapamento a cada movimento. A velocidade desse vai e vem é controlada por uma mola em forma de espiral, chamada simplesmente de espiral. Todo relógio mecânico é assim. Trata-se de uma tecnologia de quase 350 anos de idade. Porém, a velocidade dessa oscilação tem limite. Quanto mais alta a velocidade, mais "dura" tem que ser a mola e mais "leve" tem que ser o balanço. E, como pode-se imaginar, há o limite da física para esse sistema. No Mikrotimer, a espiral é extremamente curta e rígida e o balanço praticamente não existe: o oscilador é praticamente um eixo sozinho com uma espiral muito curta e rígida.

Percebeu-se que o sistema atingiu seu limite de desempenho: não era possível ultrapassar a barreira dos 500 Hz com um oscilador convencional de balanço com espiral. Mas os 500 Hz aparentemente não é o suficiente para o departamento de desenvolvimento e pesquisa da TAG Heuer. Para quem saltou dos 50 para os 500 Hz em sete anos, por que não buscar os 1.000 Hz? Isso necessitou que todo o sistema do oscilador fosse pensado do zero. A solução? Uma espécie de lâmina ou haste, capaz de vibrar à essa incrível freqüência, equivalente a nada mais nada menos 7.200.000 alternâncias por hora, e que permite registrar 1/2.000 (meio milésimo) de segundo ou 5/10.000 de segundo. Lembrando: caso você esteja usando um relógio mecânico neste exato instante, provavelmente ele funciona a algo como 4 Hz, no máximo 5 Hz...

Conceitualmente, a grande diferença está no uso de um oscilador linear: uma haste diânâmica. A haste é capaz de se entortar num ângulo bem pequeno para cada lado e manter uma movimento oscilatório isócrono, ou seja, com uma tempo de oscilação estável, mesmo se a amplitude da vibração variar. Esse sistema é imune às interferências clássicas que atacam o sistema tradicional de balanço com espiral, como a ação da gravidade, aceleração e outras físicas relacionadas à massa, além de uma necessidade de energia mecânica bem menor que a que necessita o balanço com espiral. É simples entender seu conceito: funciona como quando pegamos uma régua de desenho, flexível, prendemos uma ponta na beirada de uma mesa e entortamos a ponta livre para fazer a régua vibrar. É exatamente isso que faz a haste do Mikrogirder Concept.

Sim, o Mikrogirder ainda é um conceito, mas que não deve demorar a se tornar um exemplar de produção, como já se tornaram os Mikrograph e Mikrotimer. O Mikrogirder possui um desenho  que remete à forma dos "stopwatches", com sua coroa na posição de 12 horas, entre os botões de acionamento e zeramento do cronógrafo. Sua caixa em aço revestida com carbeto de titânio negro mede 45mm de diâmetro e é resistente a 50 metros de profundidade. Seu mostrador antracita possui uma faixa externa prateada com a escala de 5/10.000 de segundo, para o ponteiro central em aço azulado, que dá 20 voltas por segundo. Existe ainda o registrador de centésimos de segundo na posição de 3 horas e o segundeiro do cronógrafo na posição de 12 horas. Uma abertura no mostrador permite visualizar a haste vibratória em funcionamento. Os ponteiros de hora e minuto são prateados e possuem material luminescente, enquanto os dos submostradores são em ouro rosa. A pulseira é em couro de aligátor antracita.

O mecanismo do Mikrogirder é de corda automática, possui 339 componentes, 46 rubis e mede 35,8mm de diâmetro por 7,96mm de altura. O relógio convencional possui freqüência de 4 Hz ou 28.800 alternâncias por hora, e usa um escapamento convencional, permitindo 42 horas de reserva de marcha, enquanto o cronógrafo usa o escapamento de haste com 1.000 Hz ou 7,2 milhões de alterâncias por hora, com reserva de marcha de 3 minutos.

Não há previsão ainda de lançamento de uma versão comercial do Mikrogirder. Até lá, permanecemos "devagar e sempre" com nossos companheiros de 3 ou 4 Hz.
"


Abraços!

Adriano

Mario_Fpolis

Amplexos do Mário

flávio

E para ilustrar o que o Adriano postou, vou além, pois saiu agora no Hondikee os Microturbilhões da Heuer. Sim, dois, um deles girando a trocentas voltas por minuto! :o

http://www.hodinkee.com/hands-on-with-the-tag-heuer-mikrotourbillons-live-pics-video


Flávio