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Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?

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enquete encerrada: 13 Setembro 2016 às 09:25:02

Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?

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Offline Koopa

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Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #120 Online: 21 Setembro 2016 às 16:43:44 »
Devemos ter cuidado, sim, mas o dia que eu não me sentir mais à vontade para poder usar meus relógios diariamente, ao invés de mudar de hobby, eu mudarei de país.

Aí é que está... devemos tentar é mudar "O" país ao invés de tentarmos mudar "DE" país...

São Paulo, Rio e outras cidades consideradas violentas hoje, já foram, décadas atrás, calmas que nem sua cidade do interior... o raciocínio de deixar o país é só adiar o problema pra quando ele alcançar nível global.

Quero ter o "direito" de andar onde eu quiser com o que eu quiser, tendo garantias constitucionais para tanto, e para que isso seja possível, o Estado tem que fazer o seu papel. E nós temos que batalhar para que isso seja garantido, não apenas nos conformarmos e "trocar o sofá"...

 

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Offline TUZ40

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Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #121 Online: 22 Setembro 2016 às 08:37:00 »
Aí é que está... devemos tentar é mudar "O" país ao invés de tentarmos mudar "DE" país...

São Paulo, Rio e outras cidades consideradas violentas hoje, já foram, décadas atrás, calmas que nem sua cidade do interior... o raciocínio de deixar o país é só adiar o problema pra quando ele alcançar nível global.

Quero ter o "direito" de andar onde eu quiser com o que eu quiser, tendo garantias constitucionais para tanto, e para que isso seja possível, o Estado tem que fazer o seu papel. E nós temos que batalhar para que isso seja garantido, não apenas nos conformarmos e "trocar o sofá"...

Cara, se a maioria fizesse apenas o básico, já mudaria profundamente o país.

Estou cheio de amigos acima do bem e do mal, mas que andam no acostamento, que tomam todas e saem com o carro a milhão pela cidade, que sonegam na cara dura, que pagam um trocado para furar uma fila, que não registram empregados, que usam "gato-net", que baixam o ultimo filme no torrent, que não dão bom dia para o porteiro, que não pagam salário dignos, que divulgam fotos e vídeos vazados, que sempre tem o "jeitinho" para deixar a vida deles mais fácil.

Infelizmente tenho vários amigos "revoltados do jardins", que adoram clamar por seus direitos, ficar revoltados com a sujeira de Brasília, mas não olham o seu próprio rabo.

Realmente fugir não é a resposta, mas como eu falei, basta começar a fazer pelo menos o certo, que a parada já melhora muito.

PS. Meu telhado também é de vidro e já fiz muita merda, mas os anos nos mostram o quão babacas já fomos nessa vida. É melhor enxergar isso e melhorar como pessoa do que perpetuar a mesmice.
"All your base are belong to us"

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Offline flávio

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Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #122 Online: 22 Setembro 2016 às 10:12:48 »
Acabei de ouvir no rádio que a Secretaria de Segurança Pública registou um aumento de 50% no número de assaltos na Av. Paulista nos primeiros seis meses deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior. Boa parte do aumento se deve ao aumento de assaltos aos fins de semana.

Abraços!

Adriano



E o que fizeram? Provavelmente nada. Digo isso porque, na cidade na qual trabalho no DF, o batalhão da PM tem 350 homens, vangloriam-se de mapear por GPS as áreas para melhor distribuição da polícia e... Vão achar que estou mentindo, mas as três equipes GTOP da cidade (Grupo Tático Operacional. É o Patamo, Rotam, Rota, etc, dos outros estados) são responsáveis pela prisão em flarante (e processos, claro) contra pelo menos 70% dos assaltantes. E por quê? Porque o que funciona em patrulhamento é o tático móvel. Postos de polícia não servem para nada e mesmo os realizados a pé, a não ser que os PM sejam "vibradores", gostem do troço. Afinal, em lugar algum um PM sozinho irá correr atrás sozinho de bandidos em dupla, tripla, etc. Em Brasília havia as duplas "cosme e damião" de bairros, que inibiam a prática de crimes. Não as tenho visto...

