Palestra do Romain Gauthier sobre Chain e Fusee

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Palestra do Romain Gauthier sobre Chain e Fusee
« Online: 06 Janeiro 2019 às 21:54:35 »
Pessoal,

A Horological Society of New York liberou a palestra do Romain Gauthier falando sobre o Logical One que usa Chain e Fusse.

https://www.youtube.com/watch?v=qsl-eKJ-Q4w



Abs

Daniel

« Última modificação: 07 Janeiro 2019 às 16:24:13 por mestreaudi »
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Offline flávio

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Re:Palestra do Romain Gauthier sobre Chain e Fusee
« Resposta #1 Online: 07 Janeiro 2019 às 16:23:29 »
Longa, mas útil. Eh... O início não é tão útil, pelo menos para quem já saca um pouco sobre a evolução dos sistemas de torque na história. Mas quando ele aborda seu relógio, fica mais interessante. O que achei interessante é que ele teve a ideia de usar uma corrente com rolete interno porque é... Ciclista! Uma coisa eu não sabia no Logical One, o ato de dar corda se dá através de aperto da coroa, não giro dela, por questões técnicas que ele explica. Bem legal também ele ter apresentado dados sobre precisão (o delta do relógio é de 1.5 segundos ao dia, mas em qualquer ponto do dia, em qualquer torque). Se eu estivesse no local, teria lhe feito duas perguntas: o motivo de a amplitude do balanço ser baixa, a exemplo dos Omega Coaxial. E outra mais mercadológica e de filosofia. Se você, Romain, ressalta que a evolução da relojoaria é a evolução das máquinas que produzem melhor e mais rápido o trabalho (e é mesmo, sempre ressalto isso aqui), inclusive tendo indicado que se Breguet vivesse hoje, usaria CNC e silício em seus relógios, se projetassem máquinas que fizessem acabamentos decorativos melhores do que as mãos humanas, você as usaria? Em suma, qual o "limite" entre o uso de máquinas e o artesanato na relojoaria e qual, ainda, o apego que esta última tem perante os consumidores?



Flávio

Re:Palestra do Romain Gauthier sobre Chain e Fusee
« Resposta #2 Online: 07 Janeiro 2019 às 18:26:03 »
Longa, mas útil. Eh... O início não é tão útil, pelo menos para quem já saca um pouco sobre a evolução dos sistemas de torque na história. Mas quando ele aborda seu relógio, fica mais interessante. O que achei interessante é que ele teve a ideia de usar uma corrente com rolete interno porque é... Ciclista! Uma coisa eu não sabia no Logical One, o ato de dar corda se dá através de aperto da coroa, não giro dela, por questões técnicas que ele explica. Bem legal também ele ter apresentado dados sobre precisão (o delta do relógio é de 1.5 segundos ao dia, mas em qualquer ponto do dia, em qualquer torque). Se eu estivesse no local, teria lhe feito duas perguntas: o motivo de a amplitude do balanço ser baixa, a exemplo dos Omega Coaxial. E outra mais mercadológica e de filosofia. Se você, Romain, ressalta que a evolução da relojoaria é a evolução das máquinas que produzem melhor e mais rápido o trabalho (e é mesmo, sempre ressalto isso aqui), inclusive tendo indicado que se Breguet vivesse hoje, usaria CNC e silício em seus relógios, se projetassem máquinas que fizessem acabamentos decorativos melhores do que as mãos humanas, você as usaria? Em suma, qual o "limite" entre o uso de máquinas e o artesanato na relojoaria e qual, ainda, o apego que esta última tem perante os consumidores?

Flávio

Flavio,

Eu gostei bastante da palestra como um todo, até porque a HSNY preza deve ter pedido para ele começar do basico. A plateia em sua maioria era de entusiastas porém aposto que muita gente não sabia dessa evolução e os métodos. Na verdade você da corda pressionando um botão ao lado da caixa, a coroa serve apenas para ajustar as horas. Uma curiosidade que ele falou foi que ele queria ter feito uma coroa de safira, mas o "grip" não era bom. O modelo Prestige que foi o primeiro que ele criou, não tem nem coroa aparente.

Sobre as perguntas:
1- Não me lembro de ele ter mencionado hora nenhuma isso, nem quando acabou a gravação e as perguntas continuaram. Porém acho que consigo perguntar, se der certo eu atualizo aqui.
2- Eu acredito que ele usaria sim! Ele é engenheiro e disse que prefere o CNC porque consegue fazer as peças melhores: citou o caso do Dufour que tem um "gabarito" em forma de cano para medir o case dos simplicity e que o maior problema dos cnc são a atual incapacidade de fazer acabamento tão bom quanto um feito manualmente.

Acredito que hoje uma boa parcela dos independentes de pequena escala, procuram se diferenciar por ter um acabamento excelente. Por ex: Dufour, Romain Gauthier, Gronefeld, Akrivia, Grebel Foursey para citar os mais famosos.

Abs
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