Verdade. Aliás, cronógrafo algum era relógio "usual" antes dos anos 60, as produções das marcas eram muito limitadas e os fabricantes deles, especialistas. Credito a maior profusão dos cronos após os anos 60 à mudança de hábitos das pessoas, que de forma incipiente começaram a vincular os modelos ao "esportista", sobretudo os automobilistas. Quanto ao Daytona, não é demais lembrar que, em plena era do quartzo, a Rolex ainda os manufaturava em corda manual e, claro, encalharam (daí sua relativa raridade). Não é por outro motivo que, no ressurgimento do interesse pela relojoaria mecânica, a Rolex viu potencial no Daytona mas, é claro, precisava de algo "moderno", adaptado aos novos tempos. Em 1988, ou seja, quase nos anos 90, foi atrás da Zenith e só então passou a fabricar o modelo com mecanismo automático.
Os Daytona de corda manual são o que são, relógios "ferramenta", como a marca costumava fazer no passado não tão distante: movimento Valjoux sem modificações, caixas, braceletes e mostradores padrão de acabamento da época, nada demais. Tornaram-se caros e objeto de desejo pelo que a marca representa, não pelo que o objeto em si tem de fantástico, porque não tem nada. Era um bom cronógrafo para a época, mas como ele existiam Heuers, Omegas, Universais, Records, etc
Flávio