Que show de baboseiras, e aqui, quem fala, é o Adriano que estudou arquitetura e urbanismo.
Nem vou entrar no mérito de que a direção, curadoria e etc., enfim, a gerência do MASP é uma politicagem e "passação de perna" de deixar qualquer órgão da nossa capital federal com inveja. Muita gente quer gerir o museu por status, mas resolver alguma coisa mesmo, ninguém quer. Um monte de gente se estapeou para gerir o museu, mas há anos ele está quase caindo aos pedaços. Tem vazamento, tem infiltração, parece que tem problemas nas esquadrias... Desde quando entrei na faculdade. Estrutura é algo que requer manutenção, e uma ou duas demãos de tinta não é manutenção nenhuma para uma estrutura de concreto daquelas.
Dizer que Lina Bo Bardi concebeu o espaço como interligação entre o museu e a cidade está correto, mas achar que a feirinha não faz parte dessa mediação é uma interpretação pessoal do diretor e na minha opinião uma bela desculpa arquitetônica esfarrapada para questões políticas, principalmente com a "dica" de que vai ter um banco patrocinando coisas ali. Aliás, o mesmo banco que patrocina o uso de bicicletas e coloca um porto de bicicletas na Praça Roosevelt, bem embaixo da placa que diz que ali é proibido o uso de bicicletas de adultos (por ser uma parte reservada para crianças). Ou seja, um patrocinador que é "exemplo" de cidadania e consciência urbana. "Só que não", como diz a nova modinha...
Não tenho a menor dúvida que a feira é a parte mais atrativa do museu depois de seu acervo (e olhe lá, dependendo das exposições), e arrisco dizer que deva ter mais paulistanos (ou pelo menos, um número muito expressivo) que tenham ido pela primeira no MASP por causa da feira do que por causa de qualquer exposição, especialmente jovens.
E a feira é só de domingo. A semana tem outros 6 dias para colocar cinema ao ar livre, Daniela Mercury tocando violão (porra, que espetáculo imperdível deve ter sido esse... o cara fala como se fosse o Paco de Lucia que tivesse tocado lá...)...
E por fim, se a feirinha não faz parte da idéia de Lina Bo Bardi, por que deixaram acontecer há 35 anos? Demoraram 35 anos para perceber que ela não enquadra (segundo "eles") à idéia do museu?
Eu não frequento a feira há anos, por "n" razões (que não tem relação com a feira). Mas creio que é um os espaços mais bem usados da cidade com essa feirinha. É um espaço ideal, não atrapalha nada o fluxo da cidade (ao contrário de quase todos os outros eventos e coisas do gênero na cidade), é uma atração turística, é um espaço cultural, e aposto que a Lina Bo Bardi aprovaria seu uso como tal pois ao contrário do que diz o atual diretor, a feirinha se enquadra perfeitamente na idéia de mediação entre a cidade e o espaço livre do museu.
A feirinha inclusive é o que salva o zoológico no qual a Av. Paulista se tornou nos fins de semana (opinião particular minha).
Abraços!
Adriano