Deu agora no Monochrome
http://monochrome-watches.com/happens-tag-heuer-unemployment-layoffs-repositioning/A título de exemplo, é sempre importante relembrar que, até a década de 70, as grandes competidoras no segmento "médio" eram Rolex, Longines e Omega. E competiam no mesmo patamar, como é notório (para dizer a verdade, até os anos 50 eu acho que a Longines fazia coisas melhores do que as outras duas...). Depois da quebradeira dos anos 70, por acaso Longines e Omega acabaram no mesmo grupo de relojoaria e, por decisão do Hayek, optaram por colocar esta num patamar superior ao daquela. E assim permanece até hoje, para que Longines e Omega não compitam entre si. Não bastasse a faixa de preços diferente, há também o claro foco atual (que acho bacana) da Longines nos modelos de visual "retrô".
A Tag Heuer, pelo que podemos ver no texto do Monochrome, evitou lançar o calibre 80 porque a visão atual do LVMH - cujo departamento de relojoaria agora é comandado por ninguém menos do que Jean Claude Biver - é de posicionamento da Zenith como algo superior. Dentro do LVMH, portanto, a Zenith passaria (como vem acontecendo, desde a saída do Nataf, que Deus o tenha) a ser o equivalente da Omega para o Swatch group, e a Tag Heuer a Longines.
O calibre 1887, que é muito bom, continuará a ser fabricado.
Acredito que muitos que torcem o nariz para a Tag Heuer, comparando-a à Heuer antiga, irão torcer ainda mais.
Eu, por outro lado, vejo com bons olhos a mudança. Assim, a Tag Heuer restringirá seus lançamentos a relógios na faixa de 5 mil euros, algo que ela sempre teve boa aceitação no mercado.
O grande problema que eu via na Tag Heuer era a pulverização de nichos, o que confundia o consumidor, já que havia (há...) relógios de mil a cem mil dólares na linha.
A Tag Heuer irá se concentrar a partir de agora, portanto, naquilo que sabe fazer, relógios de preço "médio", com visual retrô esportivo.
Aguardemos.
Flávio