Bem colocado, Flávio. Porém, este tipo de atitude manchará todos os próximos lançamentos in-house da Bremont, mesmo que eles desenvolvam tudo do zero. E tem o fato de querer afirmar que produzem fora da Suíça, e hoje na Inglaterra quem produz movimentos próprios? Até onde eu sei só o Roger W. Smith em escala mínima. Ou seja, queriam mostrar uma força do produto puramente inglês, e não é bem assim.
Que a Bremont não tem tanta expressão, isso é certo, mas compare com o que fez a Ch. Ward, outra marca de origem inglesa e menor expressão que recentemente apresentou seu 'in-house' eles deixaram muito bem esclarecido que o calibre exclusivo não foi inteiramente feito por eles, mas sim uma parceria com a Synergies Horlogères, que é suíça.
A Bremont, se tivesse feito o mesmo teria evitado uma má-reputação que, entre os mais aficcionados, vai ser difícil de digerir.
Claro que para um público generalizado o impacto possa ser menor, mas pense num comprador mais leigo, que resolve entrar no fórum (aqui ou qualquer outro) perguntando se vale a pena comprar um Bremont que ele achou bonito... Irão chover de comentários sobre este imbróglio e talvez o comprador até desista, mesmo sem ter nenhum conhecimento técnico mais aprofundado e pelo fato da marca não ser muito conhecida e etc...
Se alguém chegar agora e postar dizendo que quer comprar um TAG com calibre 1887... Mesmo sendo uma marca pra lá de tradicional, aparecerão comentários sobre o enrolo com o projeto da Seiko... Por ser uma marca conhecida e tradicional o peso é diferente e talvez o comprador até resolva comprar o relógio sem se importar muito com este aspecto, pois a marca é mais famosa.
Enfim, um enrolo que parece ter acontecido movido por uma certa vaidade de querer ser mais do que realmente é... E que agora, vai pesar para eles chegarem onde queriam.
Abs!
Márcio