Vacheron inaugura boutique no Brasil

Deu na Watchtime

http://www.watchtimebrasil.com.br/noticias/vacheron-constantin-abre-primeira-loja-da-america-latina-em-sao-paulo-80847/

Porém, o intuito do tópico é discutir aspectos mais amplos, o mercado.

As fábricas, como já discutimos alhures, retomaram operações e estão apostando no mercado emergente e, para dizer a verdade, girando operações claramente deficitárias por aqui, naquela estratégia global de "diluição de lucros e prejuízos".

Dito isso, pergunto: essa boutique da Vacheron tem razão de existir no Brasil, olhando apenas como $$$$$$$?

A impressão que tenho é que a marca pretende girar uma operação completamente deficitária no país, mas para fazer propaganda dos seus produtos, pensando muito, mas muito no futuro.

Há alguns dias foi discutida a operação da BMW no Brasil. Imaginemos, porém, que a BMW se recusasse a vender suas linhas mais baixas e só optasse pelas série 7, cujos preços partem de uns 400 mil reais. O baixo volume de vendas compensaria a operação?

Pois a Vacheron é assim... Vacheron não é Rolex, que tem relógios de 20 mil e divide de 10 vezes. Vacheron custa a partir de 20 mil...Dólares, e lá! Eu vi o preço do Overseas crono na boutique e caí para trás, 67 mil Dilmas (em aço).

O que acham?


Flávio

Penso como vc sobre o intuito ser mais divulgação do que rentabilidade, mas o Brasil é um país com o mercado de alto luxo meio psicodélico!

Durante alguns anos o maior vendedor Pagani do planeta, assim como de helicopteros, Chanel vendendo na parcela entre outros...

Vai saber!

Como já bem colocado a Vacheron não é Rolex e consegue se sustentar com volumes (bem) mais baixos porquanto é em altissimo valor agregado de suas peças.

Eles não estão entrando as cegas por aqui, pra montar "o lojinha" houve por certo prospecção das possibilidades e sustentabilidade do negócio.

Ainda, Vacheron da "statis"  , claro que vai girar.

Lucius

Sim. Eu também creio que o objetivo seja fazer uma espécie de propaganda, pagando (com o custo da operação) para tal.
Até aí eu não vejo problema algum, pois eles certamente estão considerando como investimento.


Mas, há algo que eu não sei avaliar, e eu não faço a mínima ideia.

- Quanto, de fato, custa isto para a marca, e eu falo de custos mesmo, da papelada para registro no Brasil, dos custos de estoques (importações temporárias?) qualificações técnicas (manter profissionais de nível adequado no Brasil), etc.

- Com que "horizonte" eles estariam trabalhando?  Se a coisa não caminhar (no tempo) como planejaram eles "sairiam" do nosso mercado numa boa?

E se saírem, isto poderia causar algum dano à imagem da marca?
Bem, quanto a esta última pergunta, ou conjectura, eu tenho um palpite...
Eu acredito que não, que os consumidores da marca tenderiam a imputar o "problema" à falta de condições do nosso mercado e não à marca.

Alberto


PS: (meio off-topic)
Ah!
Sem querer trazer a discussão do outro tópico para cá, apenas para ilustrar um pensamento.
Eu vejo o caso da BMW de forma muito diferente. Afinal, produtos (de entrada, ou não) à parte, eles estão montando uma fábrica, para montagem de seus veículos.
O que qualifica a operação de forma muito diferente.


E um pensamento, no sentido de tentar contribuir com o que aqui já foi dito.
Usando o nosso jargão, não há tantos fabricantes de carros com produtos "in house", a esmagadora maioria é montadora. Mesmo com componentes provenientes de outras unidades do grupo, não é?.

Os BMW que estão sendo montados aqui em Santa Catarina, portanto não são exceção sob este aspecto.

Que grau de integração local (sub fornecedores, etc) estes veículos terão no futuro, eu creio que haverá, mas lenta, e no mínimo gradual.
A minha nora, engenheira, veio (voltou - pois ela é de Joinville) da Ford de Camaçari e já está atualmente trabalhando em uma empresa local (na própria Joinville) que está desenvolvendo componentes fabricados aqui para as futuras etapas dos BMW.
Mas o controle disso tudo é dos alemães.

Essas empresas gigantes fazem esse tipo de "propaganda" mesmo!

Uma vez assistindo a um programa com um cara chamado Ozwald Boateng - faz ternos - procurando o primeiro ponto comercial para divulgar sua marca nos EUA - NY e o cara ficou assustado. Alugueis  na 5ª Avenida chegando a U$1,000,000 (mensal)!!!

A explicacão do corretor é que as empresas que não tinham lojas na 5ª Av e em Paris (não sei escrever o nome da rua! Rs) não eram nada, então "tomavam esse prejú" nessa filial e as outras dariam grana... Rs

Sim, é simples assim. O brasileiro vê na vitrine daqui e compra na loja de Miami, NY, Paris, Roma, Londres. A marca lucra do mesmo jeito. Essa é a idéia.

Abraços!

Adriano

Top o topico, muito bom para nos um boutique da VC.

Ps:. Agora porque tudo termina em ROLEXROLEXROLEXROLEXROLEXROLEXROLEXG124256787ROLEXROLEXROLEXROLEXROLEXROLEXROLEXROLEX?

Eu estou começando a acreditar que quem acabou com a harmonia no paraiso foi a ROLEX e não a serpente kkkkk!

