Ou o melhor seria dizer...
Quem "serve" a quem? Pois é.
Mas tudo bem, eu vou tentar me explicar...
Para começar apenas um aviso, aos navegantes do FRM...
Ok?
Se não "tiverem tempo"
nem leiam, pois pode ser mesmo inútil...
Estes dias, eu assisti um episódio da série Jornada nas Estrelas, da qual eu sou fã desde quando era na TV, em preto e branco, e os cenários de estúdio eram bastante "chinfrins".
E na verdade toda a magia
vinha exclusivamente das nossas mentes. Sem precisar de efeitos computacionais de última geração.
E não é que eu renegue estes últimos,...
...pois eles até ajudam, simplificam as coisas para as nossas "cucas" por vezes "óbvias" e "preguiçosas".
Bem,...
As colocações preliminares estão feitas.
Então o que me chamou tanto a atenção no tal episódio.
Sempre com as ressalvas de que aquilo é mero entretenimento, sem compromissos filosóficos sérios, e blábláblá...
Naquele episódio o tempo é (de certa maneira) "questionado".
E eu não vou me alongar mais do que eu já estou fazendo.
Numa breve sinopse...
O Capitão Jean-Luc Picard encontra Kirk vivo na intemporal Nexus, apesar da história ter registrado sua morte durante a viagem inaugural da Enterprise-B.
Picard convence Kirk a retornar ao presente do primeiro para ajudá-lo a derrotar o Dr. Tolian Soran e impedi-lo de destruir a estrela de Veridian.
Apesar de inicialmente recusar, Kirk aceita ao perceber que a Nexus nunca vai lhe dar aquilo que ele sempre procurou: a habilidade de fazer a diferença.
Os dois deixam a Nexus e impedem Soran.
Entretanto, Kirk é mortalmente ferido e morre.Eles "descobrem" que o tal Nexus é logicamente irreal, e na verdade não existe. Não no mundo concreto em que vivemos...
E onde nós até podemos tentar fazer a diferença.
No transcorrer do episódio surgem algumas falas interessantes...
- "O Tempo é um predador, sempre à nossa espreita. Nós não podemos fugir dele, mais cedo ou mais tarde ele vai nos alcançar". Será mesmo?
- "Eu tenho consciência de que o tempo que eu já vivi é maior do que o que eu ainda viverei." Disse o personagem já de meia idade.
Verdade... Eu também acho isso. Embora nada possa ser feito a este respeito...
E todos estes meus rodeios servem para as perguntas, que eu fiquei
me fazendo, bebericando aquele vinho, que normalmente eu divido com a Dona TT, que inclusive me "controla", na boa...
, mas que por ela estar viajando, eu tomei todo sozinho.
Acho que isso "ajudou" um pouco na minha "abertura" mental...
O tempo é algo real?
Quem é "dono" de quem?
O que vale é o presente? O passado já foi... O futuro, nós nem sabemos se existe...
E, para encerrar...
Eu lembro de um programa que eu vi há algum tempo na TV a cabo.
Um daqueles aventureiros profissionais, um francês, viajou para uma região remotíssima e completamente isolada...
Ele foi até no lombo de iaque, ou outro animal parecido, e levou uma interprete, da universidade local, estudiosa de costumes e idiomas.
Após ficarem algum tempo por lá, vivendo com as limitações locais, eles conseguiram uma "entrevista" com o ancião, o líder do local.
E veio a pergunta...
"
De que vocês sentem falta aqui?"
O velhinho pediu para que a pergunta fosse repetida, pois a achou sem sentido...
E aí respondeu...
"
De nada, pois nós temos tudo de que precisamos."
E para completar, sacou esta "bomba".
Apontou para o relógio do tal francês e disse...
"
Vocês têm o relógio... Nós temos o tempo."
Um mero jogo de palavras? Frases de efeito?
Sim, pode ser.
Mas,...
Alberto
PS:
Como podem ver...
Eu hoje estou com tempo...