Eles lembram sim os Aquaterra ou Seikos GS, mas a proposta é justamente serem o "contemporâneo" sem frescuras e com a proposta mais "retrô" que tem caracterizado a marca. Se assim não fosse, não teriam sequer colocado o "Rotor Self Winding" no mostrador, que é um troço anacrônico ao máximo, pior do que o "Superlative Chronometer" da sua irmã rica.
Mas vejam bem, apesar, como já disse o Caninha. Por menos de 2.5 mil dólares você tem acesso não a um relógio "Swiss Made" pela norma, com seus 50% de valor agregado ao movimento, mas provavelmente a algo 100% "Swiss Made"! Pior: com tudo feito nas mesmas instalações e com a mesma qualidade que a irmã rica, a Rolex. E nem mesmo o ETA 2824 que colocam dentro é tabajara, mas na sua melhor conformação, a top, apenas não certificada como cronômetro.
Há alguns anos a revista Watch Around tentou sistematicamente a cada edição fazer um pool com cinco relógios de menos de 5 mil dólares que possuíam pelo menos 80% de valor completo agregado feito na Suíça. Acho que a proposta não durou mais do que cinco edições, não mais encontraram modelos que se encaixassem neste patamar.
Olhando por este prisma, esses Tudor são fantásticos. E olhando pelo prisma da funcionalidade, qualidade e beleza, idem. Claro, gosto cada um tem o seu, mas mesmo quem ressaltou acima que não foi muito com a cara, não é porque se tratam de relógios feios, mas "pouco ousados". Mas ousadia por ousadia, um Rolex Air King, Datejusts ou Explorers não possuem também.
Eu sei lá. Eu gostei. Mas é claro que gostei porque custam na casa dos 2500 dólares, caso contrário, não "gostaria tanto"...
Flávio