No jornal O Globo de domingo passado havia uma reportagem sobre o despreparo da PM do Rio.
O período de formação de um soldado reduziu drasticamente (se minha memória não falha, caiu para seis meses).
O mote da matéria é a perícia que constatou a morte de um oficial da PM, por fogo amigo, com um tiro de fuzil.
Mas podia ser o vídeo da Veja com a dupla de PMs cariocas, no qual um deles atira num carro suspeito pelo simples fato de não saberem fazer uma abordagem.
Ora, se nem o aparato de segurança ostensiva sabe lidar com armas, que dirá:
1) o amador perigoso (que acredita ser o rei do gatilho depois de fazer curso de tiro para usar a arma a que tem direito);
2) o "John Wayne" (que está certo dará um tiro na cabeça do marginal que entrar na sua casa, mas que provavelmente morrerá ao tentar reagir e ainda fornecerá mais uma arma ao arsenal dos vagabundos); e, pior de todos,
3) o pretenso profissional (o "dotô otoridade", que depois de beber dois goles d'água põe a Beretta na mesa e diz que não paga a conta).
Sem um controle minimamente decente das autoridades (?), é um debate que não se chega a canto algum. Vai continuar caindo gente em todo lado.
Basta ver o número de mortes por balas perdidas, em janeiro, no Rio. A ponto de o secretário Beltrame ter reclamado, em som alto e claro, segunda-feira passada, que ou os aparatos de segurança municipal, estadual e federal atuam em conjunto e falam a mesma língua, ou será essa farra que se vê de Colts, Kalashnikovs, Buchmasters, HKs...
Dic