Foi o que ressaltei acima. O critério do swiss made tem que ser enaltecido como forma de criar no consumidor de luxo, que age por emoção estrita, a ideia de que está comprando algo superior ou com tradição. Já que citaram a GS, acho que sequer os entendidos vinculam a marca a algo de luxo, e olha que só produzem uns 9 mil relógios ao ano, o que demonstra uma exclusividade centenas, milhares, milhões de vezes maior do que possuir, por exemplo, um Omega ou Rolex.
Citaram também a indústria automobilística e as percepções criadas pelo seu marketing. Dois exemplos. Quando visitei Dresden, percebi que a fábrica da Phaetom, que faz carros para competir com as BMW série 7 ainda feitas a mão em Munique, lá se encontrava. Alguém já viu um Phaetom na vida? Eu vi, e no Brasil, porque na Alemanha, nem cheiro... Fato é que a VW, que é líder de vendas na Alemanha com o Golf, fabrica carros honestos e, como é notório, possui um pool grande de marcas, inclusive de luxo. Mas sequer o alemão consegue vincular o nome VW Phaetom a algo "de luxo", ainda que o seja. A tendência, portanto, é esses carros pararem de ser fabricados, pois não sei a quem se destinam.
Outro exemplo. Um colega meu e do Estrela em comum (o Rodrigo...), possuía um Azera, mas como é diretor de uma grande empresa e levava muitos clientes para jantar, precisava de um carro para "por banca". Eu acho isso tudo muito estranho, até mesmo porque não faço parte da iniciativa privada, mas foi a justificativa que ele me deu. Paciência... Comprou uma série 3 da BMW e, depois, o questionei. E aí velho, e o carro. Ah bicho, bota mais banca, mas... Não é igual ao Azera né?
Pois então...
Não adianta SER. Tem que PARECER ser de luxo.
Flávio