Relógios públicos...
Ah! Os "pobres" relógios...
"São velharias, que só dão trabalho..." Pensam...
E, no geral, pode ser ainda pior. Creiam...
Os objetos e produtos tecnológicos, além da famigerada "obsolescência programada", dita na linguagem "bonitinha" dos fabricantes que só querem mesmo é vender outra vez...
Mas há um outro problema, mais grave,
o próprio comprador, que no fundo não compra a função, ou o trabalho a ser executado pelo item, mas sim a oportunidade de
ostentar o novo, o último lançamento.
E esta "ciranda-cirandinha" gira, por vezes, em poucos meses.
Dia destes, eu ouvi algo assim, num papo entre duas moças, provavelmente estudantes...
- Eu vou comprar outro, não tô sabendo usar este, ou tem algo errado com ele...
- Mas este seu celular não é novo?
- É, Ele tem dois meses...
- E não tem garantia, ele custa caro...
- Tem... Mas é
mais fácil comprar logo outro, já saiu um modelo novo...
Quanto aos imóveis e demais patrimônios públicos, não se trata nem do,...
...quebrou, envelheceu, é mais para
deixar quebrar, cair aos pedaços, para fazer um novo.
Os nossos políticos e empreiteiras adoram isto.
Uma coisa que eu venho observando...
As pontes estaiadas são bonitas, quase monumentos esculturais, além de mais rápidas e baratas para projetar e construir,...
...uma beleza para inaugurar...
Elas estão pululando por aí, várias, eu disse várias, em cada cidade.
Tentem visualizar as das suas, as feitas nos últimos cinco-dez anos.
Manutenção? Zero. E não há planos para isso.
Dentro em breve, vai ser um "Deus-nos-acuda", com todas elas prontas para "cair", mais ou menos ao mesmo tempo.
Um exemplo? Vejam aquela lá do lago, em Brasília, belíssima, e que já está com
"restrições" de tráfego.
O que por si já é um absurdo.
Aí... Quando tudo estiver "no bico do corvo"...
Sai de baixo.
Ou, certamente o pior,
sairá é dos nossos (sempre contribuintes) bolsos, naquele regime de emergência de que eles, os citados aí acima, tanto gostam.
E nós, silenciosamente, permitimos.
Alberto