Longa, mas útil. Eh... O início não é tão útil, pelo menos para quem já saca um pouco sobre a evolução dos sistemas de torque na história. Mas quando ele aborda seu relógio, fica mais interessante. O que achei interessante é que ele teve a ideia de usar uma corrente com rolete interno porque é... Ciclista! Uma coisa eu não sabia no Logical One, o ato de dar corda se dá através de aperto da coroa, não giro dela, por questões técnicas que ele explica. Bem legal também ele ter apresentado dados sobre precisão (o delta do relógio é de 1.5 segundos ao dia, mas em qualquer ponto do dia, em qualquer torque). Se eu estivesse no local, teria lhe feito duas perguntas: o motivo de a amplitude do balanço ser baixa, a exemplo dos Omega Coaxial. E outra mais mercadológica e de filosofia. Se você, Romain, ressalta que a evolução da relojoaria é a evolução das máquinas que produzem melhor e mais rápido o trabalho (e é mesmo, sempre ressalto isso aqui), inclusive tendo indicado que se Breguet vivesse hoje, usaria CNC e silício em seus relógios, se projetassem máquinas que fizessem acabamentos decorativos melhores do que as mãos humanas, você as usaria? Em suma, qual o "limite" entre o uso de máquinas e o artesanato na relojoaria e qual, ainda, o apego que esta última tem perante os consumidores?
Flávio