É uma pena que o documentário esteja apenas em inglês, porque mostra a paixão de cada um desses mestres, verdadeiros artistas, pelas suas criações. Eles de fato são a representação dos mestres do passado, como Harrison, Breguet, Graham, Tompion, etc, que levaram a relojoaria, através de experimentação e erro, a outros limites. São verdadeiros artistas, não relojoeiros, e isso fica claro no filme.
Algo mais pragmático discutido no filme, lá para o final, é a respeito do pós venda. Sim, mais uma vez pós venda... O pós venda de um independente é ele, que pode estar fazendo outra coisa, ter morrido, etc e não poder mais reparar o relógio. Por isso o Jean Claude Biver ressalta que deve haver certos padrões, porque às vezes um relógio feito por um independente - sempre um protótipo - só funcionou porque alguns microns de uma engrenagem foram limados. Mas um relojoeiro que vá repará-lo no futuro não sabe disso... Aliás, em determinada parte do filme o Miki Eleta diz que de vez em quando vê suas próprias criações e não sabe como funciona!
Journe, falando sobre isso, sugere que a AHCI encampe uma ideia - ou algo assim - de um pós venda conjunto.
Enfim, vale a pena assistir, mesmo quem não sabe a língua, para pelo menos ver os caras que dão nome aos relógios que admiramos, e suas criações.
FLávio