Na verdade a Rolex era a maça

O brasileiro nao tem o costume de gastar dinheiro na compra de relogios e ainda os de primeirissima linha como a VC, mesmo tendo muiiittto dinheiro, nao faz parte da cultura, pois a maioria dos endinheirados preferem ostentar o luxo através de carros importados carissimos que la fora algumas marcas custam no maximo 60.000 dolares e as bestas aqui pagam 400.000 mil pelo mesmo carro entao é o que? eu mesmo tendo todo esse dinheiro jamais gastaria isso, é rasgar dinheiro fora.

é um costume do brasileiro pois muita gente aqui enricou da noite pro dia que sao os chamados "rastaqueras" (quem nao souber o significado pode olhar no dicionario)

A Loja é muita coisa para o Brasil e nao vai render dividendos, será uma forma de fazer propaganda da marca, mas nada alem disso

Muito legal!

Se a Hublot vende relógios no Brasil por esse preço, por que a VC não venderia?
Além disso, vale a propaganda também, sem dúvida.

Lembrando, que temos VC à venda há anos, no shopping Iguatemi em uma joalheria lá que eu não seu qual é...
Mas uma boutique exclusiva no átrio do luxo em SP é algo que faltava para a marca.

Espero que tenham sucesso.

Abs!

quanto sai esse lá fora?

http://instagram.com/p/uOXbHUCFhE/

Muito legal!

Se a Hublot vende relógios no Brasil por esse preço, por que a VC não venderia?

          Mestreaudi, a resposta já está na pergunta : porque aqui é o Brasil.

          Abs.

Citação de: mestreaudi em 18 Outubro 2014 às 09:35:25

Muito legal!

Se a Hublot vende relógios no Brasil por esse preço, por que a VC não venderia?

          Mestreaudi, a resposta já está na pergunta : porque aqui é o Brasil.

          Abs.

porque jogador de futebol nao usa VC rsrsrs..... eu sinceramente acho que estas boutiques todas de marcas de relogio sao um tiro no pé danado, os caras não vão vender nada..... e acho que eles daqui a pouco vão realizar que não vale a pena esta propaganda por aqui. acho que daqui a pouco nego sai fechando tudo, principalmente se esta filha dilma puta continuar no governo.

abraços

tem um outro aspecto corporativo que precisa ser considerado.

fui procurar, por curiosidade, se a Vacheron Constantin era uma empresa "independente" ou parte de um conglomerado e descobri que ela é da Richemont, dona de Cartier, Montblanc, Panerai, IWC e Jaeger-LeCoultre, entre outras marcas.

nesse caso, a abertura da loja é facilitada pela possibilidade de uma outra marca do grupo, de maiores volumes, compensar um eventual prejuízo com a loja brasileira da VC. aí a abertura da loja se justifica pela necessidade de estar presente. nós sabemos que Vacheron Constantin é altíssima relojoaria, do nível de uma Patek Philippe. comparando ao citado mercado de carros, talvez uma Bentley (do grupo VW) ou uma Lamborghini (idem).

aliás, tá aí o Bugatti Veyron para dar o melhor exemplo: o grupo VW perdeu dinheiro em cada unidade vendida desse carro. por que o fizeram? para mostrar quem manda em termos de engenharia, tecnologia e refinamento, dando uma percepção de qualidade a outras marcas do grupo. questão de imagem. o Audi R8 vende poucas unidades, mas quanta gente não foi a uma concessionária da marca e saiu com um A1, A3 ou A4? quantos Explorers e Submariners não foram vendidos para quem se apaixonou por um Daytona bem mais caro?

e você precisa dar as caras para ter recall, como já falaram do Ozwald Boateng. de um jeito ou de outro, a loja da VC no Brasil pode se pagar.

Se o Richemont decidiu abrir uma loja da VC no Brasil, não foi somente por uma aposta de futuro. É sinal de que o presente já é favorável.

Sinal que tem uma parcela expressiva de brasileiros, de cidadãos de países vizinhos e de alguns africanos (que fazem hub aqui) em busca de VCs.

O Richemont vai fazer uma operação que dê uma margem mínima de lucro, durante um período de tempo.

Se essa equação não fechar, levanta acampamento.

Dic

Bom dia!

No shopping Cidade Jardim, esse mesmo em que foi inaugurada a VC, tem uma loja da Cartier e eu já vi jóias na vitrine de R$ 1,5 milhão!!! Acho que os VC não serão tão absurdo assim em um local no qual quem frequenta é a elite mais endinheirada deste país, o conjunto de apartamentos em cima do shopping é o mais valorizado da cidade com unidades chegando a custar R$ 20 milhões, estamos falando de ricos de verdade!!! Acredito que a VC não pensa em vender 100 relógios por mês e sim continuar no seu público seletíssimo vendendo seus relógios agora com muito mais qualidade e exclusividade do que em uma relojoaria "multimarcas" e claro fazendo propaganda da marca como muitos disseram aqui.
Pretensão nossa achar que a VC não calculou tudo o que tinha que calcular para decidir montar uma boutique no Brasil e não ter lucro com isso, não?! 

Abraço!

Se estão ganhando dinheiro, não sei, mas trouxeram um gringo para girar o serviço de personalização, projeto e manutenção para cá. Vejam:


http://www.watchtimebrasil.com.br/especiais/relogio-com-assinatura-pessoal-93891/


Flávio

caraco... e eu me achando bonzão porque tenho uns jlcs edição limitadas...... PQP.

abraços

Top o esquema.

Muito violento o negocio!!!!! TOP mesmo!!!

Grande abraço a todos.