Ou seja, no imediato prazo, o que tira criminoso das ruas é polícia EFETIVA nas ruas, não postos. Mas não adianta tirar e por, como tem acontecido aqui. E, claro, os Patamos, que a ferro e fogo são baratos, mas a polícia parece não entender isso. Dois carros de polícia circulando o dia inteiro com 2 caras dentro saem muito mais barato do que postos policiais com vários, que não serve para nada.

Colocasse a polícia de Sampa a cada 500 metros da Paulista uma dupla de "cosme e damião" andando para lá e para cá e um Patamo o dia inteiro girando para ver se não diminuiria os roubos. E olha que sei que a Polícia de Sampa é até boa. Há estados... A de Minas, por exemplo, já que citaram minha cidade natal e o acontecimento infeliz acima, é simplesmente horrível.


Flávio

Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #123 Online: 22 Setembro 2016 às 10:24:01 »
Cara, se a maioria fizesse apenas o básico, já mudaria profundamente o país.

Estou cheio de amigos acima do bem e do mal, mas que andam no acostamento, que tomam todas e saem com o carro a milhão pela cidade, que sonegam na cara dura, que pagam um trocado para furar uma fila, que não registram empregados, que usam "gato-net", que baixam o ultimo filme no torrent, que não dão bom dia para o porteiro, que não pagam salário dignos, que divulgam fotos e vídeos vazados, que sempre tem o "jeitinho" para deixar a vida deles mais fácil.

Infelizmente tenho vários amigos "revoltados do jardins", que adoram clamar por seus direitos, ficar revoltados com a sujeira de Brasília, mas não olham o seu próprio rabo.

Realmente fugir não é a resposta, mas como eu falei, basta começar a fazer pelo menos o certo, que a parada já melhora muito.

PS. Meu telhado também é de vidro e já fiz muita merda, mas os anos nos mostram o quão babacas já fomos nessa vida. É melhor enxergar isso e melhorar como pessoa do que perpetuar a mesmice.
vc ta bem de amigo hein schutz..

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Offline TUZ40

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Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #124 Online: 22 Setembro 2016 às 10:31:03 »
vc ta bem de amigo hein schutz..

O duro é saber que essa é elite do país, e que supostamente vai nos levar para um caminho melhor.  ;D
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Offline Dicbetts

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Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #125 Online: 22 Setembro 2016 às 11:29:53 »
Cara, se a maioria fizesse apenas o básico, já mudaria profundamente o país.

Estou cheio de amigos acima do bem e do mal, mas que andam no acostamento, que tomam todas e saem com o carro a milhão pela cidade, que sonegam na cara dura, que pagam um trocado para furar uma fila, que não registram empregados, que usam "gato-net", que baixam o ultimo filme no torrent, que não dão bom dia para o porteiro, que não pagam salário dignos, que divulgam fotos e vídeos vazados, que sempre tem o "jeitinho" para deixar a vida deles mais fácil.

Infelizmente tenho vários amigos "revoltados do jardins", que adoram clamar por seus direitos, ficar revoltados com a sujeira de Brasília, mas não olham o seu próprio rabo.

Realmente fugir não é a resposta, mas como eu falei, basta começar a fazer pelo menos o certo, que a parada já melhora muito.

PS. Meu telhado também é de vidro e já fiz muita merda, mas os anos nos mostram o quão babacas já fomos nessa vida. É melhor enxergar isso e melhorar como pessoa do que perpetuar a mesmice.

Parabéns por tudo o que disse.

Mas pode se preparar para continuar escutando, pelas próximas décadas, tudo que você descreveu.

Vão continuar colocando a culpa somente no PT, na baixa percepção política do brasileiro pobre, na baixa escolaridade nas regiões Norte e Nordeste... Como se isso os fizesse mais brasileiros que os brasileiros que desprezam.

E vão continuar elogiando o sistema tributário de vários países europeus, o código penal norte-americano, a ética japonesa... Como se, ao viver nesses países, seriam eternos turistas.

Dic

« Última modificação: 22 Setembro 2016 às 11:31:31 por Dicbetts »

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Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #126 Online: 22 Setembro 2016 às 11:45:54 »
Parabéns por tudo o que disse.

