A Minerva, antes da Montblanc adquiri-la, vinha mal das pernas há anos. Num prédio enorme onde caberiam, talvez, umas 60 pessoas trabalhando, havia 7, salvo engano.
Eu tenho minhas dúvidas se a Montblanc aproveitou o "expertise" da Minerva. Na verdade, compraram-na apenas para dar "legitimidade" ao que pretendiam fazer, uma fábrica de relógios de alto nível, e ponto final.
Como já disse aqui, acho os relógios Montblanc Minerva belíssimos! Vou além: não possuem preços extorsivos pelo que oferecem e são muito, mas muito legais, incomuns e ao mesmo tempo clássico.
Mas, como o Adriano ressaltou, o nome MONTBLANC me remete a canetas, não relógios. É claro que com um nome desses e uma rede de vendas enorme, deram a volta por cima. Mas o nome, pelo menos para mim, tem significado.
Como já disse aqui, houve uma época que competi no ciclismo e pela Gary Fisher, a empresa que "criou" o Mountain Bike (o cara que criou). As bikes da Fisher, mesmo quando já feitas pela Trek (a partir de 1994), tinham uma singularidade tremenda. Eram Fishers porra, uma instituição dentro do ciclismo! Para terem uma noção, atualmente ainda uso uma Fisher 2006, em estado de zero, pois sou cuidadoso. Pessoas já me pararam na rua para conversar sobre a bike, que não tem nada demais, é uma Fisher, apenas isso. Vocês acham que isso aconteceria com uma Specialized? Não... Não aconteceria.
Então, em 2010 a Trek decidiu acabar com a marca Fisher e englobá-la na linha deles. Hoje, você pega uma Trek, escrito Trek no quadro (e com aquele estilo Trek de ser, entenda-se, sisudo) e há um pequeno adesivo: Gary Fisher Collection. No fundo, a bike é a mesma de antes mas... Mas não é. Eu não compraria só por isso.
Com a Montblanc é a mesma coisa. Se a Montblanc tivesse mantido o nome MINERVA como principal e, sei lá, até mesmo colocado um by Montblanc, até encararia. Mas Montblanc, minerva collection, passo. Meu santo não bate com isso e Freud talvez explique.
Flávio