Tanto o Carrossel quanto o Turbilhão foram inventados para tentar superar os erros causados pela gravidade. Na verdade, eles não eliminavam os erros, mas simplesmente criavam um método de "misturar" as marchas relativas a cada posição para, no final das contas, um erro compensar o outro. Ou seja, o Turbilhão e o Carrossel não eliminam erros, por assim, dizer, eles os introduzem no escapamento, para que o somatório deles resulte numa marcha teórica diária zero.
O vídeo é autoexplicativo. Ambos os sistemas fazem o escapamento girar sob seu próprio eixo. Porém, enquanto no Turbilhão da quarta roda é FIXA (ela não se move, percebam isso. A quarta roda no turbilhão É A PRÓPRIA BASE NA QUAL O ESCAPAMENTO ESTÁ MONTADO), no Carrossel não. No Turbilhão, o escapamento gira ao entorno da quarta roda, se "impulsionando" pela engrenagem fixa. No Carrossel a transferência de energia é normal, como se fosse em um relógio comum na qual nada é fixo, mas um pinhão movimenta rodas. Por isso, a base na qual o escapamento está (no Carrossel), gira (no Turbilhão só o escapamento). Para isso, é necessário adicionar um novo conjunto de engrenagens ao sistema. O vídeo é auto explicativo e, para quem gosta da "punhetagem" das complicações, desmistifica algo: o Carrossel é mais complexo do que o Turbilhão. Vejam:
https://www.youtube.com/watch?v=do2F7n_WCgo