Mas pode se preparar para continuar escutando, pelas próximas décadas, tudo que você descreveu.

Vão continuar colocando a culpa somente no PT, na baixa percepção política do brasileiro pobre, na baixa escolaridade nas regiões Norte e Nordeste... Como se isso os fizesse mais brasileiros que os brasileiros que desprezam.

E vão continuar elogiando o sistema tributário de vários países europeus, o código penal norte-americano, a ética japonesa... Como se, ao viver nesses países, seriam eternos turistas.

Dic

Um mais certo que o outro!
Marcelo

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Offline raulfragoso

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Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #127 Online: 22 Setembro 2016 às 14:52:50 »
Aí é que está... devemos tentar é mudar "O" país ao invés de tentarmos mudar "DE" país...

Acho que eu fui um pouco simplista com minha afirmação sobre "mudar de país", mas já que a discussão está se aprofundando, deixe-me colocar a coisa num contexto mais específico.

Eu morei em outro país (Austrália) por alguns anos, e continuo trabalhando para a mesma empresa de lá, já faz uns 14 anos. Ou seja, "mudar de país" não estaria condicionado a alguma eventual oportunidade, mesmo hoje. Mas ao invés de continuar por lá, eu me mudei de volta para o Brasil quando me casei em 2007, e resolvi me estabelecer com a família na pequena cidade natal da minha esposa, aqui no interior de SP. Fizemos isso porque a qualidade de vida aqui é excelente, e nossos filhos também poderiam crescer perto dos avós, tios e primos, o que acreditamos ser muito importante pra eles.

Agora deixa eu voltar um pouco a história e o contexto. Antes de ir para a Austrália em 2003, eu sempre morei na cidade de São Paulo, onde nasci e cresci num bairro de periferia na zona oeste, até os meus 25 anos de idade. Eu vi de perto como a violência cresceu na minha vizinhança, assim como crescia no resto da cidade e do país. Ainda quando estava no ginásio de uma escola pública, eu via traficantes vendendo drogas na porta da escola quase todos os dias, eu também vi colegas de classe começando a usar drogas (ali foi o começo do fim para alguns deles), ou mesmo almejando uma posição como traficante também, a única coisa que eu não via todos os dias era a polícia.
 
Eu tive a sorte de ter pais que, apesar de ambos trabalharem fora (meu pai durante o dia como pedreiro, minha mãe à noite num hospital como enfermeira), eles se preocupavam com a criação e educação dos filhos, e faziam o impossível para estarem presentes nas nossas vidas, então eu e meus dois irmãos menores conseguimos escapar relativamente ilesos enquanto crescíamos ali. Com 14 anos, eu comecei a trabalhar e pude pagar um curso noturno do ensino secundário técnico, num colégio de melhor qualidade, próximo ao centro da cidade. Eu entendia que minha única chance era investir e me dedicar aos meus estudos. Para voltar da escola pra casa, eu tinha que pegar dois ônibus, e como a aula terminava às 11h da noite, era comum chegar em casa por volta da 1h da manhã. Quase toda semana o ônibus era assaltado. E no outro dia eu ainda tinha que acordar às 6h para também pegar um ônibus e trem lotados para ir trabalhar novamente.

Para resumir o resto da história, continuei com meus estudos, iniciei em uma promissora carreira como programador aos 16 anos e tive sucesso em minha vida profissional. Hoje, aos 37 anos, tenho o privilégio de trabalhar em casa (embora num fuso-horário diferente) por poucas horas, enquanto passo bastante tempo com meus 3 filhos pequenos.

Agora, se considerar todo o contexto do meu berço e da minha infância, posso dizer que sou uma exceção da exceção, praticamente ganhei na loteria, seria hipocrisia minha dizer que fui apenas um fruto da meritocracia. Eu tive um bocado de sorte.

