schütz, não só a automatização. haverá sim uma restrição grande de uso. é o que o urbanismo tem feito ao redor do mundo.
de um lado, os carros virão cada vez mais com redutores de velocidade, que só poderão ser desligados em situações especiais. de outro, as próprias vias não permitirão que haja vantagem no deslocamento por carro, o que naturalmente fará com que uma parcela da população abandone esse modal, ou restrinja muito seu uso.
de um lado o maior adensamento das cidades torna o deslocamento a pé ou por meios não motorizados - note que não falo apenas de bicicleta, mas de skate e patinete também - muito mais vantajoso do que em carro ou mesmo ônibus e metrô. de outro o custo cada vez maior no uso do carro, com o desaparecimento das vagas de estacionamento gratuitas, o estreitamento das vias e etc.
e claro, a percepção que não há espaço pra todo mundo ter carro.
a molecada vai deixar de sonhar sim com o carro. é visível já, começou já há uns 20 anos, quando alguém ganhava um carro ao entrar na faculdade e ao terminá-la, vendia e ia viajar pela europa com o dinheiro. vi muito disso.
mais especificamente pra nós, eu gostaria um dia de acessar dados acerca de roubos de rolex e etc. gostaria um dia de ter dados da situação em que aconteceram esses roubos, qual a prevalência de situações em que o roubo ocorreu: assaltos quando a vítima caminhava, quando ela se deslocava em que tipo de modal (por modal: carro, moto, lancha, sei lá) .
tenho a intuição que a prevalência é de roubo em veículo, em carro, pois a vítima já tá lá imobilizada pelo trânsito e pelo cinto de segurança.
bom, uma coisa que o peñalosa, o incensado prefeito de bogotá acertou - embora não tenha mirado, foi um efeito colateral não imaginado antes - foi que a democratização dos transportes em bogotá diminuiu a criminalidade.
o porquê cabe aos sociólogos explicar. mas é fato, e se observa em outros locais. ou seja, é tendência sim para o futuro.