O que é um absurdo, já que uma vez fábricado e fornecido pela marca, deveria valer assim sua garantia.
Imagine a seguinte situação, hipotética e um pouco exagerada: você é um fabricante de queijos. Você produz ele seguindo todos os critérios de higiene, temperatura de armazenamento, tem uma frota de caminhões refrigerados para distribuição dos seus queijos, e tem uma equipe que vai aos pontos de venda checar como o revendedor faz o armazenamento e exposição dos produtos para garantir que o produto chegue ao consumidor com a qualidade que você espera.
Um belo dia liga um consumidor no seu SAC dizendo que comprou um queijo da sua marca, que estava mofado, apesar de estar dentro do prazo de validade e com a embalagem lacrada. Você pergunta para ele onde ele comprou e quanto pagou. E ele te diz que comprou em uma barraquinha no Viaduto do Chá, e pagou R$ 5,00 a peça (sendo que o preço sugerido para consumidor é de R$ 10,00).
Você se responsabiliza?
Por fim, minha experiência por lidar com relógios de grey market com certa frequência, me diz que frequentemente são relógios defeituosos, devolvidos por consumidores, que os revendedores ao invés de consertar, desovam no grey market. Frequentemente acidentados, com sinais óbvios de uso, e principalmente com sinais de que foi mexido por alguém não especializado (marcas de ferramentas na tampa do fundo, sinais de que ponteiros já foram retirados e colocados de novo no lugar).
Enfim. Pode comprar relógios perfeitos, mas podem ser menos que perfeitos. E o fabricante não se responsabiliza pois relógios de grey market podem ser fruto de qualquer coisa. É um direito que o fabricante se reserva. A analogia exagerada do queijo é a mesma coisa.
Não quero mudar a opinião de ninguém, mas apenas expor idéias para refletir.
Abraços!
Adriano