conflitos em redes de comunicação não são rins, são bons, eles permitem aflorar identidades, mesmo nas falas aparentemente mais agressivas.
lembremos que os textos não carregam as expressões faciais nem o tom da voz, por mais que usemos de outros recursos gráficos - eu mesmo escrevo só em minúsculas pra dar a impressão de estar falando em voz baixa.
mas é fato uma coisa: sim, temos uma violência grande no brasil e sim, ela decorre não da pobreza mas da concentração de renda. isso é fato, podem esbravejar contra, mas é fato. não somos a holanda não vivemos em amsterdam, para o bem e para o mal: se em amsterdam ninguém lhe aponta uma arma pra roubar um rolex, também não há quem lhe lave as cuecas.
eu admiro rolex. babo neles. já tive dois, rifei. teria de novo? sim, mas morando em outro lugar, ou outro rincão do brasil ou mesmo fora. aqui de fato não sabemos onde estão nos olhando. há cerca de 2 anos, dentro de uma faculdade onde trabalho, repentinamente um aluno puxa o meu braço pra ver o relógio, e solta: "ah, é um seiko!". sim, era um skx007. e sim, tempos depois ele saiu da faculdade, e soube que está preso.
é óbvio que quem tá comprando essas sucatas tá tendo prazer em fazê-lo, e obviamente não mora em sp ou no rj. mora me locais onde obviamente há mais segurança. e claro, é colecionador, o deslumbrado, ou sei lá. é alguém que tem possibilidade de fazer essa compra.
cada um sabe das suas prioridades. mas, sinceramente, eu não me importo muito com quem torra uma grana num patek philippe e anda de carro popular. é menos alvo do que quem gasta uma graninha maior pra ter um carro melhor. tem alvo maior que rolex, é jipão.
mas se neguim usa ferrari pra ir no walmart, o problema passa a ser dele:
particularmente, só me afeta a poluição dos carros alheios. e me afeta a saúde sim, hoje tô escrevendo mas respirando muito mal.