Constitui um mistério para mim como esse troço da Tag Heuer pode melhorar o isocronismo. Como ressaltei acima, nos arcos curtos, a distância percorrida é menor, mas a tensão a qual a espiral é submetida também é menor. Quando o arco aumenta, a espiral se comprime mais e, portanto, na "volta" do balanço, o "joga" mais rapidamente de volta ao ponto inicial. Por isso na teoria um balanço com espiral é isócrono.
O mesmo conceito é o aplicado num pêndulo, porque se nos arcos curtos a distância a ser percorrida é menor do que nos arcos longos, quando um pêndulo "cai" mais acima, a gravidade o impulsiona mais rapidamente e, portanto, ele percorre na mesma velocidade que num arco curto.
Porém, como fazer isso usando imãs? Teriam eles calculado um ponto de equilíbrio entre atração e repulsão de modo a garantir isocronismo? A Tag não explica. Ei vocês aí que são malucos e de vez em quando pesquisam as patentes dos troços, se a descobrirem, publiquem-na aqui para eu ler!
Mas enfim, no fundo é mais uma inventação de moda da indústria que apenas complica algo que está funcionando bem há séculos.
Flávio