Hummm... eu acho difícil responder pois depende de diversos pontos de vista. Mesmo considerando-se ser "em série", pergunto, o que é ser fabricando em série, para um relógio? É o volume de produção ou o método de produção, que importa? Ou o "ritmo" de produção. Pois você pode fazer 20 relógios totalmente à mão (tipo um Phillipe Dufour), ao longo de 10 anos, ou 5, limitados, de uma só vez, cuja única parte manual é a montagem (bem comum hoje em dia). O que determina se um ou se outro, ou se nenhum dos dois, é feito em série?
E mesmo uma vez determinado o que é "fabricação em série", vale colocar novos e vintages no mesmo saco? Pois no caso de vintages, o preço pode ter sido multiplicado por 100 se comparado com o preço de quando era novo, e aí, quem determina o preço é a especulação. Será que vale? Exemplo do preço comparativo entre um Daytona zero, na loja, e um Paul Newman. Vale levar em consideração o preço do Paul Newman, que é um relógio (como relógio, tecnicamente), muito inferior ao novo, mas que alcança preços altíssimos por motivos subjetivos? Pois se a subjetividade for levada em conta, não há limite. Um relógio pode, desse modo, custar quanto dinheiro existir no planeta, desde que alguém pague.
Outro exemplo está no link apresentado: faz qualquer sentido, senão o subjetivo, que o PP 1594 custa metade do Calibre 89?
E quando há pedras preciosas envolvidas? Pois pode-se fazer um relógio com uma Miyota quartz descartável e encher ele de pedras preciosas.
Eu acho que um bom parâmetro sem muitos aspectos subjetivos (ou com valores menos subjetivos) é pegarmos qual o relógio mais caro DE AÇO (ou seja, sem metais preciosos na caixa e bracelete), novo, na loja, produzido numa quantidade maior do que 200 ou 500 unidades por ano, sem quantidade limitada, o que creio ser uma quantidade difícil de se contestar que seja "de série". E repito a dúvida inicial: eu por exemplo não sei qual a definição exata de "em série". Honestamente.
Abraços!
Adriano