Eu penso que isso é um passo enorme à frente quando o assunto é restauração. Agora, tem que se ter em mente exatamente isso: é uma restauração, não é original. O que me leva a entender que uma caixa originalmente em bom estado valha mais que uma restaurada, e dependendo do estado da original, a restaurada valha mais.
Me preocupa duas coisas e uma já foi levantada pelo Piccinin: qual a liga desse preenchimento? Depois de imediatamente polido, desaparece, mas e depois de um tempo? E se submetido à água salgada, por exemplo? E como fica no caso específico da Rolex, que o aço é o tal 904 e não 316?
E a segunda preocupação é justamente o fato de não ficar identificável. O colega DW também levantou essa lebre: de que deve-se informar um futuro comprador sobre isso. Mas o fato é que, na minha visão, a mentira é sempre a maioria no mundo dos relógios. Na hora de vender o relógio e ganhar uns trocos a mais, vale tudo.
Outra coisa, esse é um equipamento relativamente caro. Esse serviço não é barato. Num país como o nosso, acho pouco viável o investimento num equipamento desse apenas para essa finalidade. E o trabalho não é apenas esse, mas como falou o DW também, todo o polimento, e com um lapidário (lapping machine). Senão isso é besteira. E se vejo gente que acha que um "simples polimento" é caro, certamente vai achar um serviço desse mais caro ainda. Especialmente porque esse é um serviço mais voltado para vintages e aí, entra o eterno conflito entre o preço do reparo e o valor do relógio.
Fazer isso num Paul Newman, é certo que sempre compensará. Mas e fazer isso num Omeguinha 30T2? Será que tem gente disposta por aí a pagar, sei lá, 5x, 10x o preço do relógio nesse serviço? Acho difícil.
Abraços!
Adriano