Pra mim isso é o bom e velho UVA e UVB fazendo seu trabalho... O curioso é que se você deixar uma Ferrari guardada numa garagem por 50 anos e depois retirá-la e vendê-la "vermelhinha", seu preço estará na casa dos milhões, enquanto que a mesma, deixada ao relento e com pintura queimada, não. No mundo da relojoaria criaram esse troço de tropical dial... Porra, na minha mente deveria ser assim: ou o mostrador está preto, ou não está e, por isso, o preço é muito, mas muito inferior. Porém, algum poeta leiloeiro do passado (dizem que foi o Osvaldo Patrizzi, da Antiquorum), inventou que isso era "cool". Na minha opinião, ele deve ter se deparado com um monte desses relógios antigos em mau estado e pensado: porra, os troços são de fato raros, fabricaram poucos, e não estou encontrando nenhum de fato mint para colocar no leilão... E seu eu colocar esses detonados e criar uma áura de exclusividade nos tais mostradores queimados?
Tenha dó... Sei que devo ser voto vencido no fórum e em 99% das discussões com figurões do mundo mas, ao contrário do que o Auriel Backs, o dono da Phillips fala, eu não quero "pâtína" nos relógios velhos. Relógio velho para mim que deveria alcançar preços astronômicos deveriam ser aqueles cujo estado é semelhante a quando saíram das lojas. Quem já visitou o museu Patek em Genebra, como eu fiz, vai entender o que estou dizendo...
O problema é que um Sub em estado de Patek velho, que certamente foi cuidado e guardado em cofres, é muito mais difícil de encontrar. Normalmente um Sub antigo foi usado (e abusado), razão pela qual os verdadeiramente "mint" são raríssimos. Na falta dos raríssimos e querendo inflacionar o preço dos "raros", inventaram essa de que um modelo mais ou menos na verdade é uma vantagem, não desvantagem.
Minha opinião, claro.
Flávio