Mas existe uma constante nessa história toda: a minha educação. Educação é a base, é o meio de transformação, e é o que justifica todo o resto. Não falo apenas da educação escolar, mas da educação moral e a formação do caráter. E novamente sou exceção, pois tive um pai que foi o meu maior exemplo de honestidade, um homem que tinha uma moral inabalável e um caráter incorruptível, além de ter uma mãe amorosa e caridosa, que sempre nos ensinou a praticar a bondade e a caridade através do bom exemplo para com o próximo.

É claro que não sou perfeito, também já dei meus tropeços, principalmente quando era mais novo, mas aprendi e continuo a aprender com meus erros, assim também posso ser um bom exemplo para meus filhos. Mas é exatamente quando a gente se torna pai e se dá conta de que o bom exemplo também é a exceção, é aí que você realmente começa a considerar o país onde seus filhos estão crescendo.

Sempre tento ensinar aos meus filhos que eles devem primeiro arrumar o próprio quarto antes de sequer pensar em criticar ou elogiar o quarto de seus amigos. Mas quando eles próprios começam a argumentar que quase todos seus amigos não arrumam o próprio quarto, ou que eles têm uma empregada ou a própria mãe que fazem isso por eles, é nessas horas que a gente se dá conta de que apenas o bom exemplo não é suficiente. É o meio em que se vive, não só em casa, mas na escola, nas ruas, nos círculos sociais, tudo isso exerce muita influência sobre eles. E isso tem um peso enorme, ao menos para mim.

Por fim, acho louvável esse espírito patriótico, de cultivar esse ímpeto de querer "mudar o país" antes de querer "mudar de país". Mas também penso que tal mudança está irremediavelmente atrelada a uma transformação cultural generalizada e profunda, e deverá levar algumas gerações até que se veja alguma mudança significativa. Talvez meus netos ou bisnetos possam finalmente ter um país visto da mesma maneira como eu vislumbrei a Austrália quando pude vivenciar de perto pela primeira vez a cultura de um país onde a corrupção, em qualquer esfera, seja a exceção e não a regra; onde 'jeitinhos' simplesmente são inaceitáveis; onde a lei é aplicada a todos, sem exceção; onde motorista dirigindo alcoolizado é realmente preso e impedido de dirigir novamente; onde leis ambientais são respeitadas, fiscalizadas e as transgressões severamente punidas; onde as obrigações tributárias, apesar de altas, não são sonegadas, e a arrecadação é corretamente aplicada sem desvios ou desperdícios. Podem chamar de "vira-latismo", mas é inegável o enorme abismo que há entre lá e cá. Se alguém discordar, gostaria muito de ouvir seus argumentos.
"It's easy to make something complicated, but much less easy to make it simple." - François-Paul Journe

Re:Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?
« Resposta #128 Online: 22 Setembro 2016 às 17:02:15 »
Concordo com você Raul, a transformação tem que ser cultural e vai demorar, mas brother....vai demorar muito, porque todo, ou quase todos os problemas de país decorrem da falta de cultura de nosso povo, um corporativismo exacerbado e um egoísmo absurdo da maioria.
Pessoal quer resolver o seu e que se dane o resto.
Como todos já falaram, já fiz minhas besteiras e com certeza fui errado com algumas pessoas, mas desde cedo percebi uma coisa que vem pautando a minha vida desde então - antes de criticar, punir, julgar os outros, coloque-se no lugar deles - mas eu vejo que são poucos, muito poucos os que fazem isso.

Sinceramente, sem querer ser ofensivo com os que acham o contrário (por favor, não quero criar discórdias), mas acho meio utópico esse papo de "mudar o país", porque enquanto você tenta ser correto, tem 100 sendo incorretos, e o pior, o nosso governo "aprova", "apoia", "faz olho gordo" para os 100, e se piscar ainda te ferra porque você é o correto, registrado e tentar ao máximo cumprir suas obrigações.

Ou seja, o sistema é feito para não dar certo, porque simplesmente o certo não é incentivado por nosso governo e população (lembre-se do professor Karnal, o governo é o reflexo da população).

Eu ainda não tenho filhos, mas quando tiver, penso seriamente em incentiva-los a procurar algum meio de deixar o país (e se possível me levar junto, srsrsrs), porque, sendo bem pragmático, não vejo muitas chaces de algo mudar neste país a médio prazo.