Concordo! Ocorre que, com manutenção negligenciada, não dá para avaliar a qualidade do mecanismo. Qualquer mecanismo, se mal cuidado, terá desgastes extremos, independente da qualidade. Pode ser Rolex, pode ser Omega, ou o que fôr. Sem manutenção, estraga mesmo. Tenho alguns 6119, aliás, todos os que eu tenho, que estão em ótimo estado. Dois deles estão na família desde novos e conheço o histórico de manutenção de ambos. Nenhum dos dois tem qualquer sinal de desgaste, em nenhuma peça. E não receberam manutenções muitos frequentes. Mas também não foram abusados.
Sim, o ideal é que possuissem rubis nos mancais do tambor de corda ou pelo menos mancais duros. Porém isso era incomum em mecanismos dessa época, especialmente dessa categoria.
Particularmente atribuo esses defeitos à negligência de manutenção, e não à problemas de projeto. Não considero que o 6119 tenha problemas de projeto. Já o Orient considero que sim. Acho, por exemplo, absurdo aquele calendário que não de pode ajustar totalmente pela coroa, e tenha que se colocar um botão a mais em todo relógio, ou seja, um ponto a mais de entrada de água, só para ajustar um calendário. Ou então, suprime-se o botão e tem-se que acertar o calendário do dia da semana girando os ponteiros. Estamos em 2010, 40 anos se passaram e a Orient ainda não "resolveu" isso.
Por mais que eu tenha me distanciado um pouco dos Seiko, ainda considero o 6119 uma das melhores máquinas que já vi. O Orient, para mim, está longe disso.
Abraços!
Adriano