Como já virou off topic, vamos lá.
Não é uma questão de apostar, César. Essa discuto até o fim dos tempos.
O grande problema é que os analistas de tênis tendem a julgar a velocidade do jogo, hoje, pela velocidade que é impressa à bola. Isso é um erro e venho dizendo, há muito tempo, entre aqueles que conheço.
Como o tênis atualmente é uma pancadaria sem fim (basta comparar o porte físico do Federer com o do Borg, por exemplo), manda quem tem mais força. Ou você acha que a Serena Williams é daquele tamanho à toa?
Claro que isso não exime a técnica, mas caras que foram considerados gênios nas suas gerações (e te dou uma lista: Nastase, Ashe, Emerson, Borg, Lendl, Lecomte e por aí vai) dificilmente jogariam hoje. Nem veriam a bola.
E aquele jogo bonito, de subir à rede, de girar a quadra inteira, acabou. Hoje, a trocação é no fundo da quadra, uma porradaria interminável e monótona. Se alguém vai à rede, corre o risco de tomar uma paralela e ficar vendido.
Veja a quantidade de lobbys que são dados hoje. O jogador que toma um lobby, toma porque errou a estratégia.
E tem mais uma coisa. Todo jogo em que há maior troca de bola é sempre mais rápido. Veja o futebol: todos se espantam com o time do Barcelona, ou do Bayern, que troca (ou toca) bola a todo instante. Isso é um jogo rápido. Compare com o do Flamengo, ou da seleção brasileira, que "gastam" a bola. Uma monotonia só. Uma falta de ousadia irritante.
Isso é física aprendida no segundo grau. Quanto mais movimento, mais velocidade desprende. É a base do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).
Migrei do tênis para o squash exatamente por isso. Me movimento mais, mas não tenho de dar mais pancadas na bola. Pancada na bola é sinal de força, não de velocidade.
Por fim: quem quiser ver o jogo do Bjorn Borg com o Roscoe Tanner, está completo no YouTube. Uma aula hoje esquecida.
Dic