Gente, vou repetir, apesar do que alguns foristas dizem: OS MOVIMENTOS NÃO SÃO IGUAIS. Quando a Sellita entrou no mercado, ela se preocupou apenas em oferecer aos fabricantes que já usavam ETA uma oportunidade de migrarem de movimentos sem precisar alterar nada em suas caixas, mostradores, etc. Ou seja, um relógio que usa ETA 2824 pode ter colocado no lugar um Sellita clone, pois as furações de ponteiros caem no mesmo lugar, o diâmetro é o mesmo, etc. Porém, as peças não são compatíveis entre si e, para dizer a verdade, segundo reclamações que já li por aí, piores do que as ETA. A questão gente, é de fiabilidade. Um ETA 2824 está no mercado há séculos e já foi atualizado, sobretudo em engenharia de metais, para peças que resistem à fadiga. Um Sellita pode ser visualmente um ETA, mas o modo como cada peça é fabricado, não. Por exemplo, as rodas reversoras ETA "colam" por lubrificação inadequada ou ressecamento com o tempo e passam a não carregar. Mas não há histórico de desgaste nessas peças, não que eu saiba. Mas há histórico de desgaste de peças Sellita que não ocorrem em ETAs. Ouso dizer, pois, que um ETA é melhor que seu concorrente Sellita. Nas conformações top grade e Chronometer então... A ETA, queiram ou não, é referência em fabricação de movimentos. Houve uma época no mercado, aliás, que 90% das peças de escapamento, mesmo das marcas "in house", eram adquiridas da Nivarox/FAR, do Swatch Group, tal o grau de especialização necessário. Aliás, Rolex, Seiko, etc, eram as poucas que se arriscavam a fazer por conta própria escapamentos. Entre Sellita e Eta, fico com a ETA. Aliás, um ETão 2824, no padrão chronometer, em questão de fiabilidade e capacidade cronométrica, bate de frente com, na minha opinião, os melhores movimentos em confiabilidade do mercado, os Rolexes. De uns tempos para cá, como já ressaltei, mudei muito minha concepção sobre esse lance do "feito em casa", o in house: hoje quero um movimento que não me dê problema. Ele não precisa sequer ser bonitinho... Mas não o quero ordinário.
FLávio